Ao fenômeno acústico da noite, volitei entre os arbustos livres e desembaraçada
do corpo.
Tudo a minha volta era uma paz infinita de beleza inconfundível. O
som do mar e o bater de suas ondas, impulsionando para um bailar com as gaivotas
suspensas no ar.
Ansiava entre as nuvens e via do alto as pequenas e
cintilantes cidades, umas agitadas e outras na calmaria sem vento.
Somente a brisa
empurrando a cortina de leve por suas janelas entreabertas nas casas de portas
abertas. Outras casas vários cadeados entre os portões qual prisão ou gaiolas.
Surge um cheiro bom que exalava ao longe vindo de uma chaminé de uma choupana,
meu olfato degustou goles de aroma forte e encorpado do delicioso café.
Viajei
mais um pouco e o cansaço não fazia parte daquele momento, atrelada aos
encantos corria por entre as flores e as fragrâncias perfumavam minha alma.
Parecia ter saído de um banho de flores em momentos de relaxamento.
Almejava
ter mais pessoas que pudessem alar e sentir os episódios do alto e entender a
dimensão e a pequenez do que somos.
Quais grãos de areia que não suporta um
vendaval direcionado empurrando os sonhos e tudo sendo deixando de lado.
Os
sentimentos começaram a pulsar e mostrar que somos fagulhas saltitantes em
pequenos povoados sem fim...
Não me despedi daquele momento, sabendo existir
outros quando a mente relaxa imagina uma pulsação na forma de energia e se
solta feito esferas ao ar livre, coloridos ou de uma só cor na espera de um
único objetivo, entender que vamos além todos os dias...
Porém, a simplicidade
de cada momento só será sentida se deixarmos a bagagem pesada despojando-nos do
supérfluo e admirando o que é raro.
A própria vida, o respirar e todas as
nossas emoções mais íntimas de sentir e dar valor no que realmente nos mostra
as belezas que são dispensadas no corre-corre do dia a dia.
Fotografe os
melhores momentos no coração e nele revele aos que te rodeiam uma amostra de um
sorriso com uma pitada de amor (emoção).