Páginas

Quem sou eu

Minha foto
Sou a simplicidade casada com a verdadeira essência de um ser. Venho de uma família onde todos trazem e trouxeram em suas bagagens um código espiritual único e capaz de transformar palavras em frases complexas e simples, que ampliam horizontes e rompem barreiras. Sou filha do vento, da água, da terra e do fogo. Tenho minhas fases e mudo conforme a Lua. Sou a busca do exato, na medida disforme das coisas que vejo, e minha mente transcreve. Hoje criando este blog, mostrarei o que em gavetas escondia. Beleza, sinceridade, sede de transcrever o que minha alma sente ao se deparar com uma folha e um lápis, pois é desta forma que escrevo. Na simplicidade de um canto qualquer, mas com essência pura dos sensíveis.

quarta-feira, 23 de dezembro de 2020

Enquanto houver sol - Valtenor Medeiros


 

NA(TAL)


























Na(tal) Amizade

Na(tal) Exibição

Na(tal) União

Na(tal) Solidão

Na(tal) Pobreza

Na(tal) Riqueza

Na(tal) Esperança

Na(tal) Harmonia

Na(tal) Paz

Na(tal) Gratidão

Na(tal) Caridade

Na(tal) Confraternização

Na(tal) Igualdade

Na(tal) Miséria

Na(tal) Ilusão

Na(tal) Data

Na(tal) Fé

Na(tal) Misericórdia

Na(tal) Ignorância

Na(tal) Melancolia

Na(tal) Alegria

Na(tal) Tristeza

Na(tal) Véspera

Na(tal) Empatia

Na(tal) Felicidade

Na(tal) Cidade

Na(tal) Prosperidade

Na(tal) Luz 


 


quinta-feira, 19 de novembro de 2020

TEUS BRAÇOS



Acordei em teus braços
Guardo os traços
Estes traços que na saudade confessa batendo forte como aço.
Lateja
Suporta
Implora a volta do abraço recolhido
Uma só vez sentido.
Volta braços dos abraços que de calor me afagastes.
Volta felicidade enche meus olhos e tira as lágrimas que escorrem
no corredor do amor.
Este amor contido, escondido no peito cheio de dor.
Volta tempo
Recorda agora
Os momentos
Os afagos
Dos abraços
Dos teus braços recebidos.

sábado, 17 de outubro de 2020

A ESSÊNCIA DO AMOR...

Páginas em branco, são as histórias de amor evaporadas no ar...

São os fragmentos que se espalham pelo chão

Deixa ir... Para bem longe...

Sente ao menos o cheiro do mar, da mata, de qualquer lugar...

Impregnar nos poros apreciando a brisa no frescor da manhã

Viver na liberdade de sentir a vida pulsar

Entre o demarcar de um horizonte nunca visto e um arco-íris colorindo o céu de esperança

O amor quando veste pijamas se acomoda para dormir, o bom mesmo é deixar o amor ficar Nu.

Mostrando tudo o que lhe é permitido, sem amarras, sem pudores, sem julgamentos por todos os cantos, espalhados pelos arredores deste mundo...

Assim, vagam corações vazios, sem cor, pálidos, desvalidos ou acalorados de viver um grande amor...A vida é feita de escolhas, mas o amor é surpresa...

É presente embrulhado em papel sofisticado, em que seu conteúdo nem sempre é bem apreciado

Uns olham o pacote, o laço de fita que o prendem e esquecem que dentro do presente tem um sentimento a ser cultivado

Suavize o desamor, te embriaga de amor e a vida será muito mais bem apreciada aos olhos de quem leem, teus olhos ao segredar os anseios de sua alma, sem usar pijamas esperando somente a hora de dormir...

Acorde e coloque o despertador para te sacudir... 

domingo, 20 de setembro de 2020

UM COMETA E UMA ESTRELA.

segunda-feira, 7 de setembro de 2020

AQUIETANDO MINHA ALMA



Ondulas em meus pensamentos
Quebrando nas ondas de minhas emoções
Mergulhas fundo nos anseios contido
Marujo ou naufrago dos encantos meus
Brisa soprando meu cabelo no sussurro de tua voz
Vento avassalador em suas tempestades
Encontrando abrigo em nossos corpos
Relâmpagos em fúria no rasgar de sentimentos
Bonança na quietude do silêncio...
Aquietando minha alma
Lavando com respingos do mar
Os sonhos em descaminhos
Amor perdido sem destino
Permeando o sentido de ser tua
Ondulas em meus pensamentos
Projeção de homem ou menino
Penhasco de paixão
Voa ave peregrina dos meus sonhos
Dorme ao meu lado
Preciso sentir o teu ser
Viaja nos meus devaneios
Acordando no entremeio
Desde querer...


quarta-feira, 19 de agosto de 2020

ANGÚSTIA



Esta angústia de encontrar
Os outros em nós
A descobrir o nosso gesto
Esta angústia de não ser xérox
Segunda-mão do desconhecido
Esta angústia faz-me mais só
Num mundo dúbio

Esta angústia
Não usa disfarces
Essa essência limitada
Só aceita pela existência
De uma força fora do alcance da mão.
Essa angústia constante
Por um mundo melhor
Sem muita frustração

sábado, 25 de julho de 2020

JÁ ERA...


Minha dor é enxergar o mundo do avesso
Sem lados, sem roteiros...
Um arcabouço de pergaminhos, sem caminhos...
Certos?
Incertos?
São percalços de um passo de longas estradas sem destinos...
Um normal, anormal, sem o bem que o sustente
Um par de luvas que não cabem em mãos vazias e sem dedos...
Apontados um para o outro, sem limites da tolerância
Conviver diariamente com mentes manipuladoras
Um verdadeiro penhasco e desfiladeiro para o mundo inteiro
Doentio, sem ar, sem integridade e amor...
Desintegra aos poucos em desertos e sem estações definidas
Um porão no escuro, acumulando pó entre as paredes de bolor
Transição...
De(composição)....
Com(posição) de canções
Re(virando) as emoções escondidas no peito
Um novo jeito de sentir a vida
Entre as vidraças cobertas por telhados de vidros...
Escorrendo suas lágrimas nas calhas internas
Com sorrisos em disfarce de uma nova era
Que já era.


terça-feira, 14 de julho de 2020

SENTIMENTOS ESQUECIDOS



Têm-se falado tanto em aquecimento global, geleiras derretendo, e a Terra sofrendo suas transformações constantes.
Os seres humanos não estão diferentes, pois o aquecimento de seus corações estão vibrando em acordes esquecendo o verdadeiro calor humano.
Aquele sorriso, gestos simples, educação, senso de humor dosado, carinhos distribuídos sem ser pedidos.
Lembre-se de que os sentimentos esquecidos se instalam feito um galope veloz, sucumbindo dores interiores com seus golpes, ferindo as fibras mais tenras da alma.
Um verdadeiro abate de sentimentos robotizados, em uma era digital em que há um algoz de vaidade e egos inflados entre os sentimentos que não se renovam e caem na futilidade de um vazio explícito. Alguns aprendem a lição, outros insistem em carregar estes sentimentos esquecidos.
Não são diferentes das geleiras que estão derretendo e desprendendo-se da superfície. Estes humanos, são frios,calculista, as vezes cruéis e acham que tem o direito de exigir algo,em troca do fator Poder.
O poder que me refiro é deixar todos os sentimentos aflorarem, porque guardá-los com medo de demonstrá-los, os humanos extinguirão com o Planeta .
Portanto, reflita sobre sentimentos esquecidos, repense nos seus sentimentos mais puros, tal qual a criança quando olha pela primeira o sorriso da sua mãe e seus olhos ficam cheios de luz...
 Vamos banir o gelo, e nos derreter por um sorriso, um abraço ou simplesmente uma palavra de alívio...

FRAGMENTOS


De que serve lamentar o concreto, diferente do abstrato que sonhamos, se o vento quando passa, não marca regresso.
Será acertado receber um amor mutilado quando, nos refolhos d’alma, há uma angústia a ser desanuviada?
A melhor solução será a fuga, quando se teve provas cabais da evidência do amor e a gente queria um amor integral e obteve apenas fragmentos descontínuos.
Teremos mitigado esta sede interior de alcançar a unidade, exatamente no dia em que tudo terminou?
Ou esse final é o início de uma nova fase, que se expandirá para o além do horizonte, para além do momento anti-lógico.
Valerá à pena a gente sair de si e integrar-se, sem guardar no âmago do ser, nos recônditos d’alma,uma reserva de coragem para o instante da mente psicose irremediável?
Saberá ele que, em cada carícia arrepiante de mão que não vivemos há uma ressurreição em potencial?
Compreendê-lo-á que, em cada beijo não construído, nos interpenetramos tanto, que sentimos presente a transmissão da seiva motriz necessária para transpor a solidão – desespero?
É possível nos braços de ontem que não tem mais calor porque não são trocados e, nos de hoje (que não tem mais energia porque não são vividos) comunicarem-se nossas almas?
Será válido tentar de novo, se enquanto tudo cresce e a vida escapa, o homem vai superando, antecipadamente o clima desolador que resulta depois das tempestades?
Se o homem continuadamente sem ar místico interior, sempre se prepara para sofrer com a dúvida seguinte, é justo pretender amealhar o amor plenitude?É?É?É?

segunda-feira, 6 de julho de 2020

NÃO ME OLHES DESTE JEITO...


NESTE OLHAR SOU DESEJO
TÃO LOUCO DE PAIXÃO
 UM VULCÃO EM ERUPÇÃO
NÃO ME OLHES DESTE JEITO...
FICO SEM JEITO
SOU A BRISA LEVE QUE SOPRA TEUS CABELOS
ÉS REFLEXO DOS MEUS PENSAMENTOS EM DESALINHO
SOU O TOQUE PERFUMADO DE CARINHO
ENCONTRANDO EM TI
ESTE SEMBLANTE LINDO
UM RETRATO PINTADO PELA NATUREZA
EXPONDO TODA BELEZA
COM POESIA E SUTILEZA
DE UM OLHAR ESPREITADO
NUM REFLEXO DE ESPLENDOR
NÃO ME OLHES DESTE JEITO...
MINHA MIRAGEM, MEU AMOR...

quinta-feira, 2 de julho de 2020

Fagner, Zé Ramalho - Jura Secreta / Revelação


Maria Bethânia - Odalisca Andróide / Tocando em frente


Charles Aznavour ''Hier Encore"


Ainda ontem, eu tinha vinte anos
Acariciava o tempo e brincava com a vida
Como se brinca com o amor
E vivia à noite
Sem contar com meus dias, que fugiam no tempo
Fiz tantos projetos que ficaram no ar
Alimentei tantas esperanças que bateram asas
Que continuo perdido, sem saber aonde ir
Com os olhos procurando o céu, mas com o coração enterrado
Ainda ontem, eu tinha vinte anos
Desperdiçava o tempo, acreditando detê-lo
E, para retê-lo, e até ultrapassá-lo
Só fiz correr e perdi o fôlego
Ignorando o passado, conjugando no futuro
Começava qualquer conversa por: Eu
E dava minha opinião, que pensava ser a melhor
Para criticar o mundo com desenvoltura
Ainda ontem, eu tinha vinte anos
Mas perdi meu tempo a cometer loucuras
Que não deixam, no fundo, nada de realmente concreto
Além de algumas rugas na testa e medo do tédio
Pois meus amores morreram antes de existir
Meus amigos partiram e não mais voltarão
Por culpa minha, criei o vazio à minha volta
E desperdicei a vida e meus anos de juventude
Do melhor e do pior, descartando o melhor
Imobilizei meus sorrisos e congelei meu pranto
Onde estão agora, agora, meus vinte anos?

CORAÇÃO DO AGRESTE Samarone Lacerda


sexta-feira, 26 de junho de 2020

Devaneios D’alma


Num espaço, num tempo...
Há momentos que surge a Saudade...
Abre uma porta e uma janela
Debruço na mesma descortinando o que vejo
Cabelos brancos surgem ao vento
Mais além...
Na brisa suave e um céu límpido a voz carinhosa
Escuto ao longe...
Um chamar com alegria, sai em direção na correria.
Um abraço apertado é dado
Os olhos lagrimejam felizes
Os destinos vão se fechando qual ato teatral em um palco
Os figurantes são os mesmos, a roupagem translucida.
Neste momento num lapso temporal
Viajo com eles num campo florido
Onde me despeço e retorno
Da porta que abriu e da janela
Que me debruço...



segunda-feira, 22 de junho de 2020

CORAÇÃO SEM LIMITES


Nada passa a paixão vivenciada na voz dos trovadores, enche de paz e sonhos um coração aprendiz que por medo de te magoar, afastou devagarzinho, mesmo sabendo que os devaneios a beira-mar poderiam gerar os conflitos internos, neste coração sem limites.
A asa do tempo roçou teus cabelos negros, teus grandes olhos calmos miraram por um momento o inescrutável Norte...
Eu queria dar-te ademais dos sonhos e da paixão, tudo o que nunca foi dado por nenhuma pessoa ao seu amor.
Quisera dar-te, por exemplo, o instante que me vistes, marcada pela felicidade pela tua vinda, pois o amor é anterior ao conhecimento.
O teu amor foi tão cego que se ao contrário fosse, veria, então, em mim, na transparência de meu peito, a sombra de tua forma anterior a ti mesmo.
Ah! Pudesse eu dar-te o meu primeiro medo e a minha primeira coragem, o meu primeiro medo à treva e a minha primeira coragem de enfrentá-lo, e o primeiro arrepio sentido ao ser tocado de leve pela mão invisível da paixão, do amor etéreo.
Gostaria de dar-te, aquela madrugada em que, pela primeira vez, as brancas moléculas do papel, diante de mim dilataram-se ante o mistério da poesia subitamente incorporada; dá-la com tudo que nela havia de silencioso e inefável - o pasmo das estrelas, o mundo assombro das casas, o murmúrio místico das árvores a se tocarem sob a Lua.
Longe está o espaço onde existem os grandes voos e onde a música vibra solta.
O canto do oceano, a lua prateando toda a imensidão das águas, num sopro de suspensão e beleza, o vento nordeste em rajadas rápidas beija-me a fronte.
Minha alma acorda para um grande êxtase sereno.
Fomos à constelação perdida que caminha largando estrelas.
No espaço dessas recordações, fui uma testemunha remota, tímida e solitária, grudada à parede como os líquenes.
Desejo sem nenhum sentido universal, ligadura primária que é preciso estirar para sentir-se viva, junto a mais alta janela, no solitário entardecer.
Dono da minha existência profunda, limito e estendo meu poder sobre as coisas.
Comentar este passar de coisas é adquirir um tom. Roda-se sobre o plano inclinado de uma tendência interior e vão aparecendo presenças: o achado sentimental, os aspectos dilaceradores de partir ou de chegar.
Separei-me de ti, pela qualidade infinitamente pura de minha afetividade.
No isolado recanto de minha alma, a poesia, a vida e o amor há muito procurado e hoje descoberto adquirem uma transparência sagrada.
Entre os repetidos sintomas místicos, sinto o teu roçar de lenta frequência atuando em meu redor com domínio infinito. Nas longas caminhadas a beira-mar, tua ausente presença me acompanha, busca nos elementos da natureza, uma corrente persistente e vital de claridade e mistério. Cada movimento entre a terra e o mar era tu que falavas de novo, interminavelmente agitado pelo vento do mundo.
Esta insigne ternura será para mim uma perpétua lembrança.
Despedi-me do mar e agradeci pelo espetáculo, ele manteve sua altivez e calou minha saudade.
Ninguém se funde a ninguém, nós é que através da ilusão vivemos colados, mas na realidade não passa - de um elo mágico invisível que liga os afetos e, as almas. O amor é sempre uma força dirigida para a construção do ideal mais elevado, mais perfeito, mais digno. A dúvida é realmente a antítese da fé e o maior destruidor dos bons resultados.
Todo amor anseia por unidade. Os amantes gostariam de se unir num só, mas como isso implicaria na destruição de um ou de outro, eles então procuram uma união conveniente, de modo a viverem juntos, conversarem e participarem dos mesmos interesses.
Sem o amor nós nunca nos aperfeiçoaríamos, pois, o amor é o ímpeto para atingir a perfeição e a realização plena daquilo que possuímos.
No sentido amplo da palavra, há amor onde há existência. Tem as mesmas dimensões do ser.
O amor é uma inclinação ou tendência a procurar unir-se à coisa amada para aperfeiçoar-se por meio dela.
O mistério de todo amor é que na verdade ele precede todo o ato de escolha.
A pessoa escolhe porque ama, não ama porque escolhe.
O amor que é apenas busca perde-se no egoísmo.
Se colocado no espírito, cresce com os anos tornando-se mais forte à medida que o corpo se debilita. Quanto mais ligado for, mais imortal tende a tornar-se.
Aqueles que substituem uma emoção por outra, nunca chegam a amar verdadeiramente, pois o Amor autêntico sabe suportar desenganos e decepções.

quinta-feira, 18 de junho de 2020

ABRIGO CELESTIAL



Dedilhando as teclas, entre os espaços e as linhas que escrevo
Tua presença vai se instalando feito conversa
Dialogamos na intimidade de um silêncio sem ser vazio
Preenchemos as linhas num quedar de afinidade
O tom de cada nota musical a tocar
Vibram nos recônditos de minha alma
Permanecendo em nós por horas
Conexão que volitam formando feixes luminosos
No quarto, a luz tênue adelgaça em proporções
Luzes em cores diversas, o violeta de teus fluídos pairam e brincam entre meus dedos
Fantástico momento entre nós e a Imensidão que nos cobre de ternura
Sinto a brisa que sopras para este embelezamento de pensamentos
Criando um elo e brotando a minha escrita
Ditada ou intuitiva, no sabor de um sopro divino
Instantes de emoção preso ao meu coração
Paramos por um momento e dançamos o despertar
Um dueto onde teu nome fica no anonimato
Presença de outrora, bordados pelos fios invisíveis
Pressentindo e dando sentido aos que irão ler
Tua presença é aconchego que me abriga
Asas que alçam voos em sublimes Pensamentos - Emoção
Tua despedida nunca foi um adeus
Um aceno, pois um dia voltarás a inundar meu ser
Com tua LUZ...


Estou com o zíper aberto


Abri o zíper para enxergar o mundo lá fora
Permanecia presa somente ao meu interior
Intuitivamente fui deixando a claridade de um alvorecer adentrar
O zíper foi arredando dando espaço de sentir o frescor da manhã
Os jardins florindo, os beija-flores de flor em flor.
Sai descalça pisando na terra, apreciando a natureza.
Muitas vezes nos fechamos em copas
Como uma calça que vestimos
Na vida o mundo é diferente, tem que abrir o zíper.
Sem medo dos outros olharem e repararem
Porque esta abertura não tem malícias
Tem o frescor de um dia com suas minúcias.

terça-feira, 16 de junho de 2020

É NO FOCO...

É NO FOCO
QUE ENFORCO
O DESAMINO

É NO FOCO
QUE ME ACHO
NÃO ME PERCO

É NO FOCO
DA ATITUDE
CONQUISTADA

É NO FOCO
QUE GARANTO
UMA COLHEITA

É NO FOCO ...
QUE DESFOCO...
A DEMÊNCIA

SEM FOCO
DESLOCO
O TEMOR

DA TRISTEZA...



segunda-feira, 1 de junho de 2020

POLÍ E TICO


Polí e Tico são inseparáveis, formaram uma união e colocaram uma aliança perpétua neste casamento. Certo dia, Polí conversando com Tico, desabafou seus medos e receios e lhe fez um pedido. Vamos ter filhos, fazer desta aliança um reluzir aos olhos dos homens. Tico perplexo concordou.
Logo de início tiveram gêmeos, dois meninos. Eram que nem Caim e Abel, um morria de inveja do outro e suas divergências tornaram-se um desafeto.
Um deles pendendo para o lado militar consolidou por muito tempo um lugar de hostilidade e crueldade.
O outro apaziguador lutou junto com vários companheiros derrubando seu irmão do Poder.
A liberdade de expressão foi tomando parte de mentes que não podiam opinar publicamente seus pensamentos e dali começou uma aliança de ideias para fazer com que Polí e Tico tornarem-se dignos da união que tinham. A empolgação foi tanta, que tiveram vários filhos, a relação começou a desgastar-se.
Motivo, muitos filhos, nenhum controle desajustando toda a família de Polí e Tico. Começaram a surgir os comentários maldosos, comprometimentos, apadrinhamentos, nepotismo, conclusão Polí e Tico ficaram desacreditados.
Surgiu uma grande oportunidade para que em público Polí e Tico subissem no palanque de uma praça de uma metrópole, para fazerem um discurso à altura dos comentários escutados.
Polí iniciou o discurso comentando fatos, realidades e prometendo fazer dos comentários maldosos um grande desafio de mostrar o seu valor diante do povo.
Tico, emocionado com suas palavras completou: Não terá cristão nesta terra que venha desfazer esta união e daqui para frente não seremos mais separados e sim chamados de POLÍTICO.
Quem sabe, não são estes que conhecemos. Até que gostei da história, só tem um, porém, não quis sujá-la remexendo em lixo.
Fiz desta união uma paixão ardente, pois escutamos que fazem tudo por AMOR. 

Porque iria contrariar esta opinião...


quinta-feira, 30 de abril de 2020

DES(VELA)DOS


Quantas valas...
Quantos choros...
Quantas saudades...
Retrato do cenário atual
Luto e lágrimas
Seguem sem despedidas
Tumuladas em sinfonias funestas
Os clarins ecoam no Universo
Imediatistas, cáusticas, escárnios
De comprometimentos sem compromisso
Des(vela)dos
Sem velas, sem nada
Desnudos de amor, compaixão e respeito
Urge dores ecoadas pelo mundo
Orações proferidas dos variados Credos
Ouvidas nos corredores de muitos abismos
Doendo no coração da gente...
O que te dói nesse momento?
As cenas que encenas?
As máscaras que não caem?
Escolho as mãos que entrelaçam por um caminho mais ameno, compartilhando do mesmo pão
A vida estava com muita pressa, e sem prece...
Persiste na contramão da esperança
Em que a guerra não adveio do ódio dos homens
Aconteceu do misterioso invisível que punge nos arredores da Terra
Unindo os povos em prol da solidariedade
Do mesmo modo, seguem os nossos Des(vela)dos....
Sem o respeito devido, em suas tumbas frias
Aguardando respostas das autoridades...

sábado, 29 de fevereiro de 2020

CONJECTURAS A BEIRA-MAR






A inspiração?

Ela corre por entre as horas claras - as verdes ondas.
Pelos meandros do silêncio gostoso.
Ela vem e se aconchega.

A inspiração está na vida, explodindo em cada canto, implodindo em cada pranto.
Quem conjectura a beira-mar, facilmente distinguirá seus contornos junto ao céu, mar adentro.
A aspiração de oferecer paz e amor sem desejo de troca, sem retribuição, sem nada.
Ela vem chegando de mansinho.

A inspiração faz pressentir que a noite adentro, há alguém marcando uma dura saudade que invade o peito da ausência presente, que pressente um futuro...
Com passado... A lamentar.

Há inspiração na vida, no gesto simples, no sorriso do bom, no olhar do feliz, na tristeza sem cura do triste, na ardência dos olhos molhados, na brisa e na vida daqueles que seguem sozinhos em busca de um porto...

Na inspiração de dias clareando ondas a debruçar no seu soluço, sem nunca ter avistado um mar e o deleite de amar...

Assim, sigo conjecturando a beira-mar...



quinta-feira, 16 de janeiro de 2020

HABITAÇÃO(Gibran)

Vossa casa não será uma âncora,mas um mastro.
Não será uma fita reluzente que recobre um ferimento,
mas uma pálpebra que protege o olho.
Não dobrareis as asas para poder atravessar as portas,
nem curvareis a cabeça para não bater nos tetos,
nem retereis vossa respiração para não sacudir
e abalar as paredes.
Não morareis em tumbas feitas pelos mortos para os vivos.
E apesar de ser a magnificência e esplendor,
vossa casa não conterá vosso segredo nem abrigará
vossa nostalgia.
Pois aquilo que é ilimitado em vós,mora no castelo do céu,
cuja porta é a bruma da aurora e cujas janelas são os
cânticos e os silêncios da noite.

terça-feira, 7 de janeiro de 2020

DESEJO...


Desejo ,  que o tempo pare
Sem a pressa de correr
Desejo ,  que a vida pulse
No compasso do amor-paixão
Desejo ,  que teus olhos
Sigam os meus
Desejo ,  que tua boca
Beije a minha
Desejo ,  que tuas mãos
Brinquem de tatear desejos
Desejo , você
Sem pressa , te expressa
Desejo ,  que no atrito
Nossos corpos queimem
Desejo , um cansaço
Sem corrida
Desejo , um açoite
Sem chicote
Desejo que a poesia
Durma e acorde, no meu colo
Desejo , que impulsiona à vida
Vestida de presença
Transformando linhas em prosa.
Desejo...