Vou rasgar este papel amarelado pergaminhos guardados na memoria
Não
quero mais decifrar enigmas das coisas que relembro e busco num sentimento de descobertas.
Quero
um papel em branco
Escrever
minha história no presente
Soltar
as gargalhadas que latejam em alegrias
Buscar
o certo mesmo que o caminho seja torto
Errando
que se aprende
Aprendendo
que acertamos
Viajar
pela imensidão qual ermitão
Meditar
sobre os grandes significados da vida...
Concentrando
o meu mundo no agora
Sem
pensar no amanhã...
Sou
uma eterna busca
Mediante
ao que me deram de graça
Meus
sentidos aguçam a terceira visão
Bailam
e deslizam feito bailarino na ponta dos pés
Formando
frases, poemas e versos.
Sou
um abstrato na forma que não defino
Sou
a plenitude de tudo que escrevo
Sou leitura,
pois todo poeta é um pouco de tudo ou pouco do nada...