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Quem sou eu

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Sou a simplicidade casada com a verdadeira essência de um ser. Venho de uma família onde todos trazem e trouxeram em suas bagagens um código espiritual único e capaz de transformar palavras em frases complexas e simples, que ampliam horizontes e rompem barreiras. Sou filha do vento, da água, da terra e do fogo. Tenho minhas fases e mudo conforme a Lua. Sou a busca do exato, na medida disforme das coisas que vejo, e minha mente transcreve. Hoje criando este blog, mostrarei o que em gavetas escondia. Beleza, sinceridade, sede de transcrever o que minha alma sente ao se deparar com uma folha e um lápis, pois é desta forma que escrevo. Na simplicidade de um canto qualquer, mas com essência pura dos sensíveis.

quinta-feira, 16 de janeiro de 2020

ENCANTOS SEM PAR...



Ouvindo a orquestra das gaivotas
O marulhar das águas marinhas
Sentindo no rosto, os cabelos a voejar
Frescor da brisa que penteia
As dunas, desta terra:
Histórica e legendária Laguna.
A voz determinante
Minha própria consciência
Que me inspirou
Neste Coração que pulsa
As ruas cansadas
De sol inundado
São calmas e silenciosas
Os casarios marcados
Pelo tempo desgastado
Serão vistos de novo
Pelos meus olhos cansados.
Minha alma não percebe nada
Pois, corre atribulada
Por dentro deste coração varonil
Pelas Praias, Museus
Farol de Santa Marta a iluminar
O escuro mar, guiando os navegadores.
Dão aos turistas frequentes
Um cartão postal diferente
Vagueio por sobre a Lagoa
No alto do Morro da Glória
A cidade descortinada
Lagrimejam meus olhos ao ver
No desprezo que ecoa nos labirintos
Das ruas desertas...
Minha história de vida
Que ali vivi...




Crédito fotográfico - Rui Coelho

HABITAÇÃO(Gibran)

Vossa casa não será uma âncora,mas um mastro.
Não será uma fita reluzente que recobre um ferimento,
mas uma pálpebra que protege o olho.
Não dobrareis as asas para poder atravessar as portas,
nem curvareis a cabeça para não bater nos tetos,
nem retereis vossa respiração para não sacudir
e abalar as paredes.
Não morareis em tumbas feitas pelos mortos para os vivos.
E apesar de ser a magnificência e esplendor,
vossa casa não conterá vosso segredo nem abrigará
vossa nostalgia.
Pois aquilo que é ilimitado em vós,mora no castelo do céu,
cuja porta é a bruma da aurora e cujas janelas são os
cânticos e os silêncios da noite.

quarta-feira, 15 de janeiro de 2020

CLAMORES DE PAIXÃO


Não consegues entender que os meus olhos te buscam
Qual cego tateando o mundo
Estão vendados para não se arrastar nessa falta que pressinto
Tuas mãos percorrendo minhas vontades
Sedenta espera, devorar-te em clamores de paixão.
Saboreia esta cútis a insinuar-se com sentidos torpes
Tomando os teus delírios em uma conjectura de promessas
Improvisando e viajando pelos caminhos do mapa de teu corpo
Desvenda meus olhos para que eu possa visualizar teu semblante
Respiração ofegante, olhos brilhantes e um sorriso de esperança.
Não demora, sou fugitivo dos sentimentos contraídos num recinto abandonado.
Sem espera, um principiante de emoções afloradas...  Arrepiar de pele.
Me solta das amarras e cubra-me com teus afagos
Deixando-me deleitar dos momentos que no meu sonho sigo a te procurar
Acordando, volto a ser um cego a vagar...


terça-feira, 7 de janeiro de 2020

DESEJO...


Desejo ,  que o tempo pare
Sem a pressa de correr
Desejo ,  que a vida pulse
No compasso do amor-paixão
Desejo ,  que teus olhos
Sigam os meus
Desejo ,  que tua boca
Beije a minha
Desejo ,  que tuas mãos
Brinquem de tatear desejos
Desejo , você
Sem pressa , te expressa
Desejo ,  que no atrito
Nossos corpos queimem
Desejo , um cansaço
Sem corrida
Desejo , um açoite
Sem chicote
Desejo que a poesia
Durma e acorde, no meu colo
Desejo , que impulsiona à vida
Vestida de presença
Transformando linhas em prosa.
Desejo...

segunda-feira, 6 de janeiro de 2020

PARTE ESQUECIDA...


Nas linhas que escrevo
Produzo o brilho do mundo intenso
Entre as ilusões e a realidade
Bordando as linhas prenhas de amor, paixão, desejos, saudades, dos encontros e desencontros entre uma tênue luz que aos poucos se apaga...
Vai surgindo as pessoas distantes...
Ausentes...
Presentes...
Entre tantas outras que vejo por uma tela fria...
Um mesclar de sentimentos volitando meus pensamentos...
Calor que abrasa meu corpo em pleno ardor.
Busca intensa na poesia que me salvou
Nas linhas anoto a essência pura que brota d’alma
Em códigos decifrando que somos muito mais sentimentos que frieza...
Lapidar para que seu brilho reluza em cantos diversos
Nos cânticos e clamores saltitantes em alegrias dos sentimentos sentidos e retribuídos
Vislumbro ser poetisa por escrever de tal forma.
Sou a essência dos sentimentos vividos e vivenciados desta vida contínua...
Divido por parte o encontro do mergulho profundo, em que a mente sente um vibrar de acordes de realidades não vividas, esquecidas, diluídas em conta gotas homeopáticos no Universo distante e perto ao mesmo tempo...
Engulo e trago a fumaça da vida, tragada para não sufocar a partida.
Solto em letras rabiscando no papel e começo a sentir a leveza da pureza do
que sou ou penso ser.
Entre o abstrato e o lúdico brincando entre o impresso
Tal qual, uma ciranda de roda em que o círculo é girado de mãos dadas, entrelaçando entre o palpável e o invisível....
Não sou poetisa, sou o encontro de mim e de uma parte esquecida
Guarnecendo em lapsos profundos o encontro de momentos já vividos...

sexta-feira, 3 de janeiro de 2020

OBSERVAÇÃO ALÉM MAR...


Observando de longe, avistei o mar e o horizonte.

Sentei-me em uma pedra e atentamente comecei a fazer uma comparação.

Olhava para o infinito, mas não conseguia definir onde começava e onde terminaria aquela imensidão de águas cristalinas que chamamos de Mar.

Minha imaginação foi muito além e ousada.

Comparei o Mar com Deus.

Imaginei as ondas sua barba branquinha igual a espuma, a cor refletida das águas seus olhos.

No imenso horizonte onde conseguia ver seu começo, porém não conseguia imaginar seu fim.

Igual a eterna vida que um dia vamos atravessar.

Deus nos dá como tira em forma de ensinamento.

O mar o faz também, tanto nos dá como nos tira.

Quantos se perderam por não ter medo da fúria do mar e afogaram-se em suas águas.

Os homens do mar, os pescadores, desbravadores trazem o alimento desse gigantesco mar.

Em suas águas límpidas, profundas e paradas, escondem mistérios perigo e frieza.

Existem pessoas desta forma: misteriosas, frias, profundas, paradas e perigosas.

O mar, o homem e Deus é a conexão mais precisa de observação além do céu e da Terra.