Minha dor é enxergar o mundo do avesso
Sem lados, sem roteiros...
Um arcabouço de pergaminhos, sem caminhos...
Certos?
Incertos?
São percalços de um passo de longas estradas sem destinos...
Um normal, anormal, sem o bem que o sustente
Um par de luvas que não cabem em mãos vazias e sem dedos...
Apontados um para o outro, sem limites da tolerância
Conviver diariamente com mentes manipuladoras
Um verdadeiro penhasco e desfiladeiro para o mundo inteiro
Doentio, sem ar, sem integridade e amor...
Desintegra aos poucos em desertos e sem estações definidas
Um porão no escuro, acumulando pó entre as paredes de bolor
Transição...
De(composição)....
Com(posição) de canções
Re(virando) as emoções escondidas no peito
Um novo jeito de sentir a vida
Entre as vidraças cobertas por telhados de vidros...
Escorrendo suas lágrimas nas calhas internas
Com sorrisos em disfarce de uma nova era
Que já era.