O vento sopra na delicadeza de gestos
Sussurra em um tom de musicalidade
Meus ouvidos aguçam os sentidos
Tateio de leve a brisa que entrepassa entre meus dedos
Saboreio o gosto bom da chuva caindo na areia fina
Cada gota em conta-gotas, benze minha alma
Sinto o cheiro de terra molhada
Espio o arrepio dos corpos molhados
Dançando descalços na chuva
Agasalhando um ao outro
No embalo de sonhos...
Quanto ao tempo, retiraram os ponteiros dos relógios
Deixam correr entre os rios, mares, cachoeiras, córregos e
riachos
Desenham um sorriso de dentro para fora
Desses que despem a alma e deixam cair o véu transparente
O vento rodopiou, fez remoinho
Levou bem para longe e sacudiu nas linhas do Infinito
Tudo tão lindo...
Muito prazer, este é o mundo de uma poetisa...
Orquestra as baladas da vida
Não usa maquiagem, mas sai com coração todo enfeitado
Por onde pisa...