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Quem sou eu

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Sou a simplicidade casada com a verdadeira essência de um ser. Venho de uma família onde todos trazem e trouxeram em suas bagagens um código espiritual único e capaz de transformar palavras em frases complexas e simples, que ampliam horizontes e rompem barreiras. Sou filha do vento, da água, da terra e do fogo. Tenho minhas fases e mudo conforme a Lua. Sou a busca do exato, na medida disforme das coisas que vejo, e minha mente transcreve. Hoje criando este blog, mostrarei o que em gavetas escondia. Beleza, sinceridade, sede de transcrever o que minha alma sente ao se deparar com uma folha e um lápis, pois é desta forma que escrevo. Na simplicidade de um canto qualquer, mas com essência pura dos sensíveis.

sexta-feira, 28 de junho de 2024

Trilho entre os trilhos


Equilibro meus pés nos trilhos 
Descalça entre o vagar e os vagões 
Sou trem sem apitar 
Passando nas estações sem parar 
Das distâncias que distancio 
Caminho entre os trilhos 
Trilho, nas trilhas do amanhã... 
Na curva de um túnel 
No clarão que tem acolá...
Vestido esvoaça na velocidade 
Na brincadeira de ser um maquinista 
Presa aos trilhos velozmente a cantar 
Percorrendo os caminhos desconhecidos 
Nos trilhos trincados dos encantos de amar 
Solto-me com a brisa leve 
Meus cabelos iniciam um bailar 
Entre os trilhos que trilho 
Lavando a alma, com meu chorar







terça-feira, 25 de junho de 2024

Lua Cheia





O luar desperta um encantamento de apreciação plena
A Lua em sua fase cheia desponta alaranjada sobressaltando do horizonte
Os flashes despontam ao alcance da beleza que se descortina
Uns olham da janela ou por entre as cortinas
Os enamorados fazem promessas de terem um quarto sem teto
Fazendo amor a luz da Lua como testemunha
As estrelas velavam o ato consumado num tapete de luzes
Os lençóis cairiam em festa sublimando a Lua
Os beijos seriam refletidos nas paredes
Dos encontros no firmamento de luares presente

Desnudando dois corpos num instante...



sábado, 22 de junho de 2024

SEGREDOS DESNUDOS



Existe versos que nos tocam
Com a mesma intensamente se tivesse boca.
Palavras de ternura, de espera...
De enorme amor, de promessa louca.

Expressões despidas que roçam
Qual a noite que invade meu rosto
Por vezes se recusam
Sem deixar um desgosto

De repente avivadas
Entre vocábulos sem cor
Anunciadas repentinas
Como a inspiração ou o amor.

Palavras que nos conduzem
Aonde a crepúsculo é mais forte
Ao segredo dos amantes
Abraçados sem norte...


VIRTUDES




Chuva cai nos telhados internos que ladrilham meu coração
Inundam submergindo as estantes com gavetas dependuradas nas paredes sobrecarregadas.

Percorrem por todo corpo, enchente de pensamentos interligados entre as águas e o transbordamento de sentimentos.
Comportas rompem-se alastrando todos os cubículos chegando até a alma.
Diluem-se em pequenos nacos para cada ambiente alagado.
Inerte mergulhado nas entranhas de meu corpo
Percebo o rio que corre entre a espinha dorsal qual tinta escorrendo entre as paredes e os poros.
Vibro nas cores e diluo cada cor, pintando e rabiscando os desenhos pendentes na mente.
Sou um acrílico fosco ou cristal em pleno brilho.
Sou caminho inundado ou montanha erguida para prece.
Sou errante ou caminhante...
Sou uma ave a voar baixo e rasante ou uma águia observando o horizonte
Vem à chuva, inundação, coração, alma...
Sem lamaçal, com luz, amor e caridade.
Centelha de vidas que nos corredores da vida, não invadem minhas verdades.
Na convicção de ser uma comporta aberta desaguando minhas virtudes.








quarta-feira, 19 de junho de 2024

BIBLIOTECA


Este livro amarelo que analiso

Repousavam nas estantes de cultura

Quanto tempo perdido foi preciso

Aclara a mesa lúgubre de imbuia

Trazendo do passado velho temas

Galopando no tempo sem regresso.

O tempo arquivo, soberano e mudo

Arquiva a força e a beleza alada

Aprende criatura que recusas tudo:

O tempo só faz velho e nada mais!

Da quietude mortal da biblioteca

A sala está sombria e misteriosa...

Exalam raciocínios ajuizados

Alguma coisa a gente vê

Grossos livros se empilham empoeirados

A luz tênue e indiferente

Guarda Tesouros sabiamente nos livros finos

Grossos, balofos.

Chorando luto e lágrimas de mofo. 

domingo, 16 de junho de 2024

FUSÃO





Os anjos também amam...
Êxtase de encontros nos empíreos perdidos
Intenso na forma e no delinear do próprio desejar
Instalam-se em pequenos jardins do Éden

Libertam dos matinais domínios dos homens

Desfrutam de forma complexa o desejo em fusão com amor
Sentem a sensação de pleno deleite
Homogeneidade transformam as asas na oportuna busca
Com plumagem leve cobre sua amada
Sucumbe no despertar de lábios que se tocam
Despedem-se com uma bela sinfonia...
Permitindo do encontro 
Hospedar-se na paz e na harmonia

POETISA E SEUS SONHOS...


O vento sopra na delicadeza de gestos

Sussurra em um tom de musicalidade

Meus ouvidos aguçam os sentidos

Tateio de leve a brisa que entrepassa entre meus dedos

Saboreio o gosto bom da chuva caindo na areia fina

Cada gota em conta-gotas, benze minha alma

Sinto o cheiro de terra molhada

Espio o arrepio dos corpos molhados

Dançando descalços na chuva

Agasalhando um ao outro

 

No embalo de sonhos...

 

Quanto ao tempo, retiraram os ponteiros dos relógios

Deixam correr entre os rios, mares, cachoeiras, córregos e riachos

Desenham um sorriso de dentro para fora

Desses que despem a alma e deixam cair o véu transparente

O vento rodopiou, fez remoinho

Levou bem para longe e sacudiu nas linhas do Infinito

Tudo tão lindo...

Muito prazer, este é o mundo de uma poetisa...

Orquestra as baladas da vida

Não usa maquiagem, mas sai com coração todo enfeitado

Por onde pisa...

 

 


quinta-feira, 6 de junho de 2024

RESSURREIÇÃO


Ressuscitarei de dentro de mim
Exteriorizando a forma mais plena do amor
Este amor que tem um norte
Direciona o despertar de sentidos
Amores, paixões, fraternidade e irmandade

Ressurreição de abraços
Carinhos espalhados pelos cantos deste mundo
Ressurgindo, revivendo
Momentos e prazeres
Saindo do invólucro da inércia
Atirando-me em voos tão altos
Quanto rasantes
Em direção dos que imploram amor

Ressuscitarei da minha própria ressurreição
Para não cair no esquecimento
De mim mesma e dos que me cercam
Ressurgir não das cinzas
Rompendo a escuridão que venda meus olhos
Enxergando a claridade
De fagulhas saltitantes
Para deixar de ser pequeno
Tornando-me um gigante


Há dores silenciadas ressuscitando todos os dias sem precisar da morte.
Dores nos olhares, pelo desdém de olhos esbranquiçados refletidos no espelho negro d'alma.

quarta-feira, 5 de junho de 2024

JAULA INTERNA

A tua essência está em tudo ou escondida em alguma parte que não mostras?

Está alojada na jaula de teu coração, ou fazendo de tua alma uma prisioneira sem destino?

Quem sabe é um Leão sossegado na espreite de um abate, com fome e sede de sobrevivência nessa selva de pedras cercada de gente...

Ou seria um morcego escondido nas cavernas do cotidiano, mostrando fotos espalhadas pelos cantos sem viver ou sobrevoar o mundo...

Quantos vivem ou sobrevivem desse jeito. 
Sem saber ou descrever que a era da caverna ainda está inserida no contexto de suas rudimentares tralhas, carregando dependuradas na linha tênue que demarca o seu próprio território.

DIVINO ROSEIRAL

Distancie-me sobrevoando os jardins do infinito
Emoções gotejavam no balanço no meu voo solitário
Arqueava minhas asas na imensidão de um horizonte
Aquietando-me no silêncio de noites serenas
Buscando no interior de minhas entranhas
Suspiros esquecidos...
Mãos entrelaçadas...
Sorrisos contagiantes...
Olhos brilhantes...
Amigos distantes...
Retornei aos poucos entre os labirintos
Pairei entre os ninhos, caminhos...
Arrebatamentos longínquos num espaço de tempo interminável
Sobressaltei entre os galhos de um amanhã
Senti a plumagem perfeita, refeita e aromal.
Descansando nos recantos de um divino roseiral...





sábado, 1 de junho de 2024

Lembranças de um picadeiro


A lona ergueu e junto meus sonhos sublimam
Tão alto...
Que do alto avisto os desatinos
A vida de um palhaço
No disfarce desta maquiagem, há vida.
Quem sabe sem sorrisos e gargalhadas
Um projeto de criança que o anfiteatro o fez
Cada instante de alegria o coração impõe
No picadeiro sou outro...
Sem a semelhança do que tento ser
Da timidez ou espirituoso
Da estrada um devaneio
Cada parada, um novo arrebatamento
Na correria de lá para cá...
Meus olhos cansados e fadigados
Soluçam no camarim
Um lamento de emoção
Lembranças da donzela
Da boca com batom carmim