No recolhimento dos meus ais
Prisioneira nos canaviais
Presa no tronco da dor
Açoitados pelo abandono de um tempo...
Amor soterrado em palmos profundos
Não mais escrava...
Vesti-me de negra libertação
Emoções precisam fenecer e ressuscitar
Morte é término e recomeço
Quebra de ciclos viciosos que deixamos instalar-se
Sentimentos que não nutrem
Desgastam ao ponto de aniquilar
Minhas vestes são porções de retalhos que jogarei para o
alto
Desvirar ficando nua de corpo e alma
Modificando todos os açoites recebidos
Num novo corpo restruturado e recomposto
Revestido de uma bela sinfonia
Acordes renascendo
Metamorfose de uma estória esquecida...