Será acertado receber um amor mutilado quando, nos refolhos d’alma, há uma angústia a ser desanuviada?
A melhor solução será a fuga, quando se teve provas cabais da evidência do amor e a gente queria um amor integral e obteve apenas fragmentos descontínuos.
Teremos mitigado esta sede interior de alcançar a unidade, exatamente no dia em que tudo terminou?
Ou esse final é o início de uma nova fase, que se expandirá para o além do horizonte, para além do momento anti-lógico.
Valerá à pena a gente sair de si e integrar-se, sem guardar no âmago do ser, nos recônditos d’alma,uma reserva de coragem para o instante da mente psicose irremediável?
Saberá ele que, em cada carícia arrepiante de mão que não vivemos há uma ressurreição em potencial?
Compreendê-lo-á que, em cada beijo não construído, nos interpenetramos tanto, que sentimos presente a transmissão da seiva motriz necessária para transpor a solidão – desespero?
É possível nos braços de ontem que não tem mais calor porque não são trocados e, nos de hoje (que não tem mais energia porque não são vividos) comunicarem-se nossas almas?
Será válido tentar de novo, se enquanto tudo cresce e a vida escapa, o homem vai superando, antecipadamente o clima desolador que resulta depois das tempestades?
Se o homem continuadamente sem ar místico interior, sempre se prepara para sofrer com a dúvida seguinte, é justo pretender amealhar o amor plenitude?É?É?É?