Ela corre por
entre as horas claras - as verdes ondas.
Pelos meandros do silêncio gostoso.
Ela vem e se aconchega.
Pelos meandros do silêncio gostoso.
Ela vem e se aconchega.
A inspiração está na vida, explodindo em cada canto, implodindo em cada pranto.
Quem conjectura a beira-mar, facilmente distinguirá seus contornos junto ao céu, mar adentro.
A aspiração de oferecer paz e amor sem desejo de troca, sem retribuição, sem nada.
Ela vem chegando de mansinho.
A inspiração faz pressentir que a noite adentro, há alguém marcando uma dura saudade que invade o peito da ausência presente, que pressente um futuro...
Com
passado... A lamentar.
Há inspiração
na vida, no gesto simples, no sorriso do bom, no olhar do feliz, na tristeza
sem cura do triste, na ardência dos olhos molhados, na brisa e na vida daqueles
que seguem sozinhos em busca de um porto...
Na inspiração
de dias clareando ondas a debruçar no seu soluço, sem nunca ter avistado um mar e
o deleite de amar...
Assim, sigo
conjecturando a beira-mar...