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Quem sou eu

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Sou a simplicidade casada com a verdadeira essência de um ser. Venho de uma família onde todos trazem e trouxeram em suas bagagens um código espiritual único e capaz de transformar palavras em frases complexas e simples, que ampliam horizontes e rompem barreiras. Sou filha do vento, da água, da terra e do fogo. Tenho minhas fases e mudo conforme a Lua. Sou a busca do exato, na medida disforme das coisas que vejo, e minha mente transcreve. Hoje criando este blog, mostrarei o que em gavetas escondia. Beleza, sinceridade, sede de transcrever o que minha alma sente ao se deparar com uma folha e um lápis, pois é desta forma que escrevo. Na simplicidade de um canto qualquer, mas com essência pura dos sensíveis.

quarta-feira, 31 de outubro de 2018

NÃO QUERO MAIS DECIFRAR ENIGMAS























Vou rasgar este papel amarelado pergaminhos guardados na memoria
Não quero mais decifrar enigmas das coisas que relembro e busco num sentimento de descobertas.
Quero um papel em branco
Escrever minha história no presente
Soltar as gargalhadas que latejam em alegrias
Buscar o certo mesmo que o caminho seja torto
Errando que se aprende
Aprendendo que acertamos
Viajar pela imensidão qual ermitão
Meditar sobre os grandes significados da vida...
Concentrando o meu mundo no agora
Sem pensar no amanhã...
Sou uma eterna busca
Mediante ao que me deram de graça
Meus sentidos aguçam a terceira visão
Bailam e deslizam feito bailarino na ponta dos pés
Formando frases, poemas e versos.
Sou um abstrato na forma que não defino
Sou a plenitude de tudo que escrevo
Sou leitura, pois todo poeta é um pouco de tudo ou pouco do nada...



quarta-feira, 24 de outubro de 2018

NA CELERIDADE DO COTIDIANO...



Os dias que amanhecem e no anoitecer, intuo melhor o ritmo frenético dos carros, o vermelho das sirenes histéricas, alaridos dos noctâmbulos perambulando entre as ruas desertas e chuvosa da minha cidade. Paro por alguns segundos e penso, nas crianças famintas, nos velhos abandonados, os hospitais lotados, as doenças no subconsciente clamando por atenção percorrendo cantos sem voz e olhos que não brilham mais. Assim, os dias se vão no imaginário tempo, que vai no êxtase em delírios surgindo na percepção da mente sana e insana num lapso qualquer. É um pulsar latejante no coração de quem procura abraços de paz, de amor sem cobranças, mãos que afagam e agasalham, alimentos quentes e de um Amor que preencha um cantinho do coração sem pulsação e cor. No anonimato, entre as ruas, becos, viadutos, seguem os peregrinos de luz radiante e sorridente sem fazer média na mídia, ou propagar aos cantos sua generosidade acolchoada de caridade. Escoltam seu coração, e olham o quanto o sofrimento alheio é padecido, o quanto a fome dos desvalidos bravata de dor, enxerga olhos pasmados ao receber a primeira refeição e ser grato por cada gesto recebido naquela noite, que talvez na outra não esteja... Ou estará... Pois, poderá ser próximo a refugiar-se nos braços de Deus, sem prece e choro. Um corpo que padece dos sofrimentos que sua alma não teve o privilégio de saber qual destino ou via a seguir, por que lá na curva do caminho tinha alguém que o conduziu por ruelas e desertos de areias movediças fazendo experimentar o lamaçal das misérias humanas. Julgar não faz parte do contexto, nas angústias que gritam do lado de dentro, há um berro ecoando e ensurdecedor dos sentimentos euforia, elevo uma prece pedindo misericórdia aos desvalidos.


terça-feira, 23 de outubro de 2018

O POETA É





Essência sublime
No ápice do mundo
Emoções afloradas
Sentimentos sentidos
Ouvidos
Murmurados

Sofre por amor
Procura
Encontra
Se perde
Enlouquece

Metamorfose...

Rompe seu casulo
Sai em pleno voo
Borboleta colorida
Viajante de sonhos
Repousa na poesia

O poeta é.
Inspiração
Angústia
Solidão
Liberdade
Conflito
Soltando seu grito
Na imensidão
Do seu coração

terça-feira, 2 de outubro de 2018

ÀS CEGAS...






















Sou abelha inquieta a te beijar
Fiz uma colmeia nos teus lábios
Pouso na quietude do teu silêncio
Retirando o néctar do amor
Poetas são meros artistas
Interpretam o ilusório
Concebendo vida, momentos, sentimentos...
Um afeto na sutileza da tua percepção
Do voar de uma abelha
Nos jardins a tocar as flores
Do sublime encontro de tua boca
Na fusão de um amor sem limites
Do doce mel retirado da tua essência
No ferrão que a dor da perda punge
Do vazio que entre nós permanece
Na insana memória que não tenho...
Somente voo na tua direção
Pronto para roubar um beijo teu...