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Quem sou eu

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Sou a simplicidade casada com a verdadeira essência de um ser. Venho de uma família onde todos trazem e trouxeram em suas bagagens um código espiritual único e capaz de transformar palavras em frases complexas e simples, que ampliam horizontes e rompem barreiras. Sou filha do vento, da água, da terra e do fogo. Tenho minhas fases e mudo conforme a Lua. Sou a busca do exato, na medida disforme das coisas que vejo, e minha mente transcreve. Hoje criando este blog, mostrarei o que em gavetas escondia. Beleza, sinceridade, sede de transcrever o que minha alma sente ao se deparar com uma folha e um lápis, pois é desta forma que escrevo. Na simplicidade de um canto qualquer, mas com essência pura dos sensíveis.

quinta-feira, 27 de março de 2025

FRAGMENTADOS


 Fragmentados.

Juntamos os cacos.

Florescendo para dentro de nós.

O amor renasceu.

Desatando os nós.


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NOSSO AMOR


 Nosso amor foi água que correu

Morreu nas pedras das desilusões 

O amor sempre é um sonho, um encanto

Uma dor ou uma mágoa

Riso solto ou um pranto


Nosso amor foi soprado pelo vento

E ao longe se perdeu

Levou nossas juras

Hoje dançam com o vento, em outras direções

Sem anelar, nosso corações.


Imagem Pinterest


 Imagem Pinterest

quarta-feira, 12 de março de 2025

CAIAÇÃO




Rosto palidez
Vertigens
Horizontes distantes
Nada reluz nos rebentos
Coração parado
Sem pulsação
Esquecimentos...

Caiação
 Sonhos não mais sonhados
Vidas separadas
Nublando os dias
Distanciando as noites
Das festas de alegria
Separação de corpos
Olhos euforia

Caiação
Um borrão na estória contada
Folhas dilaceradas
Suspiros debelados
Mãos sem destino
Caminhos perdidos
Sem um aceno ou despedida
Confidenciou só a partida...

quinta-feira, 20 de fevereiro de 2025

ACORDANDO OS SENTIMENTOS




























Desce da colina e vem debruçar no meu solo fértil
Rasga o céu na fúria de uma tempestade
Eletrizando meu corpo com as descarregas do teu relâmpago
Estremecendo e debulhando minhas folhas sem vida
São os condões que nos unem
Desatando os nós e penetrando em nossas raízes
Contorna meu corpo, uma flor-primaveril
Esperança de uma noite liberta e sutil
Abriga nas folhas de teu corpo, o meu coração
Floresceremos na bonança de uma Alvorada
Bordando o mar enfeitado num arco-íris
Navegaremos entre os espaços
Os vão de nossos poros
Entrelaçados nos matizes inundados de luz
Entregue na vastidão de um amor reprimido
Enraizados, lado a lado
Formando uma vegetação divina...
Na limpidez de um lago...

sexta-feira, 7 de fevereiro de 2025

CONFIDÊNCIAS A DRUMMOND - REEDITADO

“No meio do caminho tinha uma pedra
Tinha uma pedra no meio do caminho”.

Não julgue meu caminho por ter uma pedra

Peguei um atalho no desatino

Nasci na sombra dos esquecidos

 Tenho fome de amor, de pão e de carinho

Descanso no teu colo poeta, no meio do caminho

Entre a fumaça e o cachimbo

Tem uma pedra no meu caminho...

Sou alvo do descaso, sem esperança no teu colo cochilo

São dias e noites fadigados neste corpo franzino

No meio do caminho tem uma pedra, desta pedra perdi todo o meu caminho...

 

terça-feira, 4 de fevereiro de 2025

PERPLEXIDADE



Perplexa olhando o enredo na vida
Suas musicalidades foram distanciando os sons
Filas foram formando
Blocos trincados
Fendas nas paredes internas foram se abrindo
Desmancharam-se
Tornando-se pó
Forças se perdem na fraqueza dos sentidos
Emoções apostados num refúgio de tempestades
Rodopio entre os espaços vazios
Na busca das respostas, nada ecoa.
O som não se propaga

Simplesmente apaga...

domingo, 2 de fevereiro de 2025

Acordes Renascendo


No recolhimento dos meus ais
Prisioneira nos canaviais
Presa no tronco da dor
Açoitados pelo abandono de um tempo...
Amor soterrado em palmos profundos
Não mais escrava...
Vesti-me de negra libertação
Emoções precisam fenecer e ressuscitar
Morte é término e recomeço
Quebra de ciclos viciosos que deixamos instalar-se
Sentimentos que não nutrem
Desgastam ao ponto de aniquilar
Minhas vestes são porções de retalhos que jogarei para o alto
Desvirar ficando nua de corpo e alma
Modificando todos os açoites recebidos
Num novo corpo restruturado e recomposto
Revestido de uma bela sinfonia
Acordes renascendo
Metamorfose de uma estória esquecida...





quinta-feira, 30 de janeiro de 2025

CLARÕES DE SENSATEZ


Minhas mãos tocam teus olhos
Embebidos de prantos
Esqueça as maldades do mundo
Descortine as visões beatificadas da vida
As esferas luminosas ajudam teus pensamentos
Vibre nas melhores sintonias
Sejam de noites... Sejam de dias...
Fica cúmplice de tua vida
Nesta caminhada de lampejos
Há corações abrasadores de amores
Apegar-se aos desgostos, não tem pretensão.
Segure em minhas mãos por um momento
Sentirás que não há desamparo
Não há caminho solitário
Onde a prece peregrina
Num despertar de outras auroras...
Incendiando as alegrias do coração
Por alamedas de longas horas...


quarta-feira, 29 de janeiro de 2025

ENCONTRO DESCONEXO


O silêncio
Ronda meus pensamentos
Salto nas correntezas
Cristalinas de lembranças
Suspensas em linhas invisíveis.

Tento compreender
O significado do mergulho
Procuro
Encontro outra forma
Com traços marcantes
No presente.

Neste papel
Brotam ideias
Inspiração
Vem de mim
Do encontro
Que, me perdi.

terça-feira, 28 de janeiro de 2025

Deixei o véu cair...



Neste véu lanço-me nas danças flamencas
Presa aos destinos... 
Sem desatinos...
Coberta pelo xale de organza
Deixo minha silhueta bailar de encantos
Percorro em instantes lugares desconhecidos
Olvidados, sobressaltando emoções.
Liberando o espetáculo, caminhando junto das caravanas.
Roupas bordadas em ouro, adereços e um cordão dependurado no pescoço.
Uma esfinge de madrepérola com figura de uma cigana
Os véus soltam-se nas danças, nos pares a se formar.
Um cigano entrelaça suas mãos nas minhas
Um encontro de vidas... Quem sabe...
Seus olhos significavam narrativa que na história caiu em esquecimento.
Deixei o véu cair, e um olhar refletiu na retina longínqua.
Uma história, revestida em várias vidas...
Um amor perdido nos olhos escondidos...
Do amor não vivido...




terça-feira, 21 de janeiro de 2025

Aquarela da Vida



Há passagens na vida, despertar de sonhos imperfeitos.
Pinturas feitas nas paredes internas do corpo
Um artista no anonimato utilizando suas cores
Retratou-me de verde
Neste caminho percorreu na vastidão do meu ser
Libertando-me
Alterando a minha natureza
Tornei-me árvore exuberante
Recolherei os que se abrigarem na sua sombra
Colhendo os frutos e vendo as folhas caírem em pleno Outono
Renascença
Surge a Primavera e nela estarão recarregando suas energias
Piqueniques a sua volta, liberdade e risos soltos.
Sonhos perfeitos...
Da imagem nasce um artesão
Da existência um caminho
Do caminho um renascimento...

Da vida entonação...

sexta-feira, 17 de janeiro de 2025

GRITO DE SOCORRO

Chora natureza com tantos desgastes e ganância.
Foge para longe e leva junto os que contigo, padecem.
Joga-te nas matas seguras e puras.
Mergulha nas águas cristalinas que em parte estão poluídas.
Respira este ar sufocante e gritante que não enxergam o mal que fazem.
Lamenta natureza, teu choro ecoa ao Criador.
Não fica revoltada com tanta agonia, solta teus gritos e mostra a tua força
diante desta gente tão indiferente, mas capaz de afrontar-te.
Mostra tua luz cortante nos céus gritando por socorro, em choro constante.
Destruindo os que em baixo ficam rindo, da tua dor frustrante.

quarta-feira, 15 de janeiro de 2025

PÁSSARO ALADO

         

            Arrebatei um sobrevoo
Na imensidão entre as colinas
Travessias de mares...
Debrucei na soleira da tua janela
Arquei minhas asas
Num aceno e chamamento
Teus olhos fitaram os meus...
Alcei um voo, e na leveza.
Arranquei teu sofrimento de olhos marejados
Percorremos um arranha-céu de pedras
Pairamos entre as nuvens
Coração pulsava na vibração de um romance
Calado, o pássaro alado...
Debruçou na soleira da janela
Devolveu sua amada
Retornando na angustia de noites frias
Presumindo distantes alegrias
De novos voos que faria
Na beleza de um semblante
Em seus olhos irradia...








segunda-feira, 6 de janeiro de 2025

O MELHOR DE TUA VIDA


O melhor de tua vida
Passastes ao meu lado.
De que serve lamentar o concreto
Diferente do abstrato que sonhamos
O vento quando passa, não marca regresso.
Há de haver entre nós
Uma estranha presença de nós dois
Um amor
Que não tenha estacionado o equívoco do ser
Estaremos tão nós que dentro de nós
Nascerá à intimidade na esperança.
Seremos do eterno a eternidade
Do manso a mansidão
Do brusco a incerteza de todos os sentidos
Viveremos ao longo de nós mesmos
Sem saber de céus e coisas a mais.
Morreremos no mar
Para termos certeza em sobrevida no abismo.
Calaremos se alguém disser
Que nos cristalizamos
Em estátuas e regatos de pedra
Levantaremos os olhos para o nada
E nos enxergaremos
Num fenômeno cósmico qualquer.
Gritaremos ao mundo
Que nunca existiu um bem
Que sendo um,
Fingirmos dois
Vibraremos
Em mármores de amor
Tudo por que
Há de haver entre nós
Uma estranha presença
De nós dois







sábado, 4 de janeiro de 2025

AMORES SOTERRADOS




Tempestades de ilusões
Emoções vividas
Escondidas em um porão

Porão de sentimentos
Revirados
Soterrados
Amores que se foram
Jamais voltarão

Avalanches
Turbilhões
Amores soterrados
Desilusões

Sobrevive das lembranças
Saudade sufocada
Lágrimas a cair
Suspirando

Amores soterrados
Sem terra
Num túmulo de paixões

sexta-feira, 3 de janeiro de 2025

BAILARINA ENAMORADA


Meu corpo flutua
Nas pontas dos pés
Bailarina de sonhos
Baila nas emoções
Somos eternos namorados
Que nem lavas de
Vulcões...

Bailarina enamorada
Neste encanto de beleza
Dançamos lento
Sentindo cada passo
Num compasso
Corpo encaixado
Semblante de menina

Nesta roupa tão alva
Sou mulher, sou felina
Vem bailarina
Enamorado estou
Danças feito cisne
Ao encontro do meu amor