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Quem sou eu

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Sou a simplicidade casada com a verdadeira essência de um ser. Venho de uma família onde todos trazem e trouxeram em suas bagagens um código espiritual único e capaz de transformar palavras em frases complexas e simples, que ampliam horizontes e rompem barreiras. Sou filha do vento, da água, da terra e do fogo. Tenho minhas fases e mudo conforme a Lua. Sou a busca do exato, na medida disforme das coisas que vejo, e minha mente transcreve. Hoje criando este blog, mostrarei o que em gavetas escondia. Beleza, sinceridade, sede de transcrever o que minha alma sente ao se deparar com uma folha e um lápis, pois é desta forma que escrevo. Na simplicidade de um canto qualquer, mas com essência pura dos sensíveis.

terça-feira, 1 de janeiro de 2019

GRATIDÃO - "É reconhecer que a vida é um presente"


Ontem parei para relembrar, o quanto somos capazes de enfrentar as limitações, doenças que nos amedrontam, seguimos firmes e confiantes e tornamo-nos um gigante.


 Ah! O filme da vida abriu qual cortina de um palco, encenando em pequenos flashes momentos que vivi.

Aos poucos me vi menina no colo de meu pai, do sorriso meigo e do amor de minha mãe, da minha xereta e querida irmã, que cantava ao som de seu violão para curtimos as músicas da época e confidências só nossas.

Sei que o ciclo natural é nascer e morrer, mas quando as perdas são inesperadas e sem marcar os minutos e nem as horas, juntamos tudo que somos e seguimos com um coração apertado. Em nove meses nasce uma criança, e os meus neste lapso de tempo renasceram num jardim de açucenas...

 Dilacera o peito, e rasga a alma em pequenos fragmentos que parecem não mais colarem.

O tempo vai moldando, com a sabedoria de mostrar que quando se viaja... Mudam para outro lugar que na vastidão dos dias abrem luzes que iluminam e nos fortalece na fé e na gratidão.

Revivi momentos tão meus, o nascimento dos filhos, os primeiros passos, as primeiras palavras que anotei: borsboleta (borboleta), longriça (linguiça), manica (máquina), chavedura (fechadura), lindos e amados, um orgulho que tenho de hoje tê-los adultos. Passamos por tantos percalços que faz parte deste contexto vivido. A alegria de ser avó.
Ver que o tempo vai passando, as mudanças interiores acontecendo, na percepção que não devemos nos abater e sim levar cada fase boa ou ruim.

De preferência na bagagem interior, num compartimento que nos deixe olhar e sentir que seguir e não olhar para trás é sempre a forma mais forte de correr na direção dos sonhos, da vida, das belezas que a natureza nos deixa para curtir, das oportunidades que nos chega sem pedir e acima de tudo por ter fé inabalável em Deus. Sustentáculo que enxugam as lágrimas, renovando-me nas orações que faço.

Aprender que o corpo muda com o passar dos tempos, que já tive meus 20, 30, 40 e hoje estou na casa dos 56 anos. Aceitando as modificações que a natureza transforma, por ser assim o natural e sempre imaginei que a Lua é a privilegiada que permanece firme com a gravidade.

A beleza de cada qual, reluz com o brilho que se pode passar e nas gentilezas retribuídas, mesmo quando do outro lado à aspereza habita.

Gratidão de ter amigos que fortalecem os laços que foram unidos desde criança, e também aos que chegaram dizendo que não há tempo de sermos amigos.

Grata por tudo é assim que estou subindo os primeiros degraus sem pressa de chegar ao topo, por que a marcha é lenta e a modificação interior não se dá de um dia para o outro.

Grata por ter aprendido e ainda aprendendo que tudo tem seu curso, uma margem, um lado fundo e um lado raso.

E que podemos aprender sempre, por que a vida é uma Escola sem formaturas...