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Quem sou eu

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Sou a simplicidade casada com a verdadeira essência de um ser. Venho de uma família onde todos trazem e trouxeram em suas bagagens um código espiritual único e capaz de transformar palavras em frases complexas e simples, que ampliam horizontes e rompem barreiras. Sou filha do vento, da água, da terra e do fogo. Tenho minhas fases e mudo conforme a Lua. Sou a busca do exato, na medida disforme das coisas que vejo, e minha mente transcreve. Hoje criando este blog, mostrarei o que em gavetas escondia. Beleza, sinceridade, sede de transcrever o que minha alma sente ao se deparar com uma folha e um lápis, pois é desta forma que escrevo. Na simplicidade de um canto qualquer, mas com essência pura dos sensíveis.

sexta-feira, 26 de abril de 2024

Sem tinteiro... Sem verniz...



Seus raios luminosos expandem-se ao encontro da escrita.
Norteiam os meus pensamentos e os alinham
Leva-me para uma viagem de letras em suas asas
Conduz minha mão com a leveza de toques sutis, em cada palavra escrita.
Surgem os traços e vai caminhando por entre os espaços.
Ilumina as alamedas da minha mente, que senta e registra.
Em segundos o contraste do que somos reluz no papel.
Sem tinteiro... Sem verniz...
Resplandece de uma esfera que desconheço
Apenas me dita em voz suave que a leitura seja um pergaminho.
Não importando o que vão descrever o que escrevo.
 Apenas sintam que há essência em cada verso
Despertados por um anjo de asas cintilando
Do encontro... 
Ao despertar de vários caminhos...



quinta-feira, 25 de abril de 2024

CANÇÃO MATINAL


 Recitas em meus ouvidos uma canção matinal...

Ergues a taça para um brinde de encontros...

Desencontros na contramão da vida...

Suspiros e sorrisos de contemplação

O dia enaltece...  

Um rouxinol voejando

Nos arbustos da imaginação/momento...

Dissipa os nevoeiros da saudade que inflamam

Dos lábios que não se tocam...

Dos corpos que não se ajustam...

Dos olhos que não sabem o seu fulgor

Um amor que nunca penetrou em minha concupiscência

Nem deixou seu perfume, nos poros de minha epiderme

Colidem nas barreiras de um tempo de outrora

Nas relvas distantes... 

De um encontro que ainda não nasceu...

Aguardando uma canção matinal...

 

Recitas em meus ouvidos uma canção matinal...

Ergues a taça para um brinde de encontros...

Desencontros na contramão da vida...

Suspiros e sorrisos de contemplação

O dia enaltece...  

Um rouxinol voejando

Nos arbustos da imaginação/momento...

Dissipa os nevoeiros da saudade que inflamam

Dos lábios que não se tocam...

Dos corpos que não se ajustam...

Dos olhos que não sabem o seu fulgor

Um amor que nunca penetrou em minha concupiscência

Nem deixou seu perfume, nos poros de minha epiderme

Colidem nas barreiras de um tempo de outrora

Nas relvas distantes... 

De um encontro que ainda não nasceu...

Aguardando uma canção matinal...

 

terça-feira, 23 de abril de 2024

Maria Bethânia e Zeca Pagodinho | Ogum/Citação: Oração de São Jorge (Vídeo Oficial)


 

SALVE SÃO JORGE / OGUM SETE ONDAS HOMENAGEM AO SEU DIA 23 DE ABRIL



Senhor dos caminhos
Senhor do ferro
Protegei nossos dias
Com tua guarda segura
Rompe as lutas
Vence as demandas
Com tua capa
Segura firme o teu filho
Que muitas vezes vacila

Nas águas mergulhas
Tua espada e tua força
Que garante a proteção
De enfrentar os momentos
Lançai tua luz em nosso coração
Salve São Jorge
Ogum Sete Ondas

Nos mares que invadem
Limpa as almas
Purifica o corpo
Não permita que os teus filhos sucumbam
Nada poderá atravessar no peito
Pois não deixarás ferir
Protegendo com tua espada, escudo de força.

Derruba os dragões adversários
Levantando teus filhos
Sacudindo nas ondas
Das suas lutas internas
Salve São Jorge
Ogum Sete Ondas
Que todos os males
Vencerás, retirando as demandas.



sexta-feira, 19 de abril de 2024

JURASTES AMOR...



Jurastes amor...
Respirasse meu ar
Roubasse as ilusões
Soltando nos ventos...
Terrenos agrestes
Este amor orquestra
Baladas e Blues

Noites incandescentes
Indecentes
Pleno gozo
Vida em dueto
Canções cantaroladas
Dança colada
Suando desejos
Transpirando sensações

Jurastes amor...
Confessasse paixão
Pecasse na traição
Trocando meu corpo,
Lençóis, quarto, canção

Jurastes amor...
Perdesse o encanto
Trocando meu amor
Por lábios de carmim
Colocando nos meus
Secura d’alma

Evidenciando
Jamais ter feito
Juras de amor...

quarta-feira, 17 de abril de 2024

O TEMPO PARA O TEMPO


O tempo é um ioiô de lembranças 
Rodopia feito pião de saudades 
Vem e volta o apelo de criança 
Sem deixar cair a esperança 
Das coisas boas que aprendi 
O tempo esconde-se no porão da vida 
Acordando sentimentos adormecidos 
Vagueia por lugares idos e vindos 
Sem fronteiras e horizontes 
O tempo para o tempo 
Quando a nitidez da visão é distante 
O tempo é relógio sem ponteiro 
Gira e da volta 
Pelo mundo inteiro 
Se o tempo se instala 
Na mente inquieta 
Saltita, pulando galhos 
Nas florestas desmatadas 
O tempo não perde tempo 
Quando soltamos boas gargalhadas

sábado, 13 de abril de 2024

CORAÇÃO POÉTICO


O coração de um poeta é uma mistura de variados ritmos

Vai do tango ao samba

Em passos miudinhos

Na boa ginga manda o recado

Que parceria é essa, compadre

Deixa qualquer romântica sem fôlego

Tiro o chapéu por sua maestria

Samba miudinho no teu compasso

Neste passo de bom sambista

No amor és afinado e requintado

Faz de mim a bailarina de sonhos

Segura estou em teus braços

Entrelaçada neste abraço

Se me perco ou me acho

Neste compasso...

De amor, alma e parceria

Não brinque com este coração

Parceiro

Depois que o Amor se instala

No coração quer abrigo

No teu colo descansar

Deixando as horas soltas

Nos desejos e na ânsia de te amar...

 

 

Vai que dá um samba, sabe lá.

quarta-feira, 10 de abril de 2024

VITRAIS

Abro e fecho minhas asas
Santa ou pecadora...
Despojando de todos os pudores e amores
Atravessei o vitral da vida
Precipitando em cacos coloridos
Deflagram as lembranças de tudo e de todos...
Vitrais sublimes que transformam os dias em silêncio...
Suavizam os reflexos que dentro de mim exteriorizei
Calando diante dos soluços de sofreguidão
São vitrais pintados e moldurados
Erguidos em paredes enquadrando o espaço
Rabiscos azulados da minha intimidade de ser
Reflexos e respingos que aos poucos
Formaram os lindos vitrais
De muitos ais...



NA SOMBRA


Na sombra vivem
Os que não tiveram sorte
Pequenos e pisados
Os artistas sem glórias
As meretrizes
Os gigolôs
Os bêbados
E os humildes
Anônimos no mundo.
Na sombra multiplicam
Essa paisagem contínua.
A sombra dá os limites
Entre o que foi e o que é.
Anula aparências
Aproxima distâncias...
Na sombra nascem
As estrelas
As sementes
As idéias...
As músicas e a própria
Vida...

RETRATO DE MULHER


Refletida no espelho
Da vida
Vejo esta mulher
Com seus amores
Dissabores
Das desilusões
Vividas
Sufocou gritos
Amargurou tristezas
Soluçou de saudades
Brindou a felicidade
Conquistou espaços
Perdeu lugares
Foi substituída
Sobreviveu
Olhando um retrato
Amarelado
Surgiu idéias
Inovou
Deixando amontoado
O passado
Vez por outra
Remexe no álbum
Que retrata
Guardando
O que foi esquecido
Em um retrato
De mulher
Muitas vezes
Adormecido

terça-feira, 9 de abril de 2024

PENÚRIA


Marcas definidas pelo cansaço
É a penúria transpirando a cada dia
Não deixando faltar o sustento à família
Olhos lagrimejam pelo sofrimento do descaso de ser humilde
Desde o amanhecer ao anoitecer suas mãos calejadas suplicam um pouco de paz
Há sossego em suas noites com o corpo fadigado pelo sol escaldante
Na rede estendida
Batalhando para sobreviver, reza com fé.
Agradece com o coração em lamúrias
Sabendo que lá do alto tem um por que
São vidas que se arrastam na humildade e expiação
Aceitando a realidade dura
Na pele dorida, mãos em feridas, rosto enrugado de agonia.
Expressão de angústia nos olhos
Retratando um semblante cansado da própria vida...



Deixei o véu cair...



Neste véu lanço-me nas danças flamencas
Presa aos destinos... 
Sem desatinos...
Coberta pelo xale de organza
Deixo minha silhueta bailar de encantos
Percorro em instantes lugares desconhecidos
Olvidados, sobressaltando emoções.
Liberando o espetáculo, caminhando junto das caravanas.
Roupas bordadas em ouro, adereços e um cordão dependurado no pescoço.
Uma esfinge de madrepérola com figura de uma cigana
Os véus soltam-se nas danças, nos pares a se formar.
Um cigano entrelaça suas mãos nas minhas
Um encontro de vidas... Quem sabe...
Seus olhos significavam narrativa que na história caiu em esquecimento.
Deixei o véu cair, e um olhar refletiu na retina longínqua.
Uma história, revestida em várias vidas...
Um amor perdido nos olhos escondidos...
Do amor não vivido...




segunda-feira, 8 de abril de 2024

CONTIGO, COMIGO, CONOSCO


Contigo amo-te
Nos limites
Do coração
Sinto tua seiva
Teu sabor
Tua paixão

Comigo andas
Lado a lado
Muitas vezes
Calado
Trazendo este amor
Sentido

Conosco o elo
Da cumplicidade
Caminha
No sossego
Da amizade

Contigo estou
Comigo estais
Conosco vamos
Sem olhar
Para trás

domingo, 7 de abril de 2024

DIVAGAÇÃO

Eu soluço enquanto perambulo em agonia de folhas machucadas.

Dorida a desabrochar nos prados.

Incrédula cobre o impossível.

Vou ficar atenuada dos desejos vãos que me ocupam.

Por pura vaidade inventei você tirando-me sons de maneira agreste.

Restringida a mim mesma, tanjo-me para a minha própria interpretação.

Mero amor patético, conforme despacho anexo caiu em exercício findo.

Hei de amar-te como deuses, arranjando flores numa jarra.

A tua postura glacial faz brotar meus impudores

Como gerânios vermelhos em jardineiras de sobrado.

Passado o espanto, debruço-me desnatada, isenta de tributos.

Guarda a tua decência lustrosa antecipatória de orgasmos.

Palmo a palmo.

Para na posse de ti mesmo recenderes a oferenda em oratórios.

De repente, me deparo aguçando os sentidos,

Com coros angélicos e lamparinas a guisa de ensaio.

Prevaleço-me do momento para chorar de fato e de direito a tua falta.

Optei por extraviar-me já que me convém o inabitável...

Até cair em brios.

É a minha pretensão maior colocá-lo no pretérito.

Crio um espaço e me manifesto, prometo que não serei breve.

Que outros anseios se não os que ora tenho

A manter-me pura na selvageria de seu culto?

Deixo em descuido por alamedas juncadas.

Razão, essa coisa incômoda a se instalar.

É um costume um pouco vago e esquecido, ficar na espreita do inacessível.

Não tarda, ocupo inteiro o seu espaço, com meu canto de eleição

Combinações de aromas. Agonizo em altar profano com aparatos.

Torna-se imperiosa ficar extremamente ampla

Esgarçada para abrigar todas as dores sem ranger.

Calei-me pudicamente onde se estabeleceu o vácuo.

Tão real que ao meu lado, transcendendo teme admitir

Remotos nós e nosso pacto de sintonia.

Feito para gozar o imaginário, raízes a mostra ressentidas,

Padecida contorço-me fazendo retinir os sentidos.

Proclamo minha presença, cujos braços abertos pensem

De repente desobrigados da espera.

Sôfrega tonalidade do réu litúrgico.

Para alguém alhures. Saio deste estado letárgico para existir a despeito.

Enternecida, sóbria, quase serena, de ágata muito alva.

A poesia me salvou.

sexta-feira, 5 de abril de 2024

FÊNIX


Minhas asas libertas
Em preto em branco
Esvoaça entre os pergaminhos
Fênix
Ressurge das cinzas
Iça ás alturas com a força dos relâmpagos
Não há vitória sem batalhas
Voarei de forma rasante e debruçarei no horizonte
Avistando quem deixei para trás
Com suas cinzas...
Negativo de um filme
Sem revelação...
Ressurreição...

terça-feira, 2 de abril de 2024

INTERLIGAÇÃO























Interligados aos planos superiores
Esferas de luz conexas pelos pensamentos
Pairamos nos minutos de reflexão divina
Alteração de matéria densa
Metamorfose livre em voos libertos
Instala-se outra acepção de querer, sentir, desejar e fluir.
O Mal não domina o Bem
O Bem prevalece em todos os momentos, é paz.
Antídotos formam círculos flamejantes
Projetando-nos a outras dimensões
Flutuamos em verdadeiros baluartes
Carruagens velozes conduzem em contemplação de luzes
Telepatia nos deixa sentir uma forma de Amor sem igual
Os toques são sutis e leves, uma pluma a se soltar pelo ar.
Não há turbilhões de desespero, somente o sossego.
Quietude de ser, entender, acolher, proteger...
Nômades em escala celestes num despertar
Cercados de mãos amigas a nos guiar...





sexta-feira, 22 de março de 2024

DESABROCHEI


Suspensa em uma folha de árvore frondosa
Desnudei do momento soltando-me ao vento
Fixada em forma de gente
Minha silhueta dançava
Presa ao limbo
Puro equilíbrio
As estações passaram e num quedar
Em pleno outono
Voei junto às folhas que caiam
Desabrochando em períodos primaveris
Flores nasceram folhas renovaram
O silêncio das estações permanece
O que restou de lembrança
É apenas uma imagem de mulher
Nesta folha amarelada...


quinta-feira, 29 de fevereiro de 2024

Vastidão...

Abasteço meus dias
Caminhando com a aragem
Assistindo as belas paisagens
Admitindo a onda me levar
Vastidão...

Espectadora de um vendaval varrido
Sentido e deprimido, fico serenada.
Outras agitadas quais ondas da maré
Refletida de um verde ou azul
Sou céu claro ou mar agitado

Não há prosseguimentos
Por vezes claridade e paz
Intranquilidade e guerra interior
De repente quer o amor, sem amarras.
Sou mistura de lembrança

Sem bonança, pura tempestade.
Um pássaro ferido a voar
Sem ninho, carinho.
Fixo a olhar não existe sinal.
Vasto é o mar

Afogando-me em porções salgadas
Esperançosa dos carinhos recebidos de mãos dadas.

quinta-feira, 22 de fevereiro de 2024

CONTEMPLAÇÃO


Contemplava a criança percebendo a variação no voo de uma borboleta. 
Inicia um brincar entre seus dedos, pousando de leve nos ombros surpreendendo no bater de suas asas.
Senta na campina sentindo o cheiro dos aromas de alfazema. 
Alcança a liberdade de ser criança. 
Longe do tumulto dos dias, correria dos carros, tarefas findas sem descanso, o tempo limitado com afazeres de adulto vestido de infância.
Observa as cores mais brilhantes com a nitidez que a natureza lhe apresenta.
Pequena não entende a presença de Deus, mas consegue perceber que o homem não é capaz de trazer o cheiro das matas, as cores que vê e nem consegue imitar na forma plena o voo da borboleta.
Escuta ao longe os pássaros a cantar qual sinfonia em grandes anfiteatros, cantarola uma música de infância que aprendeu na escolinha, e vibra com tamanha beleza que lhe cerca no ambiente de paz e sossego.
Mais um dia termina, a menina deita no campo adormecendo pelo cansaço descortinando a perfeição sem muito compreender a vida.
 A borboleta voa encontrando as flores e abelhas, os pássaros se aconchegam nos galhos para um novo despertar.
Acolhimento de uma infância no seio da terra que lhe abriga, coberta de estrelas num despertar com o raiar do dia.



segunda-feira, 5 de fevereiro de 2024

Acordes Renascendo


No recolhimento dos meus ais
Prisioneira nos canaviais
Presa no tronco da dor
Açoitados pelo abandono de um tempo...
Amor soterrado em palmos profundos
Não mais escrava...
Vesti-me de negra libertação
Emoções precisam fenecer e ressuscitar
Morte é término e recomeço
Quebra de ciclos viciosos que deixamos instalar-se
Sentimentos que não nutrem
Desgastam ao ponto de aniquilar
Minhas vestes são porções de retalhos que jogarei para o alto
Desvirar ficando nua de corpo e alma
Modificando todos os açoites recebidos
Num novo corpo restruturado e recomposto
Revestido de uma bela sinfonia
Acordes renascendo
Metamorfose de uma estória esquecida...





terça-feira, 30 de janeiro de 2024

FLERTANDO MINHA ALMA



Na imensidão do meu ser
Fiz morada num castelo de sonhos
Revertia em meus olhos um encontro solitário
Capaz de mensurar as necessidades interiores
Gritando e clamando por um minuto de atenção
Flertei a minha alma, como se flerte um amor à primeira vista.
Deixei fluir a essência de sentimentos contidos
Um namoro entre o corpo com alma
Flertei de leve sem medo de tocá-la apalpando suavemente
Buscando entender a complexidade das formas
O corpo entrelaçou a alma e fizeram um bailar de momentos
Esquecidos, apagados e lembrados a cada passo dado.
Deste flerte minha alma fixou um ponto de apoio
Olhei na profundidade conforme o meu alcance
Vislumbrando a vida de outra forma
Onde o corpo esvanece enquanto a alma floresce...
Assim, flertei minha alma...


quarta-feira, 24 de janeiro de 2024

ASCENDÊNCIA


É no bailar de sinfonias
Tocadas, pelo som de um piano (Nocturne)
Que vou ensaiando os primeiros passos
Bailarina da vida e do Espaço...
Flutuo entre os poros e as linhas que demarcam meu corpo nu
Sentindo o nascimento de ser mulher-menina
Abrindo os braços deixando a poeira baixar
Voltando a ser criança, a brincar com as lembranças
Insistentes pensamentos, que brincam com ascendência
Do que fui e do que sou...
Envolta de sossego e liberdade
Inicio as gesticulações dos movimentos, um festival de cores
Na foto em preto e branco
Negativo de momentos esquecidos
Qual um cisne negro a debater-se, no instante preciso...
Transformando o meu espetáculo, sem aplausos e sorrisos
Aflorados e exposto, ao relendo e ao vento
Levando de mim, as sobras dos tormentos
Invasores de pensamentos
Que na minha alma, não fazem morada...

segunda-feira, 22 de janeiro de 2024

CÁLICE TRINCADO




Não cale minha voz, nem meus sentimentos que esvoaçam por outros horizontes. Não queime minhas recordações com palavras que trincam meu cálice. Transbordando em lugares insólitos. Não sou de aço e de mim não farás de gato e sapato. Sou vida que em qualquer lugar sobrevivo. Sou parte da natureza, não duvides que posso germinar do asfalto escaldante, no topo de geleiras, nas profundezas dos mares e da minha própria luz que se adelgaça. Fazendo de mim o meu próprio abrigo. Solitária mais com vida. Na mortificação entre os ventos rasgando o céu com suas descargas elétricas, flutuo nas nuvens do meu sossego, alojando-me no cálice trincado desabrochando em flor. No meio das agitações do cotidiano. As pessoas passam e no vão destes passos, estarei a mil léguas em meus caminhares largos sem estar fragmentada. Sou o oceano em fúria ou manso, o arco-íris que desponta depois de uma tempestade ou pequenas gotículas, sou acima de tudo o baluarte que findará em seu último sopro, quando a mão do Criador me chamar. Sou vida, amor, intensa...
Não permitindo fazer de mim, mil pedaços.


quarta-feira, 3 de janeiro de 2024

INSPIRAÇÃO


 


















Inspiração

Sobrevoa o tempo

Entreolham os sentimentos 

Inspira 

Entra em ação 


Não marca hora

Chega sem fazer rodeios 

Aponta os dedos

Bailando nas entrelinhas 

No ritmo frenético das ideias 

Na direção do coração 


Dança a valsa da vida 

Chora as lágrimas da partida

Renova na esperança 

Crê no despertar de outras auroras...

Sem hora... 

Inspira

Demarcado pelo arco-íris 

Contornando o horizonte 


Inspiração 

Na vida

Na luz do dia

No anoitecer

Na prece proferida

No agradecer


Minha inspiração 

Vem de um lugar cheio de luz 

Que me conduz 

Sem carregar nenhuma cruz

Em que o brilho de Amor

Inspira

No bailar de nossas mãos...


Gratidão 

Por toda inspiração...

Onde nasce a poesia

Vinda dessa conexão...