Há espaços no
coração que sufoca a alma.
Aperta qual
limão espremido para um suco
São alhures
de coisas guardadas e rememoradas
Um baú de
inutilidades guardadas
Com a única
finalidade
Trazer um
aperto de nó de gravata
No soluço que
não vem, na palavra que sufoca
Na garganta
que aperta
No sossego,
desassossegado
Na distância,
não distanciada
No olhar vago
e ao mesmo tempo sereno
Não serena,
nem fulgura
São os
espaços que são preenchidos de nada ou tudo...
Complementaridade
que somos um ser inacabado
Rascunhamos
um esboço de nós mesmo
Projetando no
outro nossos espaços d’alma
Não haverá
ninguém que o acalente
Será nossos
braços de acolhimento interior
Trazendo de
volta ao conforto do ventre, sem ter mãe...
É um romper
do ontem com a vivência do hoje
Para quem
sabe, acolá...
Novos espaços
transmutem, sem apertar tanto a alma...
Trazendo uma
paz interior indecifrável no nosso ir...
Nos caminhos
que andarilhemos no por vir...