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Quem sou eu

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Sou a simplicidade casada com a verdadeira essência de um ser. Venho de uma família onde todos trazem e trouxeram em suas bagagens um código espiritual único e capaz de transformar palavras em frases complexas e simples, que ampliam horizontes e rompem barreiras. Sou filha do vento, da água, da terra e do fogo. Tenho minhas fases e mudo conforme a Lua. Sou a busca do exato, na medida disforme das coisas que vejo, e minha mente transcreve. Hoje criando este blog, mostrarei o que em gavetas escondia. Beleza, sinceridade, sede de transcrever o que minha alma sente ao se deparar com uma folha e um lápis, pois é desta forma que escrevo. Na simplicidade de um canto qualquer, mas com essência pura dos sensíveis.

sábado, 22 de setembro de 2018

PARTIREI...


























Dos momentos relâmpagos, da fúria dos sentimentos amordaçados.
Arremessados ao vento, qual sopro de vida
Partirei...
Para saltitar entre as estrelas
Eleger a mais brilhante, debruçada a te olhar...
Pendurar-me nos fios condutores
Interligação do nosso benquerer
Partirei...
Valsando, sobre os círculos de Saturno
Brincar freneticamente, por todo Cruzeiro
Na direção do Sol, que aquecerá o frio de minha alma
Por estar distante dos teus olhos
Partirei...
Das estações sem apito e sem trem
Dividida, em mil pedaços
Prendendo os cacos, dispersos
Nos trilhos trincados desta partida
Partirei...
Num colapso estrelar
Ermitoa, no silêncio da meditação
Na busca incessante. Arrebatador.
Partirei...
Acolhendo no meu coração
Feito águia nas alturas
Que do alto te procura
Pressentindo
Teu espelho reflexo
Projetado na minha retina

Assim, partirei...

quarta-feira, 19 de setembro de 2018

DESPINDO A ALMA




Aos poucos vou despindo a alma
Libertando-a das aflições
Cai o véu das lembranças
Flutuam momentos íntimos
Delicadas mãos que afagaram
Despindo e vestindo-se de Amor
Desnuda envolta entre o laço carnal
Dispensa os aplausos de seu monólogo
Despindo a alma de rancores
Sai à procura de outros valores
Sabores que degustam em delírios
Latejam na carne a nudez de seu avesso
Contorcendo em reviravoltas, de voltas...
Prisioneira na túnica humana
Retornando do striptease dos anseios
Aconchega no corpo casario
Na sutil leveza de um sono profundo
Liberta e presa pelos condões do Universo...

INTENSA ENTREGA




Tire meu chão
Escolha uma boa canção
Deixe a luz tênue
Janelas abertas
Escutamos o marulhar
Percorre meu rios
Tresloucados amantes
Imergem fundo, um no outro...
Respiração ofegante
Pulsação delirante
Noites quentes, arrepios...
São teus olhos nos meus
Minha boca colada na tua
Corpos que abrasam...
Sem ser brasa...
Na intensa entrega
Deixar de ser UM
Para sermos, NÓS




domingo, 16 de setembro de 2018

leonard cohen dance me to the end of love


FLUTUANDO NO INFINITO...


























Na tua vida o que mais me encanta
Que sou teu porto seguro
Surgem as tempestades...
Revoltos entre os mares e ventanias
Procuras meu corpo num abrigo sem abandono
Náufrago de noites perdidas, vens e acarinha.
Promete nosso amor ao delírio da Lua
Vigia e brilha refletindo nosso amor
Agasalhas-me como quem pega uma criança
Embalando seus sonhos em melodias
Envoltos nos lençóis de um barco a deriva
Tempo, flutuando no infinito...
Perdição de todos os pudores e amores
Somos habitantes de nós mesmos, numa roupagem de pele nua.
Misturamos os sabores em goles de euforia
Bocas que se encontram, surfando nas línguas soltas.
Saciando o velejador na expedição de aventuras
Trocando os lençóis para um novo dia...

sábado, 8 de setembro de 2018

EVOLUÇÃO



A paisagem vestida de sol com nuvens que adornam em pequenos flocos a pairar com a brisa que sopra de leve.
Percebo as cores tingidas com diversos matizes pinceladas pelo Universo.
Detalhes tão perfeitos, exatos que não há o que ter dúvida de tal perfeição e do seu Arquiteto.
Conseguiu colocar em cada lugar um ponto de interesse ao ser humano.
Fez o mar, as matas, os campos, as montanhas, os rios, cachoeiras, calor, vento, neve, frio...
Criou as estações para que o ano não se tornasse monótono.
Sabendo que não iria agradar a todos, fez de cada estação um ponto de equilíbrio entre o homem e a natureza.
Somos um pouco de cada estação, com suas paisagens e seus contrastes.
Para podermos sair desta monotonia e não deixarmos findar num monologo.
Somos peças de teatro neste contexto de atos, figurantes diversos para podermos recriar a nós mesmos.
Assim sendo, formaremos os laços e as lições que sempre estamos aprendendo e reciclando.
Para que a nossa natureza permaneça com cores avivadas, usando as primárias e secundárias.
Deixando a tela da vida com a esperança que a natureza há transformações e que no homem não seria diferente.

Evolução.

sábado, 1 de setembro de 2018

PRISIONEIRA


























Vesti minha túnica humana
Fiquei prisioneira
Do mundo feito de enganos
Onde canto e me exalto
Tu que nunca reparas
Nem sabes que sou alma rara

Sei que me medes
Pesas-me
Observas-me
Destilas
Revolto-me
Fujo e entristeço.

Crio asas
Voo no silêncio
Como a abelha
De flor em flor,

Fabricando mel sem colmeia...

Nasci livre, como o vento.
Eu quero
Apesar da minha idade
Que este amor sufocado
Ainda se expanda.

Dentro da minha ternura,
Nestes instantes
De beleza calma
Presa neste amor confuso
Meu ser se transfigura.

Por que sinto
Que o amor é luz
A mais alta
Manifestação do Ser.


Camerata Florianópolis Especial Beatles - Yesterday






NÃO ME PERDI DE TUDO


Não me perdi de tudo
Restava em mim no murmúrio
Na prece, como se fosses
O murmúrio e a prece

Só me perdi de tudo
Porque artificialmente
Encontrei-me
Nos braços do sonho
Não havia caminho
Mais fácil de percorrer
Que o teu segredo