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Quem sou eu

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Sou a simplicidade casada com a verdadeira essência de um ser. Venho de uma família onde todos trazem e trouxeram em suas bagagens um código espiritual único e capaz de transformar palavras em frases complexas e simples, que ampliam horizontes e rompem barreiras. Sou filha do vento, da água, da terra e do fogo. Tenho minhas fases e mudo conforme a Lua. Sou a busca do exato, na medida disforme das coisas que vejo, e minha mente transcreve. Hoje criando este blog, mostrarei o que em gavetas escondia. Beleza, sinceridade, sede de transcrever o que minha alma sente ao se deparar com uma folha e um lápis, pois é desta forma que escrevo. Na simplicidade de um canto qualquer, mas com essência pura dos sensíveis.

terça-feira, 27 de novembro de 2018

MEMÓRIA INEXATA


No espaço e num tempo
Tão incrível, tão intenso e tão denso.
Construí com tanto desvelo, um esboço de vida.
Percebo que vai afastando o projeto principal e original
Bordado de angústias
Grávido de promessas
Vestido de névoas
Prenhe de luzes
Redondo de mágoas
Intenso de alegrias
A mola propulsora para um futuro melhor
Olhar para trás 
Nada resolve
Nada mais constrói
Nada mais ressurge



sábado, 10 de novembro de 2018

PRESENÇA-FANTASMA



















Com tua presença-fantasma, eu sei que me enganei na ilusão.
Fique sem chão e deixei este sentimento tomar conta de mim, em vão.
Queria me perder no paraíso e que a vida tivesse mais sentido.
Buscando saber, se pensa em mim.
Este tempo assinalado nos calendários.
Desejava saber, se algum dia pensou em mim.
Por quanto tempo durou, lembrando nós dois a sós.
Queria sorrir em acreditar, se tens a capacidade de me amar.
Muitas vezes penso em sorrir, por que já pranteei o mar até esfriar o sol.
Permiti inflamar meu coração, consentindo tua entrada.
Uma busca solitária e de presente a solidão alojada....
Mesmo assim, ainda continuo a falar em ti...




quarta-feira, 31 de outubro de 2018

NÃO QUERO MAIS DECIFRAR ENIGMAS























Vou rasgar este papel amarelado pergaminhos guardados na memoria
Não quero mais decifrar enigmas das coisas que relembro e busco num sentimento de descobertas.
Quero um papel em branco
Escrever minha história no presente
Soltar as gargalhadas que latejam em alegrias
Buscar o certo mesmo que o caminho seja torto
Errando que se aprende
Aprendendo que acertamos
Viajar pela imensidão qual ermitão
Meditar sobre os grandes significados da vida...
Concentrando o meu mundo no agora
Sem pensar no amanhã...
Sou uma eterna busca
Mediante ao que me deram de graça
Meus sentidos aguçam a terceira visão
Bailam e deslizam feito bailarino na ponta dos pés
Formando frases, poemas e versos.
Sou um abstrato na forma que não defino
Sou a plenitude de tudo que escrevo
Sou leitura, pois todo poeta é um pouco de tudo ou pouco do nada...



quarta-feira, 24 de outubro de 2018

NA CELERIDADE DO COTIDIANO...




Os dias que amanhecem e no anoitecer, intuo melhor o ritmo frenético dos carros, o vermelho das sirenes histéricas, alaridos dos noctâmbulos perambulando entre as ruas desertas e chuvosa da minha cidade. 
Paro por alguns segundos e penso, nas crianças famintas, nos velhos abandonados, os hospitais lotados, as doenças no subconsciente clamando por atenção percorrendo cantos sem voz e olhos que não brilham mais. 
Assim, os dias se vão no imaginário tempo, que vai no êxtase em delírios surgindo na percepção da mente sana e insana num lapso qualquer.
 É um pulsar latejante no coração de quem procura abraços de paz, de amor sem cobranças, mãos que afagam e agasalham, alimentos quentes e de um Amor que preencha um cantinho do coração sem pulsação e cor. 
No anonimato, entre as ruas, becos, viadutos, seguem os peregrinos de luz radiante e sorridente sem fazer média na mídia, ou propagar aos cantos sua generosidade acolchoada de caridade. 
Escoltam seu coração, e olham o quanto o sofrimento alheio é padecido, o quanto a fome dos desvalidos bravata de dor, enxerga olhos pasmados ao receber a primeira refeição e ser grato por cada gesto recebido naquela noite, que talvez na outra não esteja... 
Ou estará... 
Pois, poderá ser próximo a refugiar-se nos braços de Deus, sem prece e choro. 
Um corpo que padece dos sofrimentos que sua alma não teve o privilégio de saber qual destino ou via a seguir, por que lá na curva do caminho tinha alguém que o conduziu por ruelas e desertos de areias movediças fazendo experimentar o lamaçal das misérias humanas. 
Julgar não faz parte do contexto, nas angústias que gritam do lado de dentro, há um berro ecoando e ensurdecedor dos sentimentos euforia, elevo uma prece pedindo misericórdia aos desvalidos.


terça-feira, 23 de outubro de 2018

O POETA É





Essência sublime
No ápice do mundo
Emoções afloradas
Sentimentos sentidos
Ouvidos
Murmurados

Sofre por amor
Procura
Encontra
Se perde
Enlouquece

Metamorfose...

Rompe seu casulo
Sai em pleno voo
Borboleta colorida
Viajante de sonhos
Repousa na poesia

O poeta é.
Inspiração
Angústia
Solidão
Liberdade
Conflito
Soltando seu grito
Na imensidão
Do seu coração

quarta-feira, 19 de setembro de 2018

DESPINDO A ALMA




Aos poucos vou despindo a alma
Libertando-a das aflições
Cai o véu das lembranças
Flutuam momentos íntimos
Delicadas mãos que afagaram
Despindo e vestindo-se de Amor
Desnuda envolta entre o laço carnal
Dispensa os aplausos de seu monólogo
Despindo a alma de rancores
Sai à procura de outros valores
Sabores que degustam em delírios
Latejam na carne a nudez de seu avesso
Contorcendo em reviravoltas, de voltas...
Prisioneira na túnica humana
Retornando do striptease dos anseios
Aconchega no corpo casario
Na sutil leveza de um sono profundo
Liberta e presa pelos condões do Universo...

sábado, 8 de setembro de 2018

EVOLUÇÃO



A paisagem vestida de sol com nuvens que adornam em pequenos flocos a pairar com a brisa que sopra de leve.
Percebo as cores tingidas com diversos matizes pinceladas pelo Universo.
Detalhes tão perfeitos, exatos que não há o que ter dúvida de tal perfeição e do seu Arquiteto.
Conseguiu colocar em cada lugar um ponto de interesse ao ser humano.
Fez o mar, as matas, os campos, as montanhas, os rios, cachoeiras, calor, vento, neve, frio...
Criou as estações para que o ano não se tornasse monótono.
Sabendo que não iria agradar a todos, fez de cada estação um ponto de equilíbrio entre o homem e a natureza.
Somos um pouco de cada estação, com suas paisagens e seus contrastes.
Para podermos sair desta monotonia e não deixarmos findar num monologo.
Somos peças de teatro neste contexto de atos, figurantes diversos para podermos recriar a nós mesmos.
Assim sendo, formaremos os laços e as lições que sempre estamos aprendendo e reciclando.
Para que a nossa natureza permaneça com cores avivadas, usando as primárias e secundárias.
Deixando a tela da vida com a esperança que a natureza há transformações e que no homem não seria diferente.

Evolução.

sábado, 1 de setembro de 2018

PRISIONEIRA


























Vesti minha túnica humana
Fiquei prisioneira
Do mundo feito de enganos
Onde canto e me exalto
Tu que nunca reparas
Nem sabes que sou alma rara

Sei que me medes
Pesas-me
Observas-me
Destilas
Revolto-me
Fujo e entristeço.

Crio asas
Voo no silêncio
Como a abelha
De flor em flor,

Fabricando mel sem colmeia...

Nasci livre, como o vento.
Eu quero
Apesar da minha idade
Que este amor sufocado
Ainda se expanda.

Dentro da minha ternura,
Nestes instantes
De beleza calma
Presa neste amor confuso
Meu ser se transfigura.

Por que sinto
Que o amor é luz
A mais alta
Manifestação do Ser.


Camerata Florianópolis Especial Beatles - Yesterday






NÃO ME PERDI DE TUDO


Não me perdi de tudo
Restava em mim no murmúrio
Na prece, como se fosses
O murmúrio e a prece

Só me perdi de tudo
Porque artificialmente
Encontrei-me
Nos braços do sonho
Não havia caminho
Mais fácil de percorrer
Que o teu segredo

quinta-feira, 23 de agosto de 2018

BIOGRAFIAS DESCONHECIDAS...



Sou mendiga de carinho aos desvalidos
Solidariedade com amor dividido
Na presença dos grandes amigos          
Não os escolhos por aparências e sim pela essência
Percebendo uns deprimidos...
Outros humilhados...
Num desprezo...
Sentindo o dissabor da vida
Optam os espaços mais úmidos e sombrios
Escondendo-se da insensatez e dos desatinos
Adotam andar de um lado para o outro
Sem perguntar as horas, o dia, o ano ou o mês.
Seguem na esperança de ter acalento
Uns choram, contam suas biografias.
Pequenos borrões em folhas sem tinteiro
Percebem que o tempo está perdido
Em seus delírios
 Não creem num suposto envolvimento com o amor.
Não mencionam para não aumentar a dor
Seus apelos se esvaem junto dos sonhos
Restritos a um beco sem luz
Espaços vazios de vidas inacabadas
Pintura sem moldura
Artistas no anonimato
Na página do mundo mais um retrato...
Biografia desconhecida...

Créditos da foto - Sandra Helena Queiróz Silva


sexta-feira, 27 de julho de 2018

ABRASA-ME



Abrasa-me
Envolta em teus lábios
Ferve a seiva
Do beijo ardente
Lateja a alma
Escalda o corpo
Supera
A espera

Abrasa-me
Teu abraço
Caloroso
Os corpos ardentes
Ranger de dentes
Entre nós
Os lençóis
Em chama
Sussurro
Você me ama?

Abrasa-me
Eu te amo
Um amor
Tão intenso
Sou vulcão
Transbordo
Minha lava
No teu corpo
Em brasa

CANDURA


Coberta de pensamentos
 Vem o fascínio de desvendar
Abrangente de mudanças em seu corpo
Toques dados em acanhados acenos aos desejos
Descobre o olhar de cobiça
Confabulando o primeiro encontro para o êxtase de amar
Complexidade de ser, entender e se doar.
Os sonhos saltitam em pensamentos tirando os pés do chão
Olhando a singela flor a germinar
Retratando o seu próprio desabrochar
Nos segredos que guarda e espera
Junção de corpos ente os enamorados
Livra-se de seus tormentos
 Aplaude o dia para o esplendor do Amor...
Guardando em segredos o que foi ser menina
Conhecendo o significado de ser mulher...





sábado, 14 de julho de 2018

CONTRA (MÃO) DO CORAÇÃO – Em Dueto - Mauricio dos Santos Baptista e Sandra Helena Queiróz Silva




Não perdemos ninguém / Somo transitórios
Apenas nós perdemos / Um momento a mais
Quando a gente se encontra ... / Submerge no avesso de nós mesmos
Descobrimos que a felicidade está em nosso interior / Aquietada...
Somos tão vulneráveis /Ao ponto de chegar no aconchego da solidão
As percas e despedidas / Deixando saudade ...
Mesmo sabendo que nada é eterno... / Devaneio no teu olhar distante...
A vida segue / Passo a passo, num compasso frenético
Tendo o mesmo significado / Quando me encontrei nos teus braços
Porque eu estaria fora dos teus pensamentos /São neles que me alinho
Apenas, por não estar fora de tuas vistas? / Dormes comigo envolvida de carinho...

terça-feira, 3 de julho de 2018

HIPNOSE



Um desejo invade meu olhar
Contemplar sem maldade
Apreciar somente tua beleza
Olhar nos teus olhos
Feito hipnose

Passa ao longe um navio
No horizonte a navegar
Leva-me contigo
Buscarei este olhar
Quero nele me perder
Sem saber no que vai dar

Deixe-me ao menos admirar
Seus olhos
Feito contas de colar
Entrelaças
No meu corpo
Serei tua
Vêm - me amar

domingo, 24 de junho de 2018

Leo Rojas - Der einsame Hirte


SÁBIO POETA


Suas escritas repassam singelas formas
Admirável é o poeta
O abstrato transforma em vida.
Rompe o sol, descortinando paisagens.
Seus olhos refletem luz
Sabedoria de vidas
Explicações para dores...
Saudades...
Lembranças diversas...
Surge o passado abraçado ao presente
Prevê um futuro incerto
Com palavras adocicadas
Olhar audacioso e pretensioso
Que só ele sabe fazer
Sábio poeta
De luares sem luar
De amor sem pessoa
De tristeza sem coração
De alegria nunca vista
Mas, de sabedoria escolhida.
Acolhida por quem o lê
Decifrada e entendida
Que na mente de um poeta
Brota e nasce
Mil formas de ser...



quinta-feira, 21 de junho de 2018

SONHO



Neste sonho vou roubá-lo
Levá-lo há um mergulho profundo.
Será um sonho mesclado
Misturando corpos, desejos e anseios.
Bailaremos num ritmo frenético
Nossos corpos encostados , vibrarão com a música
Embriagando nossos corpos suados
A deslizar mãos e os lábios
Entrelaçando até a alma
Faz emudecer o impuro desejo.
Sonharemos juntos, para não frustrarmos nenhum de nós.
Vibraremos no mesmo acorde
Para quando eu acordar lembrar-me da música
Do ritmo, da embriaguez de beber teu suor de prazer.
Irás partir do meu sonho e quando a realidade voltar no tempo.
Serei tua da mesma forma.


segunda-feira, 18 de junho de 2018

CONFISSÃO


O frescor da manhã
Seduz meu olhar
Neste vasto caminho
De flores desabrochando
Um amor perdido no infinito...
Descrito e confinado no meu peito
Vislumbro ao longe...
Teu semblante, tão presente
Hoje ausente.
É a saudade que arde
A pele que arrepia
A boca que suspira
O corpo que tremia
Teus braços erguiam
Em seu colo
Aconchegava...
Retirando, esta saudade que doía...

segunda-feira, 11 de junho de 2018

FAÇA NOVO CADA AMANHECER


Hoje, quando amanheceu
O novo mundo se instalou em nós e por horas
Por momentos ele trouxe sonhos
Nos fez brincar com o tempo
Tirou gênios da garrafa
Trancou bruxas no calabouço
Nos fez melhores
Não deixe perder o encanto, não deixe
Corra atrás dessa magia, convide-a para morar contigo
Terás paz sempre
Ser amado é praticamente maravilhar-se com o fato
De estar vivo e não passar correndo pela vida
É deter-se não só diante do amanhecer de todos os dias
Mas de cada aurora que nos é dada esperar e desfrutar
Ser amado é entender que o amanhecer
De hoje nos encontrou em glória
Em
alegria
Em comunhão.
Em êxtase.
Em
outras palavras
Estar amando é abrir-se para as infinitas
Possibilidades que a vida nos proporciona
Não recusar sob qualquer pretexto
A vivência de cada uma delas
É nascer e morrer num mesmo dia
E de novo renascer
Catar cacos
Ficar inteiros
Espatifar-se novamente
Outra vez recomeçar
Refazer
Reconstruir
Ressurgir
Repensar...
Quando você descobrir que estará
Caminhando para o seu desenvolvimento
Completo e a um passo da sua felicidade/paz
Mesmo sabendo consciente
Que o mecanismo do sexo pleno
Ainda está distante
Pois nunca foi revelado
Que tudo isso conduz à unidade
Ela nos confere a plenitude
Quando entendermos este admirável mundo novo
Faremos do nosso próprio tempo de viver,
Um único a cada novo amanhecer.


segunda-feira, 4 de junho de 2018

Marina Lima Acústico MTV - Fullgás


SEDUTOR


Vens de qual brisa a perfumar minhas noites
Homem com jeito de menino
Entreolhas pelo canto dos olhos radiantes
Insinuação de balanços de um corpo escultural
Seduz na linguagem simples e marcante
Esconde a ternura nos gestos expostos
Tão simples quantos os meus
Volta meu lindo sedutor
Não abandones meus pensamentos
Tua visão embaça meus olhos cansados
Sonolento a te procurar
Sedução veneradora
No monólogo que só vivencio o que quero
Divagando
Em espaços vazios

Desaguando nos rios...





VENDAVAL DE SURPRESAS



O vento sopra nos jardins da vida.
Ventarola as saudades
Sacode lembranças
Suavemente refresca a mente
Varre as desilusões
Agita o corpo em ventanias de paixão
Devasta o coração com amor furacão
Forma ciclones em sintonia com a monotonia
Vem vento sussurra em meus ouvidos
Canta uma canção
Bailando com meus sentidos
Areja minha alma
Com o Frescor da brisa leve
Quero adormecer na relva
Acompanhada deste vento
Assoprando de leve as árvores
No luar esbanjo alegria
Em plena euforia
Amanheceria...

sábado, 2 de junho de 2018

DEVANEIO



Vento...
Amplidão...
Presença constante do mar
O sol amarelo-ouro
Vestido de dourado velho é um cenário de todas as cores
Ampliando o horizonte distante
Eterno tema, lugar-comum
Devanear é sonhar
Recordar sem nostalgia
Sentir uma nova força interior
Vocação para o silêncio
Transcendência para vários astros e estrelas no tocante à qualidade mística.
Dando margem a uma reflexão sobre a transformação interna.
Lanço meu olhar para amplidão
Desvio a vista para as nuvens
Tendo mil formas, que crescem, agora,
Nos cantos do céu azul, no outono...
Prelúdio do inverno que se aproxima
Em devaneio percebo o pensamento esvaindo
Escorrendo pelos cantos dos olhos
Sem procurar e nem mais encontrar

Teus traços rabiscados no reluzir do sol
Vestido de dourado velho escondendo-se entre as montanhas
Olhos fitam seu findar...
Tocando o solo de meu interior
Eclodindo em algum lugar
Fragmentando em outra forma de amor...


Crédito foto - Sandra Helena Queiróz Silva

sexta-feira, 1 de junho de 2018

EI, MOÇO.


Deixa eu tocar teu rosto.
Sentir a suavidade do roçar da tua barba, na minha pele.
Viaja meu cigano, nas margens de minhas encostas, flutuando em desalinho.
Abrolhe no meu caminho, rodopia na minha cintura.
Requebro, diante da beleza dos teus passos, na leveza de tuas palavras, no abraço dos teus braços.
Dá-me o néctar dos teus lábios, vem sussurrar no meu ouvido.
Quebrando meu telhado, que não é de vidro.

Ei, moço. Deixa teu suor gotejar no meu corpo.
Peregrinar por curvas indefinidas e perder-se nos labirintos do prazer.
Traz de longe, o mar para nos banhar, o luar prateando teus olhos, reflexos dos meus na miragem de um farol ao longe.
Voa comigo, além do horizonte e valsaremos no arco-íris com o marulhar das ondas quebrando na areia.

Ei, moço. Acorda os desejos que latejam aqui dentro.
Derruba as paredes de ferro, que cercam meu coração.
Faça sua morada, eu enamorada.
Por todos os encantos, teus...
Penetra na minha alma, e aspira esta solidão.

Ei, moço. Tua presença é minha inspiração.
Desalinha meus cabelos, pensamentos e meu íntimo.
Intermináveis são tuas andanças, ao vento teu lenço amarrado ao lado
Argola de ouro, um violino vibrando nos acordes do infinito...
Presença que transmuta no despertar de um novo dia...





segunda-feira, 28 de maio de 2018

FLUTUANDO NO TEU OLHAR


Nos teus olhos
Sinto a profundidade d’alma
São neles que desejo o mesmo desejo
Deste que olha e me consola
Nas noites sem luar

Semi nua me sinto
Flutuando nos teus olhos
Navio navega em sentimentos
Deste marujo amante
Hipnotizando-me sutilmente

Na viagem do êxtase
Em delírios flutuantes
São teus olhos fixados aos meus
São os meus fixados aos teus
Seguimos um desejo do corpo
Na fala dos sentidos
Monitorando o desejo e sucumbindo
Meu libido

Estes olhos que flutuo
São os teus
Bem sei dos olhares trocados
Instantes únicos observados
Sem falar, simplesmente olhando
Desta forma que flutuo ,em teu olhar
Será mera coincidência?
Ou já flutuei
Em algum outro lugar...


sábado, 19 de maio de 2018

SUBLIME TEMPO


Quero sempre ter a capacidade de amar
Viver plenamente os momentos
Renascer de situações já vividas
Ah! Este sublime tempo
Que aconchega o vazio d'alma
Na amplidão dos sentidos
Quero sempre ser capaz
De não contar os minutos,
Simplesmente vivê-los

Não pedir...
Para tempo...

Quero deixar fluir os anos
Na rapidez de um cometa
Agradecer por tudo e muito mais
Esquecer as arranhaduras
Enxergar o sublime, a fé
Esperança, de estar aqui...

Meditando em harmonia e sintonia
Firmadas na própria existência
Ressurgir de tempestades
A bonança instalando-se aos poucos
Aparece um lindo arco íris
Sou sobrevivente do passado
Dos momentos intermináveis
Que terminaram, sobrevivi

Porque na vida temos escolhas
E a minha, é crer em Deus.

sábado, 12 de maio de 2018

SENTES FALTA... SINTO TAMBÉM...



Sentes falta...
Sinto também...
Dos caminhos percorridos
Vividos
Entre os lençóis

Sentes calor...
Sinto também...
Um calor devorador
Queima a pele
Arde o desejo
Pulsa o coração
É pura emoção

Sentes falta...
Sinto também...
O mar nos espera
Aumenta suas ondas
Chegando ao seu limite
A procura de nós dois

Sentes falta...
Sinto também...
O desencontro
Tomou rumos
Caminhou sem destino
Num desatino de amor

Será
Que sentes falta...
Por que
Sinto também...




quarta-feira, 2 de maio de 2018

Sonharia tudo outra vez...


Os meus olhos adormeciam aos poucos em pensamentos desalinhados
Adágios permeiam um desejo ou quem sabe uma realidade...
Aos poucos qual névoa a cobrir-me inicia o sonho.
Surge em meu quarto um homem que se instala sem pedir licença.
Entra e arrebata os meus sentidos com um amor sedutor e fugaz.
Nossos olhares se cruzam sem apresentação, toques sutis com uma linguagem de gestos que se comunicam entre si.
Lançamo-nos entre os lençóis seminus, a descoberta sutilmente entremeia entre os verbos soltos e sem pudores ao silêncio de sentir.
Dos delírios ao ápice de todos os momentos, os corpos descansam do êxito de mais um encontro de dois corações que batem uníssono.
A seiva escorre por entre as lágrimas de alegria do ato consumado.
Uma ânsia louca de um querer sem freios, sem receios e não temendo o medo de um benquerer.
Aos poucos o homem vai se esvaindo deixando um perfume amadeirado.
Meus sentidos paralisados do instante relâmpago, procura pelos cantos.
Mas, ele se foi...
As cortinas se agitam, a janela se abre e nas nuvens dissipa-se com o vento que o trouxe e levou...
Para um sono profundo num lugar distante onde vive ou nunca morou...
E quem sabe um dia ele retornará...
Deixando-me sonhar mais uma vez...

sexta-feira, 9 de março de 2018

Hoje eu senti...




Hoje eu senti...

Ser mulher ou menina

Fêmea ou felina

Nos teus braços ser acolhida

Afagada de amor


Hoje eu senti...

Teus olhos fitando os meus

Tuas mãos entrelaçando as minhas

Num bailar de compassos

Que o desejo pedia


Hoje eu senti...

Tua boca murmurar de ternura

Dizendo que eu era só tua

Em cada despertar

Nas noites de Luar


Hoje eu senti...

Que a poesia sobrevive

Dos sonhos de cada poeta

Não deixando os versos morrerem

Sublimando o eterno amor

Das paixões que não se vive...

O RELÓGIO DA VIDA




O tempo esgota-se em pensamentos
Cansaço
Desordenado fica minhas mãos
Busco incessantemente
Inspiração que brotam d’alma
Linhas e entrelinhas
Formando um esboço do que sou

Este tempo tão escasso e precioso
Na busca do sonho
Que surge na realidade
Nas folgas de um tempo
Na trajetória de idéias
Explorando meu íntimo da escrita
Adormecida e sonhando
Caindo no esquecimento
Lembranças vagas expostas
Muitas vezes lidas, outras intactas
Da mesma forma que as deixei

O relógio da vida
Surge como areia movediça
Metade submerge
Outra emergindo
Desta forma é que busco
No íntimo do meu íntimo
O valioso momento de escrever
Fazendo deste momento
Uma fração do tempo
Pegando alguns minutos
Escrevendo este texto,
Deixando o tempo como pretexto.




quinta-feira, 1 de março de 2018

PEREGRINAÇÃO


Sou peregrino de caminhos
Sendas que construo
Moradas diversas
Em planetas secundários
Surjo com a luz e deito-me
Nas brumas de mares profundos

Peregrino pelos montes sagrados
Colinas e abismos
Colocando um feixe de luzes
Nos cantos escuros por onde passo...

Sou peregrino
De peregrinações continuas
Sou à busca da perfeição de espírito
A suave brisa da intuição
Andarilhos de esconderijos temporários
Abrigo de corações feridos
Angustias d’alma
Consolo e oração
Sou peregrino
Amigo e irmão


Reeditado. Foi uma inspiração e desta poesia se fez um dueto.