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Quem sou eu

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Sou a simplicidade casada com a verdadeira essência de um ser. Venho de uma família onde todos trazem e trouxeram em suas bagagens um código espiritual único e capaz de transformar palavras em frases complexas e simples, que ampliam horizontes e rompem barreiras. Sou filha do vento, da água, da terra e do fogo. Tenho minhas fases e mudo conforme a Lua. Sou a busca do exato, na medida disforme das coisas que vejo, e minha mente transcreve. Hoje criando este blog, mostrarei o que em gavetas escondia. Beleza, sinceridade, sede de transcrever o que minha alma sente ao se deparar com uma folha e um lápis, pois é desta forma que escrevo. Na simplicidade de um canto qualquer, mas com essência pura dos sensíveis.

quarta-feira, 3 de abril de 2019

A LUTA PELA LEMBRANÇA



Meus pensamentos se foram afastando de mim, porém chegado a uma senda acolhedora dos tumultuosos pesares presentes e me detenho, de olhos fechados, num aroma de distância que eu mesma fui conservando em minha pequena luta contra a vida.
Somente vivi o ontem. O agora tem a desnudez à espera do que deseja, pelo provisório que vai envelhecendo sem amor.
Ontem foi uma árvore de longas romarias, e à sombra estou deitada recordando.
Subitamente, contemplo, surpresa, longas caravanas de caminhantes que, chegados como eu a esta senda, com os olhos adormecidos na lembrança, cantam canções para si mesmo e recordam.
Algo me diz que mudaram para se deterem que falaram para se calarem, que abriram os olhos atônitos ante a festa das estrelas para os fecharem e recordar.
Deitada neste novo caminho com os ávidos olhos enflorados de distância, cuido em vão de deter o rio do tempo que tremula sobre minhas atitudes.
Mas, a água que logro recolher fica aprisionada nos ocultos reservatórios do meu coração, em que amanhã terão de submergir minhas cansadas mãos solitárias.