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Quem sou eu

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Sou a simplicidade casada com a verdadeira essência de um ser. Venho de uma família onde todos trazem e trouxeram em suas bagagens um código espiritual único e capaz de transformar palavras em frases complexas e simples, que ampliam horizontes e rompem barreiras. Sou filha do vento, da água, da terra e do fogo. Tenho minhas fases e mudo conforme a Lua. Sou a busca do exato, na medida disforme das coisas que vejo, e minha mente transcreve. Hoje criando este blog, mostrarei o que em gavetas escondia. Beleza, sinceridade, sede de transcrever o que minha alma sente ao se deparar com uma folha e um lápis, pois é desta forma que escrevo. Na simplicidade de um canto qualquer, mas com essência pura dos sensíveis.

sexta-feira, 10 de dezembro de 2021

O NOVO


 O novo, deriva de uma ânsia de começos e da redescoberta da forma inaugural a se relacionar com tudo.

O novo assusta porque nos conota com o livre e o criativo, é a capacidade de encontrar solução sempre parcial e diferente por enigmas que se repetem.

O novo inquieta porque obriga a acertar, e sim a experimentar.

O novo é mais obscuro, sedutor, assustador e difícil dos caminhos.

O ano não será novo, o dia não é novo.

A natureza não se rege por calendários, criações dos homens.

Cada dia será igual a sempre e a todos.

Seja novo no minuto, reinaugure-se.

 então, cheio de medo e insegurança poderão aspirar a si mesmo, livre o suficiente para enfrentar qualquer prisão, a maior das quais é a realidade.

quinta-feira, 2 de dezembro de 2021

Vestido de Voal



Sinto a música aproximar
Pés soltos e leves a dançar
Inebriada pelo som
Me solto fluindo no salão a bailar
Onde a luz serena e meu corpo rodopia
São os acordes da juventude ensaiando um espetáculo
Na quadra da vida...
Definidos por histórias de cada momento oferecido.
Revejo os que já partiram... 
Os que ainda ficaram...
O vestido de voal esvoaça entre os véus
É o baile da existência...
 Saudosas músicas... 
Belas orquestras...
 Aqui ou no firmamento...
Recordo-me da canção, das pessoas e toda a minha vida...
Numa totalidade geral, sem comprometimentos.


                                                                                                                   

sexta-feira, 15 de outubro de 2021

Baú de Lembranças – Homenagem aos Professores

Debrucei no baú aberto
De olhos espertos
Vasculhei o que tinha por lá
As letrinhas brincavam
Formando uma frase
Meus Queridos Professores
Voltei a ser criança
Olhando o mundo com esperança
Onde o lápis exercia sua função
Aprendizagem
Olhei para trás vislumbrando
Nas linhas que hoje escrevo
Aperfeiçoando o que aprendi
Agradecendo pelo ontem...
Hoje tenho Mestres e Doutor
Nesta caminhada de aprendiz
Para continuar o meu labor.


quarta-feira, 13 de outubro de 2021

OLHOS DE CRIANÇA


Estes teus olhos menininha
Expressam a indignação do mundo
Um olhar que não entende
A atrocidade interminável
De um planeta imundo
Não olhes desta maneira
As pessoas não são iguais
Umas não pensam na realidade
Outras tentam amenizar esta ansiedade
Nos teus olhos radiantes de paz
São eles que determinam a inocência
Perdidas nos olhos dos adultos
Pela miserável ideia que a vida é um combate

Entre as raças diferentes...
Para ver quem é melhor neste mundo

terça-feira, 5 de outubro de 2021

CONFORMISMO


Incansável busca...
Sem noção da distância que entre nós existe
Finaliza o horizonte, os espaços vagam permanecendo tão longe...
Ao mesmo tempo tão perto...
Miragens são vistas de uma janela aberta entre as cortinas
Procurando sem cansar o despertar de um dia que já tivemos
Do amor que nos abrigou em noites frias
Da esperança de um carinho onde não findaram os desejos
Nada foi por acaso... 
Uma forma de encontrar em nós os instantes perdidos
Despedida sem beijo, um olhar vago sem perspectiva de volta.
Uma vaga impressão de possuir e nada mais ter
O sorriso brota nos jardins dentro de mim
Quando germinam as flores que colho no despertar dos amanheceres
Entre as cortinas, o jardim e os perfumes.
Acolho-te em meus pensamentos em desatinos...
Do conformismo sem saber o epílogo de um destino...


segunda-feira, 30 de agosto de 2021

AO TEU ENCONTRO...



Desnudei-me das vicissitudes de querer-te
Olhar nos teus olhos e sentir o teu sorriso
Aquele que brota do teu coração
Mímicas de um querer sem fim...
Soltei-me aos poucos da leveza do que sou
Ao teu encontro...
Senti os pés deslocarem do chão
O sentido torpe de emoção ficou inerte
Então, lembrei-me das tuas mãos.
Deslizando de leve palmo a palmo
O meu corpo seminu
Os teus lábios ao encontro dos meus
Conjecturamos confidências...
Feneceu num momento com a distância...
Debelados são meus dias
Pensamentos em desalinho
Despojando da sensação, de te sentir.
Do amor, sem te amar.
Da saudade, remoída.
Uma dor sofrida...
Pensamentos voltam...
Ajustam-se ao imaginário
De sonhos perdidos ou achados
Escondidos num canto

Na vida de um poeta...

sexta-feira, 20 de agosto de 2021

PRECE, de Fernando Pessoa com Maria Betânia


 REFLEXÃO DO QUE SOMOS, E QUAL O PROPÓSITO DE SERMOS HUMANOS, MAIS HUMANOS, NAS VESTES EMPRESTADAS, EM QUE TEMOS O DEVER DE SER NOSSO GUARDIÃO DE PENSAMENTOS E ATOS CONTÍNUOS, SEMPRE PARA MELHOR EM QUE NA PRECE SOMOS A SINCERIDADE MAIS PLENA DE CHEGARMOS ATÉ OS OLHOS DE DEUS.


SANDRA QUEIRÓZ

POESIA EM MOVIMENTO.


 No(vinho) é meus desejos

Evapor(ando)

Lampejos

Degustação

Da tu aboca

Inebriada

Com teus beijos...

quarta-feira, 11 de agosto de 2021

NÃO DEIXE O CAFÉ ESFRIAR



Luz fraca, uma xícara de café
Silêncio companheiro
Lembranças adoçavam
Meus momentos
Nas mãos sentia o calor
Pequenos goles
Pensamento longe
Precipitando nos cantos
Reflexos de saudade
Longe está... Vai ficar...
Na distância, distancia
O querer encontrar

Abraçar
Na realidade presente
Compartilhar o café quente
Prontinho para tomar
Cheiro de bolo
Derretendo a manteiga
Desta forma relembro
Tardes de frio
Tínhamos horários certos
Café da tarde em família
Hoje o café que saboreio
É requentando
Mal passado

Está quente ou frio
Esperando por goles
Sem sabor
Sem o calor
O café esfriando
Na sala vazia
Relembrando o passado
Insistindo em ficar




sábado, 10 de julho de 2021

VERTENDO D’ALMA


 Olhos nos olhos

Fitamos um caminho

Percorro teu corpo

Sua estrada infinita

Chegamos, ao delírio certo

Deste encanto mágico

Corpos ardem e vibram

 

Nossos lábios tremulam

Palavras desordenadas

Regadas por amor

Vertendo d’alma

São caminhos percorridos

Estado único sentido

 

Sou eu em teu corpo

Entrelaçada em carinho

Teus braços me afagam

Em suspiros deliramos

Somos encaixe feito jogo

Dos caminhos percorridos

 

Dois corpos unidos

Exalamos o êxtase profundo

Deste amor dividido

Vertendo d’alma

Murmúrios do mundo

Pablo Alborán - Perdóname (con Carminho)


sábado, 5 de junho de 2021

Vestida de flores



Hoje me vesti de flores perfumadas e delicadas
Nas linhas que demarcam o ontem e o hoje
Sensação de um viço
Vinha do mar... Respirei o ar puro daquela noite enluarada
Coloquei meu vestido de renda e sai sem destino
Meus pés tocavam a areia alva com as águas a refrescar
O brilho da Lua bailava sobre as ondas com o meu assobiar
Uma canção antiga para quem ama, não a tempo de escutar.
Os olhos apreciavam o céu e contei as estrelas
Luzes foram cobrindo o caminhar com a leveza da minha alegria
Sorriso largo rindo para a vida
Um sorriso que emocionava e lágrimas caíam presenteando um novo dia
Despertar de mãos, coração, pulsação neste mesclar de pura paixão.
O instante dessas andanças calçou o presente... Suspirei num futuro...
Onde os luares terão mais brilho e o céu recheado de estrelas...
Sem pressa... Seguindo o fluxo...





quinta-feira, 3 de junho de 2021

MINHA INSPIRAÇÃO


Seduz em versos qual poeta a recitar em meus ouvidos


Volúpias que abrasam nossos corpos flamejados

Conduzindo os verbos em contextos tão nossos


Que não haverá leitor que decifre o que é nosso amor


São prosas de horas a declarar-se em tons suaves


Naturalidade de linguagem falada que penetra na alma serenada


O tempo nos envolve em esquecimentos


Há em cada ocasião uma apresentação de desejos ardentes


Somos estações que se entremeiam entre o sol, chuva, vento, flores.


Um despertar de sentidos, pressentidos em toda alucinação de se achar.


Envolvendo e acordando a felicidade, fazendo morada no instante que estamos a sós.


Serei tua poetisa em versos e prosas


Serás  encantamento de minha inspiração


Poesia peculiar que habita o coração...


sábado, 22 de maio de 2021

OUÇA


Ouça, é minha voz falando no teu ouvido
Amordaçado em meus pensamentos, clamo por ti
Ouça, a brisa levar meu cheiro e sinta as cortinas esvoaçarem
Sou eu que adentra em teu recinto
Em fúrias de amor

Ouça, quero teu abraço em feitio de laço
Abraça meu corpo e rodopia na cadência
Ouça, dançaremos ao relento
Vestidos de amor, pés descalços no jardim
Deixando os desejos flamejarem
Saltitando entre nós e os colibris

Ouça, a música ainda continua a tocar
Convidando-nos a bailar
Os olhos a fitar
Bocas a beijar
Tempo de nunca mais parar

Ouça, as corredeiras
São águas a desaguar
Ouça, somos o rio e o mar
Em uma só onda a mergulhar



INSANA TEORIA



Hoje refreio dentro de mim o acabrunho de pessoas manipuladoras encarregadas de jogar o negativo assombrando meus passos em desalinhos. Labirínticos corredores de sofreguidão no desespero de uma ruela ou beco no crepúsculo de meus rebentos.

Sorrir não faz parte do conjunto, nem risadas vindas ou idas desta pilha descarregada, não constituindo um transportador de energias. Inconveniente lapso diante da própria vida.

Manipulador de conceitos e juízos como se fosse um manual de instrução desabando dos firmamentos.

Contrariar uma página de seus vade-mécuns é  largar os desejos, as alegrias, os conhecimentos que pouco contém e nada acrescenta em sua escrita imposta. Conviver diante desta insana teoria de dissertações não experimentadas é almejar que devoremos sapos sentindo gosto de chocolate quente em noites de frio.

domingo, 16 de maio de 2021

UM LIVRO... UM FUNERAL...


Um livro vai ser redigido
Nos assoalhos das emoções é erguido
O livro da vida rasga-se diante dos olhos
A cegueira da paixão busca o encontro do eterno afeto
As linhas em branco soltas e presas...
Demarcam o introdutório do que vai ser o embate
Inicia o despertar das palavras com entusiasmo e alegria
No espaço não há vazio... Tudo se completa...
Intervalos vão surgindo entre as dúvidas e aprisionamentos
Nas linhas recheadas de verdades, tornam-se prenhas de angústias.
Invadem os instantes dos tempos que sublimaram o êxtase do amor
Declínios, os brios sentindo os solavancos que o respeito não deixa desabrochar no despertar dos olhares.
Correm duas vidas lado a lado
Sem observar quem está ao lado
O livro segue em capítulos, recapitulando cenas.
Dois corpos entregues às traças e ao bolor do mofo
Um arrisca escapar para não ver o fim nefasto
De uma história que iniciou com flores e aromas
Morrendo no último capítulo entre as coroas de um funeral
Autores desconhecidos... Duas vidas entrelaçadas...
De uma lembrança no memorial...

segunda-feira, 3 de maio de 2021

CORAÇÃO ALADO



O vento de leve acariciava meus cabelos dourados.
Meu coração alado, viajou entre o pôr do sol na visão além dos olhos físicos, pura contemplação da alma com calma.
Plainavam entre os pássaros nas proximidades da colina
Uma profundidade interior avassaladora, me arrebatava entre o mundo que descortinava
Longe das agitações urbanas do vai e vem veloz do passar das horas
Apreciava o belo, direcionando meu pensamento para alguma coisa diferente sem ser superficial
Assim, corria meu coração alado voava no mar de luz e o sol permaneceu em mim.
Percebia a Luz Divina, é ali que a alma pode volitar e ao mesmo tempo onde se desenvolve, olhando, amando e conhecendo quem foi o Criador.
Arquiteto das mais belas pinceladas de perfeição, senti que quando a alma se converte num coração alado, poderá conhecer o que procuro no conhecimento lendo o Livro da Existência.
 Quando desenvolvemos o dom de amar com os olhos da simplicidade, podemos abraçar as coisas intangíveis e compreender a grandeza de estar em constante harmonia com a nossa natureza e a que deixamos de admirar todos os dias.
Meu coração alado, voejou por flores solitárias que são regados pela chuva e regressou sem cansaço das peregrinações que se permitiu num domingo qualquer, ser banhado de luz na compreensão de ver além do que observo e sentir de onde eu venho e retornarei...


sexta-feira, 9 de abril de 2021

CURANDO OS SENTIMENTOS


 Motivar e começar curando os sentimentos.

São intermináveis as lamentações carregadas no âmago d’alma.

Questionáveis de acordo com as pessoas que convivemos, nos meios que circulamos outras que nos afastamos, nos libertaram e partem sem despedidas...

Curar as feridas engavetadas cerradas pela mente inconsciente.

 Abrindo-se em ocasiões que paramos e refletimos o verdadeiro sentido do que somos e o que fazemos por nós.

Ajustes necessários para curar os sentimentos feridos em que cicatrizam pelo tempo ou escondem-se na ilusão de estarem curados. Ouvimos palavras avulsas soltas quais balões de gás soltos em comemorações de festas.

Difícil apalpar o abstrato de sentimentos embolados dentro do peito, sem admitir que possam ser enfermidades de sentimentos e carecem ser curados.

 Amor, sempre é visto como um sofredor, cego com todas as anomalias.

 O verdadeiro Amor é luz, dimensão maior de um querer sem cobiça, fraternal e incondicional aos irmãos que comungam num só propósito, a paz interior de um Amor que vem dos firmamentos.

Os grandes exemplos de Amor nos encantam por seres que habitam ou habitaram o planeta despojado de todas as riquezas terrenas, doando toda forma do que é um Amor incondicional.

Sabemos gostar, desejar e apaixonar-se. Necessitamos de uma elevação para um dia chegar a tocar o Amor que ultrapassa os limites dos horizontes que se perdem de vista...

Quantas distinções infinitas podem ser decifradas, mas, cabe eu resguardá-las pelo fato da pequenez de sermos humanos e não entendermos que para curar os sentimentos, precisamos estar libertos da mesquinhez.

 Estamos num mundo cheio de contrastes e que cada parte desse pedaço é nosso em uma imensa extensão.

Curemos os sentimentos ou não entenderemos o nosso coração...

 Em doação plena para qualquer Irmão, sem distinção

RASANTES SONHOS



Quisera eu
Acordar todos os dias
Embalada por sonhos de amor
Sonhos que invadem meu ser
Rasantes sonhos
Iluminando os cantos d'alma
Refletindo nos olhos da paixão
Levo você
Seguro e preso
No ápice do meu coração
Alçando minhas asas
Queimo em rodeios pelo sol
Voando longe
Permaneço na sublime onda
Dos sentimentos
Aflorados e sonhados
Descansando em algum chão
São nos meus rasantes sonhos
Que vagamos, viajamos
Livres por caminhos sem limites
Nos meus sonhos
A esperança de estar em ti
São pecados de desejos
Aguçados...