Não será uma fita reluzente que recobre um ferimento,
mas uma pálpebra que protege o olho.
Não dobrareis as asas para poder atravessar as portas,
nem curvareis a cabeça para não bater nos tetos,
nem retereis vossa respiração para não sacudir
e abalar as paredes.
Não morareis em tumbas feitas pelos mortos para os vivos.
E apesar de ser a magnificência e esplendor,
vossa casa não conterá vosso segredo nem abrigará
vossa nostalgia.
Pois aquilo que é ilimitado em vós,mora no castelo do céu,
cuja porta é a bruma da aurora e cujas janelas são os
cânticos e os silêncios da noite.