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Quem sou eu

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Sou a simplicidade casada com a verdadeira essência de um ser. Venho de uma família onde todos trazem e trouxeram em suas bagagens um código espiritual único e capaz de transformar palavras em frases complexas e simples, que ampliam horizontes e rompem barreiras. Sou filha do vento, da água, da terra e do fogo. Tenho minhas fases e mudo conforme a Lua. Sou a busca do exato, na medida disforme das coisas que vejo, e minha mente transcreve. Hoje criando este blog, mostrarei o que em gavetas escondia. Beleza, sinceridade, sede de transcrever o que minha alma sente ao se deparar com uma folha e um lápis, pois é desta forma que escrevo. Na simplicidade de um canto qualquer, mas com essência pura dos sensíveis.

segunda-feira, 24 de maio de 2021

CAVALO ALADO



Em prados e prantos
Galopes compassados
Surge o cavalo alado
Cavalgando em brisa leve
Sua crina macia
Veloz qual o vento
Livre nos espaços verdejantes
Corre e percorre
Caminhos distantes
Descansa em verdes campos
A sombra da velha figueira
Repousa do cansaço
Avante segue desolado
Chora a perda da amada
Galopando sem destino
Soluça enquanto cavalga
Na busca incessante
Para e olha
Enxergando o que procura
O cavalo acelera
Coração dispara
Na chegada um chamego
Deste amor selvagem
Separados pelo homem
O cavalo cria asas
Na busca deste destino
Patas galopando ao chão
Asas abertas de solidão
Em busca de um carinho

sábado, 22 de maio de 2021

OUÇA


Ouça, é minha voz falando no teu ouvido
Amordaçado em meus pensamentos, clamo por ti
Ouça, a brisa levar meu cheiro e sinta as cortinas esvoaçarem
Sou eu que adentra em teu recinto
Em fúrias de amor

Ouça, quero teu abraço em feitio de laço
Abraça meu corpo e rodopia na cadência
Ouça, dançaremos ao relento
Vestidos de amor, pés descalços no jardim
Deixando os desejos flamejarem
Saltitando entre nós e os colibris

Ouça, a música ainda continua a tocar
Convidando-nos a bailar
Os olhos a fitar
Bocas a beijar
Tempo de nunca mais parar

Ouça, as corredeiras
São águas a desaguar
Ouça, somos o rio e o mar
Em uma só onda a mergulhar



INSANA TEORIA



Hoje refreio dentro de mim o acabrunho de pessoas manipuladoras encarregadas de jogar o negativo assombrando meus passos em desalinhos. Labirínticos corredores de sofreguidão no desespero de uma ruela ou beco no crepúsculo de meus rebentos.

Sorrir não faz parte do conjunto, nem risadas vindas ou idas desta pilha descarregada, não constituindo um transportador de energias. Inconveniente lapso diante da própria vida.

Manipulador de conceitos e juízos como se fosse um manual de instrução desabando dos firmamentos.

Contrariar uma página de seus vade-mécuns é  largar os desejos, as alegrias, os conhecimentos que pouco contém e nada acrescenta em sua escrita imposta. Conviver diante desta insana teoria de dissertações não experimentadas é almejar que devoremos sapos sentindo gosto de chocolate quente em noites de frio.

domingo, 16 de maio de 2021

UM LIVRO... UM FUNERAL...


Um livro vai ser redigido
Nos assoalhos das emoções é erguido
O livro da vida rasga-se diante dos olhos
A cegueira da paixão busca o encontro do eterno afeto
As linhas em branco soltas e presas...
Demarcam o introdutório do que vai ser o embate
Inicia o despertar das palavras com entusiasmo e alegria
No espaço não há vazio... Tudo se completa...
Intervalos vão surgindo entre as dúvidas e aprisionamentos
Nas linhas recheadas de verdades, tornam-se prenhas de angústias.
Invadem os instantes dos tempos que sublimaram o êxtase do amor
Declínios, os brios sentindo os solavancos que o respeito não deixa desabrochar no despertar dos olhares.
Correm duas vidas lado a lado
Sem observar quem está ao lado
O livro segue em capítulos, recapitulando cenas.
Dois corpos entregues às traças e ao bolor do mofo
Um arrisca escapar para não ver o fim nefasto
De uma história que iniciou com flores e aromas
Morrendo no último capítulo entre as coroas de um funeral
Autores desconhecidos... Duas vidas entrelaçadas...
De uma lembrança no memorial...

sábado, 8 de maio de 2021

MINHA MÃE - AMOR ETERNO.


 

Meus pensamentos volitam em um jardim de flores perfumadas, coloridas, espargindo uma fragrância em que vou ao encontro da minha mãe, pois após um período de sua “ausência-presença” é ali que nos encontramos para falarmos de nós.

Não há um tempo que o defina e nem um dia em que meus pensamentos não se voltam para ela, nos ligando em pensamentos por minhas orações de ternura e tão singelas.

Sinta o meu abraço mãe, daqueles demorado para que nossos corações se entrelacem e nos acolham neste sentimento de amor que não finda, acomoda entre o ventre materno e a saudade desta filha.

O tempo já me fez sentir dor sem ferida, lágrimas sem insultos e sorrisos sem presença.

 Foi assim que nasceu a saudade, o entendimento mais profundo de que tudo não se acaba neste mundo, há um mistério que só desvenda quem tem a alma volitante.

segunda-feira, 3 de maio de 2021

CORAÇÃO ALADO



O vento de leve acariciava meus cabelos dourados.
Meu coração alado, viajou entre o pôr do sol na visão além dos olhos físicos, pura contemplação da alma com calma.
Plainavam entre os pássaros nas proximidades da colina
Uma profundidade interior avassaladora, me arrebatava entre o mundo que descortinava
Longe das agitações urbanas do vai e vem veloz do passar das horas
Apreciava o belo, direcionando meu pensamento para alguma coisa diferente sem ser superficial
Assim, corria meu coração alado voava no mar de luz e o sol permaneceu em mim.
Percebia a Luz Divina, é ali que a alma pode volitar e ao mesmo tempo onde se desenvolve, olhando, amando e conhecendo quem foi o Criador.
Arquiteto das mais belas pinceladas de perfeição, senti que quando a alma se converte num coração alado, poderá conhecer o que procuro no conhecimento lendo o Livro da Existência.
 Quando desenvolvemos o dom de amar com os olhos da simplicidade, podemos abraçar as coisas intangíveis e compreender a grandeza de estar em constante harmonia com a nossa natureza e a que deixamos de admirar todos os dias.
Meu coração alado, voejou por flores solitárias que são regados pela chuva e regressou sem cansaço das peregrinações que se permitiu num domingo qualquer, ser banhado de luz na compreensão de ver além do que observo e sentir de onde eu venho e retornarei...