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Quem sou eu

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Sou a simplicidade casada com a verdadeira essência de um ser. Venho de uma família onde todos trazem e trouxeram em suas bagagens um código espiritual único e capaz de transformar palavras em frases complexas e simples, que ampliam horizontes e rompem barreiras. Sou filha do vento, da água, da terra e do fogo. Tenho minhas fases e mudo conforme a Lua. Sou a busca do exato, na medida disforme das coisas que vejo, e minha mente transcreve. Hoje criando este blog, mostrarei o que em gavetas escondia. Beleza, sinceridade, sede de transcrever o que minha alma sente ao se deparar com uma folha e um lápis, pois é desta forma que escrevo. Na simplicidade de um canto qualquer, mas com essência pura dos sensíveis.

quinta-feira, 4 de dezembro de 2025

IASÃ - EPIFANIA


 

FORÇA DA VENTANIA


 

Sopro que não tem morada

Vem sem convite, furioso a girar

A folha mais presa é levada

Enquanto o galho aprende a curvar.

 

É a mão invisível da natureza

Que move a areia e agita o mar

Com sua bruta grandeza

Ensina que é preciso dobrar, não quebrar.


"Eparrey Oyá!".

 

segunda-feira, 24 de novembro de 2025

PAUTA DA VIDA


Não é difícil chegar quando se sabe aonde ir.
Não é fácil compor quando se conhece as linhas limites das notas na pauta da vida.
Aqui, neste lar temporário à beira do mar.
Eu só quero...
Beber a mensagem, reerguer a imagem, coragem da vida, nesta viagem de paz, de parada e recolhimento.
Aqui (vez por outra) eu venho para um vasto mergulho interior (é verdade), acaba irritando.
O silêncio comprido...
O ócio alongado...
A galopante soltura das horas.
Aqui estou num presente gostoso
Sem passado perdido...
Sem ninguém ser vencido
Sem momento esquecido a lamentar.



terça-feira, 18 de novembro de 2025

A BUSCA NO ALGORITMO

Por onde andam as pessoas reais

No espelho frio dos digitais?

A tela brilha, um portal sem fim

A carne e a alma se escondem, sem fim

 

O prompt perfeito, o avatar ideal

Tudo simulado, sem o natural

A IA pinta, a IA compõe

Mas o erro humano, quem o dispõe?

 

Talvez na pressa de um café amargo

Num livro esquecido, num olhar de afago

Em que o coração ainda pulsa sem cache

Lá está o real, em um breve flash.

 

 

O CRISÁLIDA DA VONTADE


Não é só esperar a lua mudar

É tecer a seda, teimar em ficar

O sonho, por dentro, é larva que luta

Uma fibra viva que a sombra refuta

 

Persistir é a arte de estar no casulo

É crer na mudança que o olho não vê

A metamorfose que vai acontecer

De juntar o impulso para só nascer

 

Quando o silêncio romper a barreira

Será a asa forte, a cor verdadeira

Do sonho tecido à forma final

A persistência é o voo, o sinal.

 

terça-feira, 11 de novembro de 2025

Sob o Céu de Novembro (música)


 

AMOR À BEIRA-MAR


Teu amor fez um ninho no meu coração 

Meu olhar fulgura com a Lua

Fico em brasa sem ser Sol

No tatear de tuas mãos 

Em minhas curvas

 

Teu olhar fixo é um farol

Somos ondas na arrebentação 

A natureza é uma contemplação 

O amor se veste de arco-íris 

Iluminando nossos matizes.

 

segunda-feira, 27 de outubro de 2025

MEMÓRIAS NO TEMPO

Nas memórias que o tempo molda

Um velho rosto, sereno e em paz

Abriga a floresta que o corpo guarda

Em que a infância ainda se refaz.

 

Entre galhos dourados, um livro aberto

Luz que irradia, da leitura um portal

No outono da vida, o sonho desperto

A criança no homem, um eterno cristal.


 

sexta-feira, 24 de outubro de 2025

FANTASMAS ( Nossas fragilidades interiores)

São eles que tecem a fina palidez

Do tempo que se foi e não retorna

Seus fantasmas forjam a nudez

Da alma que o passado sempre doma

 

Somos frágeis sob o sopro que congela

O medo ancestral, a antiga dor

Qualquer receio lhes serve de capela

Para manter aceso o seu fulgor

 

Não há muralha que os possa deter

Pois habitam o tremor de cada veia

E a vida falha, sem saber viver

Enquanto a sombra do que foi nos freia.

 

 

sexta-feira, 17 de outubro de 2025

A TINTA DO SENTIMENTO


Na tela escura, o pincel desperta

Movido não por vista, mas por paixão

O artista, em seu traço, a alma liberta

O Amor é sua inspiração.

 

Mistura de luz e sombra em seu matiz

Cria a forma que o coração já conhecia

Com carmim e anil, o instante se refaz

Na tela que a essência da amada irradia

 

Não é só o óleo que o branco tinge

É a ternura que guia sua mão

Cada detalhe que o olhar atinge

É um pedaço do mais puro refrão

 

A Tinta do Sentimento, eternamente acesa

Guarda o beijo que o tempo não desfez

Na arte, o Amor é a mais bela certeza

Sua obra-prima, pintada em suaves cores e luz

 

segunda-feira, 13 de outubro de 2025

A MENTE EM PAISAGEM


O rosto emerge em névoa e segredo.

Com a testa coroada em outonais fulgores.

Raízes se entrelaçam no pensar do medo.

Nuvens pairam onde vivem as cores.

 

A natureza pulsa em cada veia fina.

Na pele que de terra e céu se faz.

A mente, como a copa, que se inclina.

Guarda a paisagem que a alma traz.

 

A mão, mosaico de flor e folha seca.

Toca o lábio em silêncio para meditar.

No gesto antigo que a verdade cerca.

 O mundo interior se põe a respirar.

 

É a musa em sono, o sonho em vigília breve.

O humano e o bosque se unem num só ser.

Aguardando o instante de florescer.



Imagem Pinterest

sexta-feira, 10 de outubro de 2025

O RASTRO DE LUZ


Ao redor de si, um halo de cores flutua

Pó de estrelas, poeira de aurora que atua

Chama azul-dourada, serpenteia, acende e se finda

A energia inocente que o momento brinda


A dança é o verbo que a boca não ousa dizer

A história secreta que ele precisa viver

Deixa o tempo em suspenso, a vida a rodopiar

Neste breve infinito de apenas dançar

 

A dança da infância não busca o aplauso da plateia

É o código secreto de tudo o que anseia

É a força da vida a brotar sem pedir permissão

No corpo pequeno que carrega o mundo na mão




 

 

quarta-feira, 8 de outubro de 2025

Passacaglia – Handel/Halvorsen (Piano)


 

O VOO DA MELANCOLIA



No céu de anil,  onde a lua se desfaz

Um rosto emerge, de traços aveludados

Lábios de rubi, em silêncio e paz

Pele de mármore, sonhos inacabados

 

Das profundezas de um mar de páginas

Nuvens de versos, espelhos do saber

Uma figura esguia, entre as miragens

Em frágil barco, a tinta a escrever

 

Com pena alva, que o éter perfura

Traça segredos, do tempo e do além

Em cada curva, uma nova aventura

Em cada verso, um eterno refém

 

Pássaros negros cortam o horizonte

Anunciando histórias que o vento traz

A mulher, a lua, no olhar que se esconde

Onde a melancolia em poesia se refaz

 

domingo, 5 de outubro de 2025

O MUNDO DE UM POETA


No silêncio das madrugadas.

Costura o infinito

Com fios de alma, palavra e sonho.

Tecendo o real num verso bonito.

 

Seu olhar reluz a cor das estrelas.

Ouve o vento recitar segredos

E no papel, o sentir desperta,

livre de tempo, forma e medos.

 

Entre rosas, lágrimas e mares.

Faz da dor uma canção,

transforma abismos em altares.

O amor em eterna inspiração.

 

Mora num mundo que ninguém invade.

Em que o verbo é semente e luz,

Lá, a vida ganha outra verdade:

tudo o que sofre também reluz.

 

 

O VOAR SECRETO DA MENTE

Onde a tinta do silêncio encontra a folha, e o mundo se cala para ouvir a escrita.

Ali, no recanto onde a alma se desfolha.

Ressurge o poeta e o jardim em flor.

E o nosso pensar é o milagre, a metamorfose, que transforma a ideia em puro esplendor da cor.

Um suave e silencioso voo de psicose... 

De borboletas em plena apoteose.

 

 

segunda-feira, 29 de setembro de 2025

MINHA RETINA


Minha retina retorce a imagem
Vislumbrando nós dois sentados
Eternos apaixonados sobre as lentes a colorir o mundo
Retina o espelho do que somos
Acreditando num encontro prófugo
Buscando escapar para a paz afável e longínqua...

Minha retina inebria os olhos quando te vejo
Cores desaparecem na sombria vista...
Vermelho da paixão nos cobre batizando este amor
Holofotes posicionados focam tua retina, inútil...
Entreolha o que passa na periferia

Minha retina embriaga-se de cafeína pra suportar a insônia
Noites em claros da imagem cogitada
Um fantasma a percorrer minha retina
Focalizando o espaço entre nós
Crer que me olhará

 Minha retina... 
Cegam os reflexos de um vulto
Passando distante... 
Não há de focalizar...
Juramentos de um dia te amar...

quarta-feira, 24 de setembro de 2025

MUDANÇAS



Quando a vida floresce
A vida torna-se um imensurável pote de alegrias
Transborda pelas bordas
Lambuzando o coração com deliciosas emoções
Para tudo há um tempo
Tempo de florir, de cair, de murchar e de florescer novamente.
Assim, com os anos de vida, para cada momento um acontecimento.
Quais as estações do ano, outono, inverno, primavera e verão.
Somos outonos quando amenizamos as dores e dissabores
Somos inverno quando nos agasalhamos no ser amado
Somos primavera quando deixamos a vida desabrochar em flores e perfumes
Somos verão quando permitimos que a luz ultrapasse os lugares mais escuros que carregamos na alma.
Desta forma, seguimos caminhando por várias estações sem definições.
Por sermos vulneráveis a tudo e a qualquer mudança
O novo nos assusta, contudo nos impulsiona para frente.
Projetando o melhor de nós, para nós e para quem nos encoraja. 
A vida floresce, os tempos emudecem na latente forma de cada SER.




quarta-feira, 3 de setembro de 2025

INSPIRO-ME NO TEU REFLEXO


Espelho d’água refletida no mar
O brilho da Lua com seu luar
Reflete nos olhos do poeta
A beleza de poetar
As ideias nascem da pureza
Descrita em folhas soltas refletidas
Compassado em ritmo frenético
O poeta é igual à Lua
Reflete sua alma em sua escrita
Sem rodeios
Sem fazer fita


quinta-feira, 21 de agosto de 2025

COBERTA... DESCOBERTA NA LIBERDADE DE SER


























Meu corpo nu, enrolado em um manto
Coberta... Pela descoberta da liberdade de Ser
Nascimento de um romper de explosões de sentimentos
Arcabouço de ilusões refletidas no espelho do aquém...
Na ansiedade de um alguém, que traga um aroma
De flores etéreas perfumando o manto da minha descoberta
De ser um Ser liberto, dos anseios e romper meu casulo
Desabrochando feito uma açucena
No deserto do amor sem ilusão
Serei, jardim, flores, água e solo fértil
Na miragem da areia escaldante
Coberta pela semente da nascente de ser água cristalina
Almejada pela alma, na candura de um beijo refletido
Nos reflexos de um amor , que ainda vaga
Qual vaga-lume no Oásis da minha descoberta
Que permanece coberta...
Pelo véu que não consigo enxergar...

terça-feira, 5 de agosto de 2025

DESESPERANÇA


Esvaneci as emoções habituais dos sinais do querer
Não é palpável dentro dos limites do que o coração sonha
Contorna somente uma sensação de vazio
 Espaços alvejados, uma incógnita.
Palavras detêm em resposta sem definição
Com a mesma força percebe-se a fraqueza da linguagem
Desconexos de uma história que não findou
Nem há como concluir...
Paradas bruscas prendendo o que se sente
Deixando a saudade bater forte
Ressentida em lágrimas escorrendo
Olhando pra vida...
Preenchendo lentamente o vácuo entre estes espaços
Sensibilidade aflorada de uma espera
Buscando em ti um abrigo, onde foi um refúgio.
Diluídas aos poucos pelo tempo que se afasta
Sem mais ambicionar pela volta, dos teus abraços.




terça-feira, 17 de junho de 2025

No ápice de um momento...


Em direção ao horizonte
Passaporte para o infinito
A realidade apalpa a espinha dorsal
No ápice de um momento...
Não sou xérox, nem segunda mão.
De retratos amarelados...
Sou felina, feminina.
Junto do meu amor
Sonho um sonho acordado
Entre suspiros e ardores...
Velejo em verdes mares
Sem compostura e pudores
Sou canção de compositores...

sábado, 3 de maio de 2025

Belchior - Divina Comédia Humana (Fantástico, 1979)


FLUIDEZ

 


Quando fui fluidez.

Mergulhei.

No fundo, de mim.

Olhei nas frestas de outrora.

Molhando as recordações.

Em tempos calados.

 

Quando fui água.

A sede da minha presença.

Se fez presente.

Nadando por todos os labirintos.

Deixando as lágrimas.

Lavarem e levarem.

Para o rio desaguando no mar.

Dentro de mim.

 

Quando senti toda a fluidez.

Segui em maré cheia.

Deslizando na correnteza.

Nas incertezas.

Desenhei os peixes.

Mergulhei tão profundamente.

Por fim, transbordei.

Dentro de mim.

 


terça-feira, 22 de abril de 2025

MUDAS...


Mudas, calam a noite adormecendo entre os arbustos aquietados em seu solo. 
Na cegueira noturna dos que vagam sem destinos pelos labirintos ecoando gritos, pelos becos da vida. Seguem com suas vestes despedaçadas, em sintonia com aquém da realidade. 
Filhos da vida açoitados por histórias inacabadas... 
Infâncias que se esvaem nas ruelas de encostas sem costas que abrigam. 
Espalhados por todas as cidades sem asilo. 
Mudas, que mudam a sintonia dos que observam e nada fazem porque o seu mundo está em outra coisa. Na viagem lunática de seus vícios vão flutuando nos acolhimentos que escolhem por toda cidade. Convivem e perambulam em busca da saciedade, das loucuras que a mente absorveu. 
Pedidos com sorrisos e boa conversa nas sinaleiras, um pão com café quente.... 
Uma palavra sem afronto. 
Pois, seus dias ele sabe que não tem retorno para a realidade de um certo passado.... 
Assim, é o contraste do que vejo diariamente e quando estão dispostos a conversar no ponto de ônibus, imagino a vida pintada em uma grande tela. 
Com muitos rabiscos e com alguns traços que identifico. 
Temos família, filhos, netos e a cena que me vem à cabeça são estas criaturas que sobrevivem de tantos sofrimentos, que machucam seu íntimo e nós muitas vezes não conseguimos entender a complexidade de cada história relatada e sofrida.
 Apenas, queremos que as mudas, possam morar em uma floresta encantada feito sonhos de fada.  

quinta-feira, 27 de março de 2025

FRAGMENTADOS


 Fragmentados.

Juntamos os cacos.

Florescendo para dentro de nós.

O amor renasceu.

Desatando os nós.


Imagem Pinterest

FOGO DA PAIXÃO


 

COMPASSO


 

NOSSO AMOR


 Nosso amor foi água que correu

Morreu nas pedras das desilusões 

O amor sempre é um sonho, um encanto

Uma dor ou uma mágoa

Riso solto ou um pranto


Nosso amor foi soprado pelo vento

E ao longe se perdeu

Levou nossas juras

Hoje dançam com o vento, em outras direções

Sem anelar, nosso corações.


Imagem Pinterest

PRECIPÍCIO


 Imagem Pinterest

quarta-feira, 12 de março de 2025

CAIAÇÃO




Rosto palidez
Vertigens
Horizontes distantes
Nada reluz nos rebentos
Coração parado
Sem pulsação
Esquecimentos...

Caiação
 Sonhos não mais sonhados
Vidas separadas
Nublando os dias
Distanciando as noites
Das festas de alegria
Separação de corpos
Olhos euforia

Caiação
Um borrão na estória contada
Folhas dilaceradas
Suspiros debelados
Mãos sem destino
Caminhos perdidos
Sem um aceno ou despedida
Confidenciou só a partida...

quinta-feira, 20 de fevereiro de 2025

ACORDANDO OS SENTIMENTOS




























Desce da colina e vem debruçar no meu solo fértil
Rasga o céu na fúria de uma tempestade
Eletrizando meu corpo com as descarregas do teu relâmpago
Estremecendo e debulhando minhas folhas sem vida
São os condões que nos unem
Desatando os nós e penetrando em nossas raízes
Contorna meu corpo, uma flor-primaveril
Esperança de uma noite liberta e sutil
Abriga nas folhas de teu corpo, o meu coração
Floresceremos na bonança de uma Alvorada
Bordando o mar enfeitado num arco-íris
Navegaremos entre os espaços
Os vão de nossos poros
Entrelaçados nos matizes inundados de luz
Entregue na vastidão de um amor reprimido
Enraizados, lado a lado
Formando uma vegetação divina...
Na limpidez de um lago...

sexta-feira, 7 de fevereiro de 2025

CONFIDÊNCIAS A DRUMMOND - REEDITADO

“No meio do caminho tinha uma pedra
Tinha uma pedra no meio do caminho”.

Não julgue meu caminho por ter uma pedra

Peguei um atalho no desatino

Nasci na sombra dos esquecidos

 Tenho fome de amor, de pão e de carinho

Descanso no teu colo poeta, no meio do caminho

Entre a fumaça e o cachimbo

Tem uma pedra no meu caminho...

Sou alvo do descaso, sem esperança no teu colo cochilo

São dias e noites fadigados neste corpo franzino

No meio do caminho tem uma pedra, desta pedra perdi todo o meu caminho...

 

terça-feira, 4 de fevereiro de 2025

PERPLEXIDADE



Perplexa olhando o enredo na vida
Suas musicalidades foram distanciando os sons
Filas foram formando
Blocos trincados
Fendas nas paredes internas foram se abrindo
Desmancharam-se
Tornando-se pó
Forças se perdem na fraqueza dos sentidos
Emoções apostados num refúgio de tempestades
Rodopio entre os espaços vazios
Na busca das respostas, nada ecoa.
O som não se propaga

Simplesmente apaga...

domingo, 2 de fevereiro de 2025

Acordes Renascendo


No recolhimento dos meus ais
Prisioneira nos canaviais
Presa no tronco da dor
Açoitados pelo abandono de um tempo...
Amor soterrado em palmos profundos
Não mais escrava...
Vesti-me de negra libertação
Emoções precisam fenecer e ressuscitar
Morte é término e recomeço
Quebra de ciclos viciosos que deixamos instalar-se
Sentimentos que não nutrem
Desgastam ao ponto de aniquilar
Minhas vestes são porções de retalhos que jogarei para o alto
Desvirar ficando nua de corpo e alma
Modificando todos os açoites recebidos
Num novo corpo restruturado e recomposto
Revestido de uma bela sinfonia
Acordes renascendo
Metamorfose de uma estória esquecida...





quinta-feira, 30 de janeiro de 2025

CLARÕES DE SENSATEZ


Minhas mãos tocam teus olhos
Embebidos de prantos
Esqueça as maldades do mundo
Descortine as visões beatificadas da vida
As esferas luminosas ajudam teus pensamentos
Vibre nas melhores sintonias
Sejam de noites... Sejam de dias...
Fica cúmplice de tua vida
Nesta caminhada de lampejos
Há corações abrasadores de amores
Apegar-se aos desgostos, não tem pretensão.
Segure em minhas mãos por um momento
Sentirás que não há desamparo
Não há caminho solitário
Onde a prece peregrina
Num despertar de outras auroras...
Incendiando as alegrias do coração
Por alamedas de longas horas...


quarta-feira, 29 de janeiro de 2025

ENCONTRO DESCONEXO


O silêncio
Ronda meus pensamentos
Salto nas correntezas
Cristalinas de lembranças
Suspensas em linhas invisíveis.

Tento compreender
O significado do mergulho
Procuro
Encontro outra forma
Com traços marcantes
No presente.

Neste papel
Brotam ideias
Inspiração
Vem de mim
Do encontro
Que, me perdi.