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Quem sou eu

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Sou a simplicidade casada com a verdadeira essência de um ser. Venho de uma família onde todos trazem e trouxeram em suas bagagens um código espiritual único e capaz de transformar palavras em frases complexas e simples, que ampliam horizontes e rompem barreiras. Sou filha do vento, da água, da terra e do fogo. Tenho minhas fases e mudo conforme a Lua. Sou a busca do exato, na medida disforme das coisas que vejo, e minha mente transcreve. Hoje criando este blog, mostrarei o que em gavetas escondia. Beleza, sinceridade, sede de transcrever o que minha alma sente ao se deparar com uma folha e um lápis, pois é desta forma que escrevo. Na simplicidade de um canto qualquer, mas com essência pura dos sensíveis.

sábado, 14 de dezembro de 2019

MISTÉRIO DA NOITE


O céu está bordado de estrelas cintilantes, suspensas no infinito percebo a magia que a noite traz a todos os noctívagos.
Consigo reunir o bom, em tudo o que faço pela vida.
Eu queria ausentar-me de tudo e de todos e sair pelo mundo para viver a minha solidão interior.
A queda ultrapassa a força do temor e deixa na face, dura ânsia, cansaço, e em seu caminho um fragor que ilumina.
Cegos, buscamos outro vertente suor de sonho plantado e cultivado num rio que se amplia e se espraia na areia de estranha nostalgia.
Por que viajamos rios de enigmas subtraídos da alma?
Naveguei no cais dos sonâmbulos, nas fulgurantes crinas da angústia.
Distâncias dissolvidas nos voos.
Por que o dia é inconstante, tal qual o mistério da noite...

sexta-feira, 6 de dezembro de 2019

ENSAIOS...


Encandece com tuas palavras
Desejos adormecidos
Calados e esquecidos
Num quarto em que a cortina esvoaça
O relógio bate calmamente
O tempo sorri de felicidade
Olhos fitam teus ensaios...
Miragem...
Mãos brincando em toques sutis e apimentados...
Tocam e aceleram meu coração
O frescor da brisa adentra pela janela
Debruça entre nós
Refrescando os pingos dos suores
Incandescendo os lençóis
Braços entrelaçados
Corpos ajustados e sincronizados
Sem pressa ou correria...
Pensamentos voejam na velocidade de um cometa
Tateando teu corpo em pensamentos...
Esvaindo aos poucos teu semblante
Caminhando de volta ao horizonte...





sábado, 30 de novembro de 2019

Minha flor interior

Metade de mim é flor
Enraizada em águas profundas
Fecundas com folhas e espinhos
Aromatiza os vales, mares, rios...
Sou choro e sorrisos...
Alegria e tristeza...
Saudade e nostalgia
Amiga e colega...
Inimiga da minha própria sombra
Metade de mim despedaça
Sem matar a flor
Aromatizando minha alma
Sem perder o amor...
Pensamentos com cheiro de livros
Liberdade na arte de escrever
Poetisa por todos os cantos...
Continuando a segurar essa flor
Simbolicamente é ternura dos gestos
Ao encontro de outras mãos...
Um perfume e um bem-me-quer...
Sou inteira na convicção
Mulher, guerreira e destemida
A batalha venceu...
Sem despedaçar essa flor perfumada
Em cada linha que escreveu.



domingo, 24 de novembro de 2019

ALQUIMIA





A minha alquimia sai de minha alma
Fui banhar meu corpo no deleite do mar
Rasgar o aço dos músculos do coração
Bordando minhas letras e deixando que viagem dançando
No mundo de uma poetisa em forma de linhas
São nestas linhas que realçam minhas abstrações
Alquimia de um amor
Transformando em poesia os sonhos
Tão discretos ...
Tão entranhados...
Desvanecendo a visão que turva ao longe
Não me perco nas linhas e nem na escrita
São nestes momentos que eternizo as ilusões
Consolido o que reflito
Sem conflito
Sem angustia
Nada além do que pressinto
Minha alquimia regressa em estado de êxtase
Acomodando-se no meu interior e aquieta-se
Adormece entrelaçada por mãos que o afagaram
Nas mesmas linhas que limitam fronteiras
Debruçados lado a lado na minha cabeceira.






sábado, 21 de setembro de 2019

ÁRVORE DE LIVROS


Hoje plantei no jardim do mundo, árvores de livros.
Para que cada um possa colher e escrever sua biografia pura.
Que a capa do seu livro venha estampada a foto sem filtros, sem milagres da tecnologia.
Que seja nua, despida de disfarces. Que tenha apresentação, introdução e verdades. Nesse livro ao colher da árvore da vida, não siga as regras do modismo, seja você na simplicidade do seu sorriso, do choro, das suas lutas diárias. Dos que te cercam de amor, carinho. Da vida que te mostra quando estas sozinha. Te acolhe nesse livro da tua vida. Deixe correr solto qual vento a soprar uma folha, sem rodeios, sem medos de ser rejeitada ou melhor, de ser encaixe perfeito pelos rótulos criados sem sentindo.
Descubra em cada linha, tudo o que foi, o que permite a Ser, aos que contigo caminham nesse jardim de milhares de livros rabiscados e esperando por serem lidos com os olhos de bondade e amor.
Na árvore do livro, há em cada biografia uma vida, um sonho e uma vontade de deixar no coração do outro, uma frase tatuada no lado esquerdo do peito. Comece hoje a escrever as primeiras linhas, antes coloque a sua foto na capa do livro e diga essa sou eu, livre de tudo o que aprisiona para  satisfazer alguns  que não enxergam o melhor de mim. 

terça-feira, 17 de setembro de 2019

FUGAZES ...


Tua voz tem néctar de flor
Doce na brandura de cada tom
Adentrando nas minhas entranhas
Arrepiando minha pele sem tocar
O tempo clareia os olhos, espelho da vida
Coração desacelera em compassos arrítmicos
Juventude renasce no impulso e alegria
É a tua voz espargindo um bem-estar
Em cada letra soletrada na forma mais calma
Na distância que nos distancia os corpos
Emaranhando os sentidos entorpecidos de um bem quer infindável
No deleite de um acampamento em algum lugar...
Sentindo a brisa e o frescor da vida
Entremeada entre teus braços feito abrigo agasalho
Na ternura de vidas que se completam
Nascendo e revivendo em um tempo a nos distanciar...
Sem a ilusão do vínculo apertado de um laço
Somos nós que entre nós, o liame afrouxa na imensidão de cada olhar...



domingo, 1 de setembro de 2019

AMOR LEMBRANÇA...






























Entrelaçada entre o amor e o afeto genuíno
Amor despertador de um coração sem batimentos
Acelerou...
Olhos fitando os teus...
Formavam feixes de luzes espargindo sobre nós
Cortina de lembranças findadas num tempo...
Abraçadas nos líquenes da memória
Vultos rondando a estação que nos manteve aquecidos
Noites de risos soltos, leveza na ponta dos pés
Embalados por encantamento de estarmos sós
Luz tênue no prelúdio do amor
Arrebatamento de sonhos e devaneios
Dançarinos flutuando no êxtase dos desejos
Rodopiamos o mundo e caímos no esquecimento...
Findando o que fomos e o que poderia ser...



Oswaldo Montenegro - Quando a gente ama


quinta-feira, 29 de agosto de 2019

Sou mera espectadora


















Sou mera espectadora do espetáculo sem plateia...
Sou mera espectadora apreciando teus ensaios fotográficos na minha mente.
Fui eu quem viu o teu primeiro sorriso e teus olhos brilhantes espreitarem por detrás das cortinas, refletido em minhas retinas.
Sou mera espectadora apreciando tuas poucas palavras, encaixes de infinitas vibrações nas emoções descabidas.
Sou mera espectadora das alegrias que cercam tua vida no monólogo decorado no passar dos anos...
Sou mera espectadora de sonhos alados, crio asas e sobrevoo teu anfiteatro interior.
Sou mera espectadora e uma personagem na peça da tua vida, fazendo de cada ato uma apresentação sem ensaios... Protagonista de uma suposta história de amor.
Sou apenas uma mera espectadora, apreciando tua existência no coral desafinado em uma peça teatral sem nome ou legendas.
Sou mera espectadora encontrando nas linhas que escrevo teu nome em pensamentos, tateando as minhas emoções.







sexta-feira, 19 de julho de 2019

Geraldo Azevedo - Dona da Minha Cabeça (Ao Vivo)


ACORDANDO OS SENTIMENTOS




























Desce da colina e vem debruçar no meu solo fértil
Rasga o céu na fúria de uma tempestade
Eletrizando meu corpo com as descarregas do teu relâmpago
Estremecendo e debulhando minhas folhas sem vida
São os condões que nos unem
Desatando os nós e penetrando em nossas raízes
Contorna meu corpo, uma flor-primaveril
Esperança de uma noite liberta e sutil
Abriga nas folhas de teu corpo, o meu coração
Floresceremos na bonança de uma Alvorada
Bordando o mar enfeitado num arco-íris
Navegaremos entre os espaços
Os vão de nossos poros
Entrelaçados nos matizes inundados de luz
Entregue na vastidão de um amor reprimido
Enraizados, lado a lado
Formando uma vegetação divina...
Na limpidez de um lago...

CAIAÇÃO




Rosto palidez
Vertigens
Horizontes distantes
Nada reluz nos rebentos
Coração parado
Sem pulsação
Esquecimentos...

Caiação
 Sonhos não mais sonhados
Vidas separadas
Nublando os dias
Distanciando as noites
Das festas de alegria
Separação de corpos
Olhos euforia

Caiação
Um borrão na estória contada
Folhas dilaceradas
Suspiros debelados
Mãos sem destino
Caminhos perdidos
Sem um aceno ou despedida
Confidenciou só a partida...

COBERTA... DESCOBERTA NA LIBERDADE DE SER


























Meu corpo nu, enrolado em um manto
Coberta... Pela descoberta da liberdade de Ser
Nascimento de um romper de explosões de sentimentos
Arcabouço de ilusões refletidas no espelho do aquém...
Na ansiedade de um alguém, que traga um aroma
De flores etéreas perfumando o manto da minha descoberta
De ser um Ser liberto, dos anseios e romper meu casulo
Desabrochando feito uma açucena
No deserto do amor sem ilusão
Serei, jardim, flores, água e solo fértil
Na miragem da areia escaldante
Coberta pela semente da nascente de ser água cristalina
Almejada pela alma, na candura de um beijo refletido
Nos reflexos de um amor , que ainda vaga
Qual vaga-lume no Oásis da minha descoberta
Que permanece coberta...
Pelo véu que não consigo enxergar...

segunda-feira, 6 de maio de 2019

ROUPAS ( Gibran Khalil)

Vossos trajes ocultam muito de vossa beleza,porém não escondem o que não é belo.
Embora procureis nos trajes a proteção libertadora de vossa intimidade,neles podeis encontrar arreios e cadeias.Pudésseis enfrentar o sol e o vento com mais epiderme e menos roupa:
Pois o sopro da vida está na luz do sol e a mão da vida está o vento.
Não esqueçais que a modéstia é um escudo contra o olhar do impuro.
E quando o impuro desaparecer,que será a decência senão um obstáculo e uma mancha na alma?
E não esqueçais que a terra se rejubila de sentir vossos pés desnudos e que os ventos anseiam por brincar com vosso cabelo.

segunda-feira, 15 de abril de 2019

OS AMANTES


PALCO DA VIDA

No palco da vida
Quantos monólogos
Decoro
Falo
Aplaudo
Choro
Alegro-me

Neste palco
Sou espectador
Locutor
Uma voz
Somente fala
Escuto
Sinto
Nossa comunicação
É espiritual

Reflete no músculo
Vermelho com formato
De coração
Ele é o palco
Meus pensamentos
Correm
Brincam

Atuando tão forte
Sinto-me atriz deste
Palco flutuante
Troco de personagem
Em vários atos
Conhecendo cada figurante.

quarta-feira, 10 de abril de 2019

O que é o Amor?

O que é o Amor? Um lapso temporal de um sentimento inacabado?
Ou seria algo que se instala, faz morada e não conseguimos cuidar?
Nas esferas cristalinas dos valores, num lugar onde as almas estão limpas dos odores das malícias. Sobrevoa um Amor de constantes alegrias, uma felicidade vestida de luz.
Bordam seus corpos com as linhas de ouro com pedras preciosas
Um festival de luzes que brilham ao fundo ou nos lugares que permanecem abraçados, um Amor puro e sem as decadências que nos deparamos em nosso mundo.
Ah! Este Amor não desce a Terra, porque os homens não conseguem ainda sentir.
Somente alguns gestos parecem ser o Amor... Mas, equivocados caem em desenganos.
O Amor não aprisiona, não mata, não desrespeita.
É tão sublime que não temos a noção nem aqui nem dentro do coração
Adquirimos um ego e um egoísmo capaz de afrontar o próprio Amor
O nosso e dos que estão ao lado
Sendo abstrato este sentimento queremos estimular.
Que seja pela caridade, ou em um simples olhar...
Gestos pequenos que por aqui dizem que é amar...

quarta-feira, 3 de abril de 2019

A LUTA PELA LEMBRANÇA



Meus pensamentos se foram afastando de mim, porém chegado a uma senda acolhedora dos tumultuosos pesares presentes e me detenho, de olhos fechados, num aroma de distância que eu mesma fui conservando em minha pequena luta contra a vida.
Somente vivi o ontem. O agora tem a desnudez à espera do que deseja, pelo provisório que vai envelhecendo sem amor.
Ontem foi uma árvore de longas romarias, e à sombra estou deitada recordando.
Subitamente, contemplo, surpresa, longas caravanas de caminhantes que, chegados como eu a esta senda, com os olhos adormecidos na lembrança, cantam canções para si mesmo e recordam.
Algo me diz que mudaram para se deterem que falaram para se calarem, que abriram os olhos atônitos ante a festa das estrelas para os fecharem e recordar.
Deitada neste novo caminho com os ávidos olhos enflorados de distância, cuido em vão de deter o rio do tempo que tremula sobre minhas atitudes.
Mas, a água que logro recolher fica aprisionada nos ocultos reservatórios do meu coração, em que amanhã terão de submergir minhas cansadas mãos solitárias.





quinta-feira, 28 de março de 2019

AS CENAS QUE ENCENAS.


Moras nos meus desejos, figurante sem vestes.
As cenas que encenas no meu monólogo desdobro em vários atos.
As cortinas esvoaçam e não descem, pois não há plateia
Estamos tão a sós na penumbra do camarim
Recito palavras descentes e libertina
No palco do meu corpo, onde te abrigo nestes tempos
Sou atriz, meretriz e bailarina, a dançar nua
Enfeitiçando teus olhos que moram em mim
Neste monólogo a Lua se instala num canto
Brilhando nossos olhos por todas as cenas que encenas dentro de mim, sem fazer morada
Aos poucos as cortinas nãos mais voejam, teu vulto nu se despede
Deixando meu corpo trêmulo do cansaço de nossos afagos
Desdobrando em acordes para um novo ato.






sexta-feira, 15 de março de 2019

SUBLIMAÇÃO


O calor do teu amor
Olhares de sonhos-desejos

Sublimação...

Volitei pairando seminua
Nos recôncavos de nossos dias...
Fusão, transfusão de suores
Respingando no horizonte...
Solidificando nos grandes rochedos
Perpetuando um mero ensaio amoroso
Pairando entre as nuvens
Contemplando a magia de amar...

Sublimação...

Passamos do estado gasoso
Derramando o líquido dos beijos ardentes
Ao ponto de ebulição... 
Qual vulcão em erupção...
Subimos com os balões colorindo um céu anil
Retorno com roupagem juvenil...





sábado, 2 de março de 2019

NOSTALGIA


Vamos brindar em taças de cristal os reflexos dos teus olhos refletidos nos meus.
Extasiados de satisfação do mero sorriso-olhar que flutuam entre os desalinhados pensamentos que correm e querem se abraçar de uma forma sem igual.
Há um sentimento para tanto querer, em cada olhar que fala, esboça toda a sensualidade contida, vivida e sem medo de entregar-se novamente.
Nossos olhares se fixam em pontos cardeais, nos levando em direções que permitimos ir, sendo desviados pelos impulsos mais puros e ingênuos de amar.
São nos teus olhos que percebo a separação que nos distancia.
Os momentos emudecidos e refreados em alaridos de amargura.
São neles que queremos nos perder e nos achar sem os rótulos convencionados de ser iniquidade.
Há em cada expressão uma aurora suspensa com uma noite estrelada.
Debruçarei neste piano para tocar a nossa música, quão pano de fundo de todas as sinfonias orquestradas dos nossos prelúdios.
Sentindo em cada nota tocada, o vibrar de nossos corpos dançando o ritmo frenético das branduras que habitavam cada forma de ser nos atos contínuos que atuamos juntos no enveredar da paixão.
Sentirei que o teu olhar estará fixo aos meus e os meus nos teus, qual o dia em que nos vimos e nos tornamos coniventes.
Sem deixar cair no esquecimento o que sentimos, amamos na musicalidade de todas as emoções e o néctar desprendendo de nossos poros em desejos de quero mais...
Nostalgia de sonhos alados se perdendo na vastidão dos meus olhos que campeiam incessantemente os olhos teus...



sábado, 23 de fevereiro de 2019

O mar da vida III

Hoje no horizonte
Percebo com nitidez
A beleza de Deus
No infinito azul claro
Sombras rabiscando o céu
No entardecer de um dia
O tempo surge
Os dias não são iguais
A uma rota a seguir

Sair da terra que nasci
Não mais olhar o mar
Somente guiar a vida
Sem olhar o horizonte
Nem a beleza refletida
Desta terra querida
Que um dia eu deixei

É no mar da vida
Que o tempo surge, ressurge.
Navega por outros lugares
Daqueles que um dia
Nunca pensei viver
Neste mar da vida
Senti a brisa de longe
A saudade latente
De um passado
Que sobrevivi

O presente marulha
Feito o mar de minha terra
São ondas de frio e de calor
São dias que teimo em insistir
Que não há mar
Sem aquele que vivi
Que banhei os cabelos a sorrir
São apenas lembranças que ficaram
De um lugar que hoje se chama
SAUDADE...


sexta-feira, 11 de janeiro de 2019

VOEI ALÉM DE MIM


Criei asas de imaginação, transportei-me para o paraíso.
Ouvi tanto falar dele, resolvi visitá-lo.
Levei comigo uma águia, para guiar-me melhor ao topo mais alto do imaginário.
Com sua astucia deixe-me levar, coloquei meus pés em nuvens claras e densas. Pulava uma a uma, chegando num bosque florido e pássaros cantando.
Avistei ao longe, uma bela cachoeira e um arco-íris cobrindo com seus anéis multicoloridos.
Seus reflexos formavam um prisma, um portal de luz transportando-nos ao imaginário refletido.
Seus habitantes, com roupas claras e olhos brilhantes, recepcionavam os viajantes.
A águia e eu conversávamos sobre o céu, o infinito, amplidão, magnitude, espiritualidade.
Este infinito mágico que abriga suas espécies criadoras.
Com propósito de direcionar nosso imaginário além de nós.
Desta forma senti...
O que é voar além de mim.

sexta-feira, 4 de janeiro de 2019

UM FLOREJAR BALSÂMICO

Plantei meu corpo num campo florido
Brotei com gerânios, alfazemas...
O frescor da natureza miscigena a alma
Levantei com raízes profundas
Amanhecendo com o florejar balsâmico
Lá encontro a paz, harmonia em meus dias...
Vasto é o recolhimento no silêncio
Parte de mim nasce...
Refugia-se das turbulentas agitações cotidianas
Florescem pensamentos, atitudes, um bem estar indescritível.
Recarrego energias perdidas
Chuvisco de gotas caindo do céu
Lavam meu corpo por fora e por dentro
Limpeza de vestígios de momentos instintivos
Recolhimento interior de profundas aspirações
Poesias, poemas, contos...
Cantos e melodias escutadas na sinfonia da harpa
Magistral e celestial que acalenta
As noites enluaradas no sol que em mim aquece
Os olhos debruçam no sono profundo
Acordando com os pássaros em sinfonia
Neste amanhecer de mais um dia...






quarta-feira, 2 de janeiro de 2019

Jota Quest - Dias Melhores


ESPERANÇA...


No olhar do mundo
Esconde uma esperança
Em justiça
Em razão
Em liberdade
Contrária do comodismo humilhante
Do povo conformista
Caminhamos...
Indecisos sem solução
Sem muita esperança
É preciso sonhar...
O sonho não dispensa
Ninguém da ação
Tudo é fatalíssimo
Na verdade
O sonho é a preparação do traçado
A seguir depois.


terça-feira, 1 de janeiro de 2019

GRATIDÃO - "É reconhecer que a vida é um presente"


Ontem parei para relembrar, o quanto somos capazes de enfrentar as limitações, doenças que nos amedrontam, seguimos firmes e confiantes e tornamo-nos um gigante.


 Ah! O filme da vida abriu qual cortina de um palco, encenando em pequenos flashes momentos que vivi.

Aos poucos me vi menina no colo de meu pai, do sorriso meigo e do amor de minha mãe, da minha xereta e querida irmã, que cantava ao som de seu violão para curtimos as músicas da época e confidências só nossas.

Sei que o ciclo natural é nascer e morrer, mas quando as perdas são inesperadas e sem marcar os minutos e nem as horas, juntamos tudo que somos e seguimos com um coração apertado. Em nove meses nasce uma criança, e os meus neste lapso de tempo renasceram num jardim de açucenas...

 Dilacera o peito, e rasga a alma em pequenos fragmentos que parecem não mais colarem.

O tempo vai moldando, com a sabedoria de mostrar que quando se viaja... Mudam para outro lugar que na vastidão dos dias abrem luzes que iluminam e nos fortalece na fé e na gratidão.

Revivi momentos tão meus, o nascimento dos filhos, os primeiros passos, as primeiras palavras que anotei: borsboleta (borboleta), longriça (linguiça), manica (máquina), chavedura (fechadura), lindos e amados, um orgulho que tenho de hoje tê-los adultos. Passamos por tantos percalços que faz parte deste contexto vivido. A alegria de ser avó.
Ver que o tempo vai passando, as mudanças interiores acontecendo, na percepção que não devemos nos abater e sim levar cada fase boa ou ruim.

De preferência na bagagem interior, num compartimento que nos deixe olhar e sentir que seguir e não olhar para trás é sempre a forma mais forte de correr na direção dos sonhos, da vida, das belezas que a natureza nos deixa para curtir, das oportunidades que nos chega sem pedir e acima de tudo por ter fé inabalável em Deus. Sustentáculo que enxugam as lágrimas, renovando-me nas orações que faço.

Aprender que o corpo muda com o passar dos tempos, que já tive meus 20, 30, 40 e hoje estou na casa dos 56 anos. Aceitando as modificações que a natureza transforma, por ser assim o natural e sempre imaginei que a Lua é a privilegiada que permanece firme com a gravidade.

A beleza de cada qual, reluz com o brilho que se pode passar e nas gentilezas retribuídas, mesmo quando do outro lado à aspereza habita.

Gratidão de ter amigos que fortalecem os laços que foram unidos desde criança, e também aos que chegaram dizendo que não há tempo de sermos amigos.

Grata por tudo é assim que estou subindo os primeiros degraus sem pressa de chegar ao topo, por que a marcha é lenta e a modificação interior não se dá de um dia para o outro.

Grata por ter aprendido e ainda aprendendo que tudo tem seu curso, uma margem, um lado fundo e um lado raso.

E que podemos aprender sempre, por que a vida é uma Escola sem formaturas...