São eles que tecem a fina palidez
Do tempo que se foi e não retorna
Seus fantasmas forjam a nudez
Da alma que o passado sempre doma
Somos frágeis sob o sopro que congela
O medo ancestral, a antiga dor
Qualquer receio lhes serve de capela
Para manter aceso o seu fulgor
Não há muralha que os possa deter
Pois habitam o tremor de cada veia
E a vida falha, sem saber viver
Enquanto a sombra do que foi nos freia.
