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Quem sou eu
- Sandra Helena Queiróz Silva
- Sou a simplicidade casada com a verdadeira essência de um ser. Venho de uma família onde todos trazem e trouxeram em suas bagagens um código espiritual único e capaz de transformar palavras em frases complexas e simples, que ampliam horizontes e rompem barreiras. Sou filha do vento, da água, da terra e do fogo. Tenho minhas fases e mudo conforme a Lua. Sou a busca do exato, na medida disforme das coisas que vejo, e minha mente transcreve. Hoje criando este blog, mostrarei o que em gavetas escondia. Beleza, sinceridade, sede de transcrever o que minha alma sente ao se deparar com uma folha e um lápis, pois é desta forma que escrevo. Na simplicidade de um canto qualquer, mas com essência pura dos sensíveis.
quinta-feira, 4 de dezembro de 2025
FORÇA DA VENTANIA
Sopro que não tem morada
Vem sem convite, furioso a girar
A folha mais presa é levada
Enquanto o galho aprende a curvar.
É a mão invisível da natureza
Que move a areia e agita o mar
Com sua bruta grandeza
Ensina que é preciso dobrar, não quebrar.
"Eparrey Oyá!".
segunda-feira, 24 de novembro de 2025
PAUTA DA VIDA
terça-feira, 18 de novembro de 2025
A BUSCA NO ALGORITMO
Por onde
andam as pessoas reais
No espelho
frio dos digitais?
A tela
brilha, um portal sem fim
A carne e a
alma se escondem, sem fim
O prompt perfeito, o avatar ideal
Tudo
simulado, sem o natural
A IA pinta,
a IA compõe
Mas o erro
humano, quem o dispõe?
Talvez na pressa de um café amargo
Num livro
esquecido, num olhar de afago
Em que o
coração ainda pulsa sem cache
Lá está o
real, em um breve flash.
O CRISÁLIDA DA VONTADE
Não é só esperar a lua mudar
É tecer a seda, teimar em ficar
O sonho, por dentro, é larva que luta
Uma fibra viva que a sombra refuta
Persistir é a arte de estar no casulo
É crer na mudança que o olho não vê
A metamorfose que vai acontecer
De juntar o impulso para só nascer
Quando o silêncio romper a barreira
Será a asa forte, a cor verdadeira
Do sonho tecido à forma final
A persistência é o voo, o sinal.
terça-feira, 11 de novembro de 2025
AMOR À BEIRA-MAR
Teu amor fez um ninho no meu coração
Meu olhar fulgura com a Lua
Fico em brasa sem ser Sol
No tatear de tuas mãos
Em minhas curvas
Teu olhar fixo é um farol
Somos ondas na arrebentação
A natureza é uma contemplação
O amor se veste de arco-íris
Iluminando nossos matizes.
segunda-feira, 27 de outubro de 2025
MEMÓRIAS NO TEMPO
Nas memórias que o tempo molda
Um velho rosto, sereno e em paz
Abriga a floresta que o corpo guarda
Em que a infância ainda se refaz.
Entre galhos dourados, um livro aberto
Luz que irradia, da leitura um portal
No outono da vida, o sonho desperto
A criança no homem, um eterno cristal.
sexta-feira, 24 de outubro de 2025
FANTASMAS ( Nossas fragilidades interiores)
São eles que tecem a fina palidez
Do tempo que se foi e não retorna
Seus fantasmas forjam a nudez
Da alma que o passado sempre doma
Somos frágeis sob o sopro que congela
O medo ancestral, a antiga dor
Qualquer receio lhes serve de capela
Para manter aceso o seu fulgor
Não há muralha que os possa deter
Pois habitam o tremor de cada veia
E a vida falha, sem saber viver
Enquanto a sombra do que foi nos freia.
sexta-feira, 17 de outubro de 2025
A TINTA DO SENTIMENTO
Na tela escura, o pincel desperta
Movido não por vista, mas por paixão
O artista, em seu traço, a alma liberta
O Amor é sua inspiração.
Mistura de luz e sombra em seu matiz
Cria a forma que o coração já conhecia
Com carmim e anil, o instante se refaz
Na tela que a essência da amada irradia
Não é só o óleo que o branco tinge
É a ternura que guia sua mão
Cada detalhe que o olhar atinge
É um pedaço do mais puro refrão
A Tinta do Sentimento, eternamente acesa
Guarda o beijo que o tempo não desfez
Na arte, o Amor é a mais bela certeza
Sua obra-prima, pintada em suaves cores e luz
segunda-feira, 13 de outubro de 2025
A MENTE EM PAISAGEM
O rosto emerge em névoa
e segredo.
Com a testa coroada em outonais fulgores.
Raízes se entrelaçam
no pensar do medo.
Nuvens pairam onde vivem as cores.
A natureza pulsa em cada veia fina.
Na pele que de terra e céu
se faz.
A mente, como a copa, que se inclina.
Guarda a paisagem que a alma traz.
A mão, mosaico de flor e
folha seca.
Toca o lábio em silêncio
para meditar.
No gesto antigo que a verdade cerca.
O
mundo interior se põe a respirar.
É a musa em sono, o
sonho em vigília breve.
O humano e o bosque se unem num só ser.
Aguardando o instante de florescer.
Imagem Pinterest
sexta-feira, 10 de outubro de 2025
O RASTRO DE LUZ
Ao redor de si, um halo de cores flutua
Pó de estrelas, poeira de aurora que
atua
Chama azul-dourada, serpenteia, acende e se
finda
A energia inocente que o momento brinda
A dança é o verbo que a boca não
ousa dizer
A história secreta que ele precisa viver
Deixa o tempo em suspenso, a vida a rodopiar
Neste breve infinito de apenas
dançar
A dança da infância não busca o aplauso da
plateia
É o código secreto de tudo o que
anseia
É a força da vida a brotar sem
pedir permissão
No corpo pequeno que carrega o mundo na mão
quarta-feira, 8 de outubro de 2025
O VOO DA MELANCOLIA
No céu de anil, onde a lua se desfaz
Um rosto emerge, de traços aveludados
Lábios de rubi, em silêncio e paz
Pele de mármore, sonhos inacabados
Das profundezas de um mar de páginas
Nuvens de versos, espelhos do saber
Uma figura esguia, entre as miragens
Em frágil barco, a tinta a escrever
Com pena alva, que o éter perfura
Traça segredos, do tempo e do além
Em cada curva, uma nova aventura
Em cada verso, um eterno refém
Pássaros negros cortam o horizonte
Anunciando histórias que o vento traz
A mulher, a lua, no olhar que se esconde
Onde a melancolia em poesia se refaz
domingo, 5 de outubro de 2025
O MUNDO DE UM POETA
No silêncio das madrugadas.
Costura o infinito
Com fios de alma,
palavra e sonho.
Tecendo o real num verso bonito.
Seu olhar reluz a cor das estrelas.
Ouve o vento recitar segredos
E no papel, o sentir desperta,
livre de tempo, forma e medos.
Entre rosas, lágrimas e mares.
Faz da dor uma canção,
transforma abismos em altares.
O amor em eterna inspiração.
Mora num mundo que ninguém invade.
Em que o verbo é semente e luz,
Lá, a vida ganha outra verdade:
tudo o que sofre também reluz.
O VOAR SECRETO DA MENTE
Onde a tinta
do silêncio encontra a folha, e o mundo se cala para ouvir a escrita.
Ali, no
recanto onde a alma se desfolha.
Ressurge o poeta e o jardim em flor.
E o nosso
pensar é o milagre, a metamorfose, que transforma a ideia em puro esplendor da
cor.
Um suave e
silencioso voo de psicose...
De borboletas
em plena apoteose.
segunda-feira, 29 de setembro de 2025
MINHA RETINA
Minha retina retorce a imagem
Vislumbrando nós dois sentados
Eternos apaixonados sobre as lentes a colorir o mundo
Retina o espelho do que somos
Acreditando num encontro prófugo
Buscando escapar para a paz afável e longínqua...
Minha retina inebria os olhos quando te vejo
Cores desaparecem na sombria vista...
Vermelho da paixão nos cobre batizando este amor
Holofotes posicionados focam tua retina, inútil...
Entreolha o que passa na periferia
Minha retina embriaga-se de cafeína pra suportar a insônia
Noites em claros da imagem cogitada
Um fantasma a percorrer minha retina
Focalizando o espaço entre nós
Crer que me olhará
Minha retina...
Passando distante...
Juramentos de um dia te amar...
quarta-feira, 24 de setembro de 2025
MUDANÇAS
quarta-feira, 3 de setembro de 2025
INSPIRO-ME NO TEU REFLEXO
quinta-feira, 21 de agosto de 2025
COBERTA... DESCOBERTA NA LIBERDADE DE SER
Meu corpo nu, enrolado em um manto
Coberta... Pela descoberta da liberdade de Ser
Nascimento de um romper de explosões de sentimentos
Arcabouço de ilusões refletidas no espelho do aquém...
Na ansiedade de um alguém, que traga um aroma
De flores etéreas perfumando o manto da minha descoberta
De ser um Ser liberto, dos anseios e romper meu casulo
Desabrochando feito uma açucena
No deserto do amor sem ilusão
Serei, jardim, flores, água e solo fértil
Na miragem da areia escaldante
Coberta pela semente da nascente de ser água cristalina
Almejada pela alma, na candura de um beijo refletido
Nos reflexos de um amor , que ainda vaga
Qual vaga-lume no Oásis da minha descoberta
Que permanece coberta...
Pelo véu que não consigo enxergar...
terça-feira, 5 de agosto de 2025
DESESPERANÇA
terça-feira, 17 de junho de 2025
No ápice de um momento...
sábado, 3 de maio de 2025
FLUIDEZ
Quando fui fluidez.
Mergulhei.
No fundo, de mim.
Olhei nas frestas de outrora.
Molhando as recordações.
Em tempos calados.
Quando fui água.
A sede da minha presença.
Se fez presente.
Nadando por todos os labirintos.
Deixando as lágrimas.
Lavarem e levarem.
Para o rio desaguando no mar.
Dentro de mim.
Quando senti toda a fluidez.
Segui em maré cheia.
Deslizando na correnteza.
Nas incertezas.
Desenhei os peixes.
Mergulhei tão profundamente.
Por fim, transbordei.
Dentro de mim.
terça-feira, 22 de abril de 2025
MUDAS...
quinta-feira, 27 de março de 2025
FRAGMENTADOS
Fragmentados.
Juntamos os cacos.
Florescendo para dentro de nós.
O amor renasceu.
Desatando os nós.
Imagem Pinterest
NOSSO AMOR
Nosso amor foi água que correu
Morreu nas pedras das desilusões
O amor sempre é um sonho, um encanto
Uma dor ou uma mágoa
Riso solto ou um pranto
Nosso amor foi soprado pelo vento
E ao longe se perdeu
Levou nossas juras
Hoje dançam com o vento, em outras direções
Sem anelar, nosso corações.
Imagem Pinterest
quarta-feira, 12 de março de 2025
CAIAÇÃO
quinta-feira, 20 de fevereiro de 2025
ACORDANDO OS SENTIMENTOS
Desce da colina e vem debruçar no meu solo fértil
Rasga o céu na fúria de uma tempestade
Eletrizando meu corpo com as descarregas do teu relâmpago
Estremecendo e debulhando minhas folhas sem vida
São os condões que nos unem
Desatando os nós e penetrando em nossas raízes
Contorna meu corpo, uma flor-primaveril
Esperança de uma noite liberta e sutil
Abriga nas folhas de teu corpo, o meu coração
Floresceremos na bonança de uma Alvorada
Bordando o mar enfeitado num arco-íris
Navegaremos entre os espaços
Os vão de nossos poros
Entrelaçados nos matizes inundados de luz
Entregue na vastidão de um amor reprimido
Enraizados, lado a lado
Formando uma vegetação divina...
Na limpidez de um lago...
sexta-feira, 7 de fevereiro de 2025
CONFIDÊNCIAS A DRUMMOND - REEDITADO

“No meio do caminho tinha uma pedra
Tinha uma pedra no meio do caminho”.
Não julgue meu caminho por ter uma pedra
Peguei um atalho no desatino
Nasci na sombra dos esquecidos
Tenho fome de amor,
de pão e de carinho
Descanso no teu colo poeta, no meio do caminho
Entre a fumaça e o cachimbo
Tem uma pedra no meu caminho...
Sou alvo do descaso, sem esperança no teu colo cochilo
São dias e noites fadigados neste corpo franzino
No meio do caminho tem uma pedra, desta pedra perdi todo o
meu caminho...































