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Quem sou eu

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Sou a simplicidade casada com a verdadeira essência de um ser. Venho de uma família onde todos trazem e trouxeram em suas bagagens um código espiritual único e capaz de transformar palavras em frases complexas e simples, que ampliam horizontes e rompem barreiras. Sou filha do vento, da água, da terra e do fogo. Tenho minhas fases e mudo conforme a Lua. Sou a busca do exato, na medida disforme das coisas que vejo, e minha mente transcreve. Hoje criando este blog, mostrarei o que em gavetas escondia. Beleza, sinceridade, sede de transcrever o que minha alma sente ao se deparar com uma folha e um lápis, pois é desta forma que escrevo. Na simplicidade de um canto qualquer, mas com essência pura dos sensíveis.

quarta-feira, 13 de dezembro de 2023

REPTOS


Divaguei na beleza ao ver o sol ouro envelhecido, espalhar-se no entardecer entre as águas cristalinas espiando por detrás das montanhas.
A imensidão no olhar de gratidão aquietou a minha mente e meu corpo na leveza dos passos dados.
A brisa bailava entre minha respiração na contemplação de dias que findam permanecendo suas marcas registradas, num infinito observando o sol cobrindo o verde feito uma colcha bordada com linhas douradas reluzindo no céu.
Perceptível o descuido no meio de tanta beleza e encantamentos que foi projetado por um Arquiteto do Universo, nos concedendo apreciar com mais carinho suas construções por todos os lugares.
 Adornou a natureza com tintas avivadas mescladas e seus contrastes, assim, é inteligível sentir sua Presença em cada olhar atento para a Mãe Natureza que poucos dão o devido respeito.
A Mãe sentindo o desrespeito, sendo maltrata em busca de proteger todos os seres vivos que habitam nosso Planeta, mas acima de tudo a coragem e as vezes sua fúria em poder segurar firme tanto descaso e ao mesmo tempo, não se dão conta que com Ela, não se deve brincar.
 Ás vezes não está com vontade de rir com a insensatez dos homens, solta seus gritos de dor nas inúmeras tragédias varrendo as mazelas da humanidade, por dias de respeito a sua natureza plena a ser contemplada em cada canto que se instala.



terça-feira, 12 de dezembro de 2023

CONTAS AZUIS



Duas contas
Tão azuis
Brilhantes
Reluz
Seduz
Propícia
Desejos
Encanta
São duas contas
Tão azuis
Refletindo
Amor
Conquista
Loucura
Há estas contas
Tão azuis
São teus olhos
Fascinados
Amando
Querendo
Meu corpo
Contas o que queres
Através destas contas
Tão azuis

quarta-feira, 29 de novembro de 2023

SINCRONIA


Debruçou nas alças de minhas vestes
Um pássaro de asas abertas
Levando-me por voos de liberdade
Sincronia de corpos dançarinos
Soltos e leves, dançando nas pontas dos pés
Ensaiando em grande estilo
Entre a palha e os gravetos
Acasalando em ritmos compassados
O amor pulsando em um ninho
Florescia a relva...
A chuva batizava o dia
Terra molhada do suor de carinhos
Corpos entrelaçados
Dançando o ritmo dos passarinhos...




quinta-feira, 23 de novembro de 2023

ESCONDERIJO TEMPORÁRIO

No vão dos caminhos
Seguimos atalhos
Retrocedendo os medos
Vigiando passos
Serelepe de desejos
Arremedos

Esconderijo temporário
Calmaria das noites
Dias ensolarados
Deslumbrante é o Amor
Acariciando a pele
Chamas de calor

Esconderijo temporário
Sossego
No teu aconchego
Contemplo o momento
Mãos dançando
Bailando no meu corpo
Sutis toques
Trêmulas pernas inquietantes
Aquecendo-me por inteiro

Extraordinário
Esconderijo imaginário

terça-feira, 14 de novembro de 2023

IRISAR


Tornei-me um arco-íris depois da chuva fina que no horizonte despontava.
Irisar foi o momento que comecei aparecendo com as cores luminosas e brilhantes que em um arco, as gotículas caiam sem penetrar no grande mistério do arco-íris.
Os pássaros bailavam, dançando com as cores que eram vistas e colorindo suas plumagens.
O bailar das cores, encantou a própria natureza.
Irisar os vales, montanhas, rios, mares, é um espetáculo de matizes naturais que são próprias dos seres interiorizados com seu Eu e com o Universo.
Irisar a vida é dar sentido a cada momento em cor diferenciada, plantando cores
Colhendo luz nos momentos que meditava.

Depressão, depressa, devagar, calma...


Há monstros criando asas na imaginação dos que sofrem com a depressão.
Depressa eles começam a correr pelos corredores, instalando-se em paredes mofadas atormentadas pelas correntes que carregam.
Devagar vão surgindo, o peso da cabeça pesa mais que o próprio corpo.
Desequilibrando os pensamentos, falta de sossego, agonia, outras formas de desespero calado e sofrido.
As noites são intermináveis, o dia sem graça e vazio.
O ambiente repleto de pessoas, mas a vida não sorri, não agita, nem anima... 
Sente falta não sei do que, o dia amanhece chato e sem graça.
São dias, meses e até anos lutando contra si, carregando pensamentos que frustraram suas perspectivas de vida, sonhos, amores, vidas que se foram.
As lembranças debruçam em sua janela interior fechando com cadeado onde a chave mal sabe onde as colocou. E vai seguindo por labirintos com ajuda, sem ajuda, medicamentos, ou simplesmente a deriva da própria sorte, para um dia quem sabe acordar e sentir a calmaria.
Calma, acalma a tua vida. 
Coloca as engrenagens para funcionar, devagar sem pressa, mas coloque-as.
São em pequenos passos que aprendemos a nos equilibrar, a sentir que somos únicos no Universo. Somos feixes que podem iluminar como apagar com qualquer forma de vida que escolhemos. Que sejamos luzes em noites escuras, iluminemos as passarelas das vidas que precisam de nós. 
Durante o dia, que esta luz também sobressaia. 
Surgindo do Farol dos sentimentos mais puros que carregamos. 
Na calmaria dos dias, as tormentas do passado, não há mais morada.
Edifica a tua vida no despertar do teu EU. 
Neste habitar teu momento acontece, a vida floresce, e o que achavas que iria terminar, retorna com força e luz, paz e harmonia, fé e oração, porque depressa ou devagar tudo volta a ter calma.
 Neste compasso, descompassado entre o teu passo e o passado que findou num tempo que não existe mais...

sexta-feira, 10 de novembro de 2023

TUA PRESENÇA


Tua presença me acalma, fazendo dos teus olhos meu espelho.
Minha eterna crença, quando suspiras - harpa maviosa .
Sinto-me relva transformada em rosa.
Tua presença, são meus sonhos refletindo luares.
Tua presença me aproxima demais da felicidade
Porque a minha inspiração
Todos os anseios e desejos
Vem da tua presença...

quinta-feira, 5 de outubro de 2023

O AVESSO DO MEU INTERIOR...


Há espaços no coração que sufoca a alma.

Aperta qual limão espremido para um suco

São alhures de coisas guardadas e rememoradas

Um baú de inutilidades guardadas

Com a única finalidade

Trazer um aperto de nó de gravata

No soluço que não vem, na palavra que sufoca

Na garganta que aperta

No sossego, desassossegado

Na distância, não distanciada

No olhar vago e ao mesmo tempo sereno

Não serena, nem fulgura

São os espaços que são preenchidos de nada ou tudo...

Complementaridade que somos um ser inacabado

Rascunhamos um esboço de nós mesmo

Projetando no outro nossos espaços d’alma

Não haverá ninguém que o acalente

Será nossos braços de acolhimento interior

Trazendo de volta ao conforto do ventre, sem ter mãe...

É um romper do ontem com a vivência do hoje

Para quem sabe, acolá...

Novos espaços transmutem, sem apertar tanto a alma...

Trazendo uma paz interior indecifrável no nosso ir...

Nos caminhos que andarilhemos no por vir...


Vander Lee - Onde Deus possa me ouvir


terça-feira, 3 de outubro de 2023

ESPELHO D’ALMA




Nos olhos refletem os sorrisos
Sem movimentos de lábios
Beijos apaixonados
Ausência do amado...
Saudades em noites frias
Lugares distantes diluídos no vento
Nos olhos refletem os adeuses
Mãos que um dia acenou
Desejou, serenou...
Paralisou diante de um instante
Sem retorno, morno.
Nos olhos refletem o espelho d’alma
Olhares que fitam num horizonte
Na luz do luar, do mar, e da pretensão 
de amar...













terça-feira, 19 de setembro de 2023

Ana Moura - Tens os olhos de Deus / Poesia plena, interpretada nesta bela canção dando leveza na alma.

(Letra e Música de Pedro Abrunhosa)

Tens os olhos de Deus
E os teus lábios nos meus
São duas pétalas vivas.
E os abraços que dás,
São rasgos de luz e de paz
Num céu de asas feridas,
E eu preciso de mais,
Preciso de mais.

Dos teus olhos de Deus,
Num perpétuo adeus 
Azuis de sol e de lágrimas,
Dizes: ‘Fica comigo
És o meu porto de abrigo,
E a despedida uma lâmina!’.
Já não preciso de mais,
Não preciso de mais.

Embarca em mim,
Que o tempo é curto
Lá vem a noite
Faz-te mais perto.
Amarra assim 
O vento ao corpo,
Embarca em mim
Que o tempo é curto.
Embarca em mim.

Tens os olhos de Deus,
E cada qual com os seus
Vê a lonjura que quer,
E quando me tocas por dentro
De ti recolho o alento
Que cada beijo trouxer.
E eu preciso de mais,
Preciso de mais.

Nos teus olhos de Deus
Habitam astros e céus,
Foguetes rosa e carmim,
Rodas na festa da aldeia
Palpitam sinos na veia
Cantam ao longe que ‘sim!’.
Não preciso de mais,
Não preciso de mais.

Embarca em mim,
Que o tempo é curto
Lá vem a noite
Faz-te mais perto.
Amarra assim 
O vento ao corpo,
Embarca em mim
Que o tempo é curto.


VARAL ESTENDIDO




Lençóis estendidos, debelados de apontamentos.
Somam um bocado de biografias estendidas
Colorindo os dias no balanço do vento
Presos no varal estendido...
Cravejados de perfumes, percepção de júbilo.
Marcas deixadas no encantamento dos dias
O sol contempla na sombra dos reflexos preenchidos
Esvoaçando em breves movimentos
Um passado interligado ao presente, junção ao futuro...
Peças contemplativas no espaço escolhido
Esperas de momentos vindouros que não findou
Saudades latejantes de um coração - amor
Estendidas no varal colorindo o mundo ao redor
Sem vendavais, aguaceiro ou torós.
Somente unindo os lençóis – recordação
Sentidos e vividos na choupana da emoção...



terça-feira, 5 de setembro de 2023

VENTO DA EMOÇÃO

Escutou o sussurro em teus ouvidos?

É o vento...

Soprando a nossa música com notas vibrantes

Dos olhos que fitam por um bom tempo

Um ao outro de adivinhar segredos

Encrustados nas entranhas que o coração

Advinda no pulsar descompassado pelo toque

Emoção...

 

Olhasse o mar, qual nossas lágrimas salgadas?

Lembram nossas despedidas nas alvoradas e entardecer

Um canto triste que embeleza teu semblante

Visto na penumbra do quarto e na cortina a esvoaçar

Vento soprando com a brisa leve

Descalços nos relentos de mãos dadas

Qual sinfonia cantarolada para as estrelas

Cortejando a Lua prateada e o Sol dourado

Despindo-se nas colinas ao anoitecer...

 

Sentisse o meu amor na imensidão?

É o arco-íris vestindo cores alegres para te cobrir

Levar para passear com os nômades do Universo

Bailando entre as nuvens e seus desenhos

Dormisse no meu colo depois do êxtase

Nosso brinde na taça da vida

Transbordando na euforia de cada olhar...

Refazendo os dias e as noites com nosso amor...

Na ânsia louca de amar...

Fazendo morada em nós, sem pudor...

sexta-feira, 1 de setembro de 2023

METAMORFOSE


No mundo dúbio
Do corpo insano, a metamorfose acontece.
A miscigenação dos sentidos
Na hora fatal cria
Um estado profano.
A mente divaga
O corpo se acalma
A mente se apaga
Transformando-se pouco a pouco
Num ser desvairado e louco.
Onde o sol brilha a noite
Nas manhãs de primavera
O luar floresce.
Na metamorfose do sonho
A vida fenece
A noite entristece
O corpo padece
Na alcova emudece.

segunda-feira, 21 de agosto de 2023

PAUTA DA VIDA


Não é difícil chegar quando se sabe aonde ir.
Não é fácil compor quando se conhece as linhas limites das notas na pauta da vida.
Aqui neste lar temporário a beira do mar.
Eu só quero...
Beber a mensagem, reerguer a imagem, coragem da vida, nesta viagem de paz, de parada e recolhimento.
Aqui (vez por outra) eu venho para um vasto mergulho interior (é verdade) acaba irritando
O silêncio comprido...
O ócio alongado...
A galopante soltura das horas.
Aqui estou num presente gostoso
Sem passado perdido...
Sem ninguém ser vencido

Sem momento esquecido a lamentar.



sexta-feira, 11 de agosto de 2023

DEUSES QUE DANÇAM...


Afirmo que os Deuses dançam...

Bailam nas águas dos rios, cachoeiras e mares...

Dançam na sinfonia dos ventos e tempestades, descalços, trazendo seus adereços nos passos bem marcados e os compassos das palmas ou atabaques.

Deuses que dançam, espargem energias salutares, veem de outros lugares ou de Aruanda um paraíso espiritual de Luz, Amor e Fraternidade.

Deuses que dançam, lançam suas armas de luz sobre as trevas humanas. Carregando consigo, as dores e os males humanos quando convocados e respeitados no recinto.
Na dança dos Deuses, tem que haver respeito, retidão, benevolência com a finalidade de Amor e Paz erguida na flâmula de Oxalá.

Há os Deuses que dançam com arcos e flechas, espelhos a refletir o Ouro, espadas de guerreiros desbravadores, negros e seus rosários de contas, dos açoites de chicotes transformaram suas dores em oração bendita de cura.

Deuses que dançam chegam em caravanas de ciganos, cheios de alegria e afeto, são apaixonados, hílares e festivos ocasionando ao ambiente a energia do Oriente.

Há homens que imaginam que os Deuses não dançam, tentam ocultar suas danças por desrespeitar suas crenças, existe altares em tantos outros lugares, mas insistem em aludir que os Deuses não dançam e Deus não permitiria tanta blasfêmia ao permitir um Ogã vibrar seu atabaque para que todos dancem, preferível o ataque.

Os Deuses dançam, saem pelo Universo e chegam com toda a força que está encrustada na natureza. São da água, do vento, da terra e do mar. Habitam lugares invisíveis com um espetáculo turvo a visão humana, quem dera observar o vai vem de centenas a dançar formando uma luz intensa na proteção divina em cada dia da semana. Deuses que dançam, são luzes saltitantes em outras formas de sentir, são pontos que nos protegem e conduzem um bem-estar ao emanar seus encantos celestiais. Deuses que dançam, benzem seus filhos na proteção de Jesus e Oxalá.

A verdadeira religião, é quando o Amor anda nu.

Cada qual, procura o seu sentir sua fé onde bem achar, se o seu espírito está em paz, não permita que o outro tire sua fé com opiniões diversas. Eu nasci em uma família de católicos e desde os meus 15 anos sou espírita Kardecista, mas já fui umbandista e batizada com muito orgulho, pois sempre fiz e faço a caridade.

Deste modo, vamos aprender a respeitar cada crença, seja ela católica, umbandista, evangélicos, espíritas, espiritualistas, ateus, budista entre outras.

Sem Fé o Homem não para de Pé. 

Seja ela qual for, o importante é a conexão divina não a discussão de qual a religião é melhor. Não há. O importante é beber a sua essência e não brigar pela garrafa.





sexta-feira, 4 de agosto de 2023

SINGELOS GESTOS

Em passos largos
Andavam os andarilhos
Por caminhos escuros
Dispersos e sem tempo
Desnudos de sentimentos
Aflitos pela solidão
Pegam outros rumos
Na quebrada da escuridão
Surgem singelos gestos
Gestos de carinho
Transbordando o Amor Fraternal
Conduzindo a um abrigo seco
Luz tênue oração que acalma
Lágrimas brotam aos prantos
Amparados por corações em fé
Transportam ao socorro divinal
Mostrando que através dos singelos gestos
Os gemidos aflitivos tornam-se amenos
Confiantes de uma visão clara
Sem borrão...


segunda-feira, 31 de julho de 2023

ILUSÃO DE ÓPTICA



Um desejo invade meu olhar
Olhar sem maldade
Aprecia somente tua beleza
Olha nos teus olhos
Feito hipnose

Passa de longe um navio
No horizonte a navegar
Leva-me contigo
A busca deste olhar
Quero nele me perder
Sem saber no que vai dar

Deixe-me ao menos olhar
Nos teus olhos
Feito contas de colar
Entrelaças
No meu corpo
Serei tua
Vêm - me amar

sexta-feira, 28 de julho de 2023

POEIRA MENSAGEIRA

Costume antigo de tirar o pó.
Poeira nas coisas concretas e abstratas.
Excesso aglomerado de poeiras que muitas vezes deixamos de limpar.
Poeira mensageira, que devagar empoeira o que pode assentar.
Quanto amores empoeirados, precisando todos os dias ser espanados.
Quanta beleza que vemos e num piscar de olhos, tornam-se pó. Terra que consome o ser e transforma a matéria, misturando com os elementos naturais.
Há tanto pó, em mentes vazias, corações ocos, vidas sem sentido, amores não vividos, rostos pálidos, ventania, correria, cadeira e na canseira.

Há tanto pó.

Tornaram-se poeiras mensageiras, aquelas que escondem verdades, fogem da realidade, da extremidade, não tem finalidade o ato de vivenciar a sua potencialidade, deixando a poeira mensageira, perder seu prazo de validade.

segunda-feira, 24 de julho de 2023

RECEIOS


Senti o teu silêncio. 
São os caminhos que não se cruzam
Nem de mãos, contramão...
Nem nos olhos, sujeição...
Desapareceram as palavras, desconexão...
Pequenos intervalos e o sentimento estão no presente-ausente
Espaços vão tomando conta, instalando-se no decorrer deste cotidiano.
Ambicionar não me traz felicidade, inquieta queria buscar as conversas que não mais nos resta.
Percepção de algo conquistado, saboreado escorrendo pelos confins...
Premissa de um afastamento normal do encontro planejado e configurado
Pretensão não dá lugar ao querer... Esvai em delírios...
Sentada observo a Lua revolvendo os pensamentos
Refletindo um prateado em meus segredos
No peito adormecido e perdido...
Pressenti meus receios e arremedos

sexta-feira, 14 de julho de 2023

GIRA(SOL)


 

Viajo solta entre os pensamentos

Deleito nos anseios que caem em pequenas gotinhas do mar, entre o Sol a nascer e teu olhar.

Mergulho nas ondas a quedar na praia, ressurgindo com a brisa soprando de leve meu corpo nudez.

Navego nas brumas num torpor de delírios com os arremessos dos teus beijos.

Dispersos com o vento na minha direção

Atravessando o oceano

Acenando e beijando meus lábios

Na ternura de um dia de Sol...

Gira(sol)

 

segunda-feira, 10 de julho de 2023

LUZ DO ABAJUR


Luz do abajur num espaço perfumado

Na parede reflete a silhueta

No espelho a camisola de seda preta, perfume francês, olhares penetrantes.

Um gole de leve nos suores que escorriam do seu corpo 

Os sentidos alertas e febris na ânsia de cada toque, no envolto de sedas, perfumes, camisola, suor e todos os sentidos.

Da visão emerge um homem da imensidão

O olfato percebe o frescor da brisa leve que entra pelas janelas

O paladar degusta cada seiva do corpo suado

A audição escuta murmúrios vindos de dentro qual o mar quando debruça sobre as ondas o tato percorria em velozes movimentos deixando as sedas espalhadas, a camisola num canto, o perfume exalando pelos corredores e todos os sentidos

Bailando em festa no compasso de uma dança de corpos colados, encaixados.

No êxtase de todas as horas e minutos surgindo um sossego, acalento, doçura.

Os encantos daquele homem somem

Por que todos os meus sentidos adormeceram

Para sonhar além do que escrevo...

terça-feira, 20 de junho de 2023

IDOSOS E VELHOS - REFLEXÃO



"Você se considera uma pessoa idosa, ou velha?
 Acha que é a mesma coisa?
Pois então ouça o depoimento de um idoso de setenta anos:
Idosa é uma pessoa que tem muita idade. Velha é a pessoa que deixou de ser jovem.
A idade causa perda das células. A velhice causa a perda do espírito.
Por isso nem todo idoso é velho e há velho que ainda nem chegou a ser idoso.
Você é idoso quando sonha. É velho quando apenas dorme.
Você é idoso quando ainda aprende. É velho quando já nem ensina.
Você é idoso quando, de alguma forma se exercita. É velho quando apenas descansa.
Você é idoso quando ainda sente amor.
É velho quando só tem ciúmes e sentimento de posse.
Você é idoso quando o dia de hoje é o primeiro do resto de sua vida.
É velho quando todos os dias parecem o último da longa jornada.
Você é idoso quando seu calendário tem amanhãs.
É velho quando seu calendário só tem ontem.
O idoso é aquela pessoa que tem tido a felicidade de viver uma longa vida produtiva, de ter adquirido uma grande experiência. Ele é uma ponte entre o passado e o presente, como o jovem é uma ponte entre o presente e o futuro. E é no presente que os dois se encontram.
Velho é aquele que tem carregado o peso dos anos. Em vez de transmitir experiência às gerações vindouras, transmite pessimismo e desilusão. Para ele, não existe ponte entre o passado e o presente, existe um fosso que o separa do presente pelo apego ao passado.
O idoso se renova a cada dia que começa; o velho se acaba a cada noite que termina.
O idoso tem seus olhos postos no horizonte de onde o sol desponta e a esperança ressurge. O velho tem sua visão voltada para os tempos que passaram.
O idoso tem planos. O velho tem saudades.
O idoso curte o que resta da vida. O velho sofre o que o aproxima da morte.
O idoso se moderniza, dialoga com a juventude, procura compreender os novos tempos. O velho se emperra no seu tempo, se fecha em sua ostra e recusa a modernidade.
O idoso leva uma vida ativa, plena de projetos e de esperanças. Para ele o tempo passa rápido, mas a velhice nunca chega.
O velho cochila no vazio de sua vida e suas horas se arrastam sem sentido. As rugas do idoso são bonitas porque foram marcadas pelo sorriso. As rugas do velho são feias porque foram vincadas pela amargura. Em resumo, idoso e velho, são duas pessoas que até podem ter a mesma idade no cartório, mas têm idade bem diferente no coração.

Se você é idoso, guarde a esperança de nunca ficar velho."

quinta-feira, 8 de junho de 2023

DENTRO DE MIM



Foi dentro de mim

Que calastes a saudade
Fizestes moradas
Em plena harmonia
Tanto de noite
Quanto de dia
Dentro de mim
Guardo o suor
Transpiração
Lembranças
Nossos corpos
Beijos delirantes
Céu radiante
Sol escaldante
Luz de abajur

Saístes de mim
Deixando-me a deriva
Nas pontas dos pés sumiu
Feito sonâmbulo
Em busca de outro sonho
Minha vida virou
Um mar revolto
Tempestade contínua
Sob cores acinzentadas

Entrei dentro de mim
Encontrei o equilíbrio
A bonança
Aurora de luzes
Matizes luminosos
Abriram meu corpo
Instalou-se feito criança
No ventre aconchegou-se
Embalando-me nos dias
Adormecendo em noites vazias

Por que
Dentro de mim
Existe só uma morada
O meu Eu
Rolando astros
Colidindo em meteoros
Surgindo estrelas
Neste céu de sonhos
Caminhos inacabados
Formando atalhos
Dentro de mim

terça-feira, 6 de junho de 2023

Vestido de luz


Hoje olhei meu guarda roupa, peguei meu vestido de luz e sai. O dia nublado foi aos poucos diluindo e foi brincar nas águas do mar. Os raios solares , traz outros ares , clareia os lugares , convidando-nos à brindar. Pés descalços, luz no corpo, olhos brilhantes , sorriso radiante. Pelo chão caminhando, com os pássaros a cantar. Contínuas passadas na extensão do dia , e ao chegar a noite , terei  meu amor para descansar. Olharei no brilho de seus olhos e um beijo ardente , é o prelúdio para amar.

terça-feira, 30 de maio de 2023

Um retrato... Um encanto...


No recanto de um canto
Nos lugares entre tantos
Parecemos humanos...
Um retrato...
Um encanto...
Somos à vida pulsando nos olhos...
Emoções desabrochando nos mares
Subindo ladeiras, descendo cachoeiras.
Conjecturando o horizonte.
O abraço faz de cada entardecer um dia mais luminoso
Nas manhãs...
Perfuma nossos lençóis qual alfazema nos campos
Aconchego de mãos que tateiam um ao outro
Letárgicos na imensidão
Musicalidade em dois corações
Anelando nossas ilusões...