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Quem sou eu

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Sou a simplicidade casada com a verdadeira essência de um ser. Venho de uma família onde todos trazem e trouxeram em suas bagagens um código espiritual único e capaz de transformar palavras em frases complexas e simples, que ampliam horizontes e rompem barreiras. Sou filha do vento, da água, da terra e do fogo. Tenho minhas fases e mudo conforme a Lua. Sou a busca do exato, na medida disforme das coisas que vejo, e minha mente transcreve. Hoje criando este blog, mostrarei o que em gavetas escondia. Beleza, sinceridade, sede de transcrever o que minha alma sente ao se deparar com uma folha e um lápis, pois é desta forma que escrevo. Na simplicidade de um canto qualquer, mas com essência pura dos sensíveis.

terça-feira, 19 de setembro de 2023

Ana Moura - Tens os olhos de Deus / Poesia plena, interpretada nesta bela canção dando leveza na alma.

(Letra e Música de Pedro Abrunhosa)

Tens os olhos de Deus
E os teus lábios nos meus
São duas pétalas vivas.
E os abraços que dás,
São rasgos de luz e de paz
Num céu de asas feridas,
E eu preciso de mais,
Preciso de mais.

Dos teus olhos de Deus,
Num perpétuo adeus 
Azuis de sol e de lágrimas,
Dizes: ‘Fica comigo
És o meu porto de abrigo,
E a despedida uma lâmina!’.
Já não preciso de mais,
Não preciso de mais.

Embarca em mim,
Que o tempo é curto
Lá vem a noite
Faz-te mais perto.
Amarra assim 
O vento ao corpo,
Embarca em mim
Que o tempo é curto.
Embarca em mim.

Tens os olhos de Deus,
E cada qual com os seus
Vê a lonjura que quer,
E quando me tocas por dentro
De ti recolho o alento
Que cada beijo trouxer.
E eu preciso de mais,
Preciso de mais.

Nos teus olhos de Deus
Habitam astros e céus,
Foguetes rosa e carmim,
Rodas na festa da aldeia
Palpitam sinos na veia
Cantam ao longe que ‘sim!’.
Não preciso de mais,
Não preciso de mais.

Embarca em mim,
Que o tempo é curto
Lá vem a noite
Faz-te mais perto.
Amarra assim 
O vento ao corpo,
Embarca em mim
Que o tempo é curto.


VARAL ESTENDIDO




Lençóis estendidos, debelados de apontamentos.
Somam um bocado de biografias estendidas
Colorindo os dias no balanço do vento
Presos no varal estendido...
Cravejados de perfumes, percepção de júbilo.
Marcas deixadas no encantamento dos dias
O sol contempla na sombra dos reflexos preenchidos
Esvoaçando em breves movimentos
Um passado interligado ao presente, junção ao futuro...
Peças contemplativas no espaço escolhido
Esperas de momentos vindouros que não findou
Saudades latejantes de um coração - amor
Estendidas no varal colorindo o mundo ao redor
Sem vendavais, aguaceiro ou torós.
Somente unindo os lençóis – recordação
Sentidos e vividos na choupana da emoção...



terça-feira, 5 de setembro de 2023

VENTO DA EMOÇÃO

Escutou o sussurro em teus ouvidos?

É o vento...

Soprando a nossa música com notas vibrantes

Dos olhos que fitam por um bom tempo

Um ao outro de adivinhar segredos

Encrustados nas entranhas que o coração

Advinda no pulsar descompassado pelo toque

Emoção...

 

Olhasse o mar, qual nossas lágrimas salgadas?

Lembram nossas despedidas nas alvoradas e entardecer

Um canto triste que embeleza teu semblante

Visto na penumbra do quarto e na cortina a esvoaçar

Vento soprando com a brisa leve

Descalços nos relentos de mãos dadas

Qual sinfonia cantarolada para as estrelas

Cortejando a Lua prateada e o Sol dourado

Despindo-se nas colinas ao anoitecer...

 

Sentisse o meu amor na imensidão?

É o arco-íris vestindo cores alegres para te cobrir

Levar para passear com os nômades do Universo

Bailando entre as nuvens e seus desenhos

Dormisse no meu colo depois do êxtase

Nosso brinde na taça da vida

Transbordando na euforia de cada olhar...

Refazendo os dias e as noites com nosso amor...

Na ânsia louca de amar...

Fazendo morada em nós, sem pudor...

sexta-feira, 1 de setembro de 2023

METAMORFOSE


No mundo dúbio
Do corpo insano, a metamorfose acontece.
A miscigenação dos sentidos
Na hora fatal cria
Um estado profano.
A mente divaga
O corpo se acalma
A mente se apaga
Transformando-se pouco a pouco
Num ser desvairado e louco.
Onde o sol brilha a noite
Nas manhãs de primavera
O luar floresce.
Na metamorfose do sonho
A vida fenece
A noite entristece
O corpo padece
Na alcova emudece.