Abro
e fecho minhas asas
Santa
ou pecadora...
Despojando
de todos os pudores e amores
Atravessei
o vitral da vida
Precipitando
em cacos coloridos
Deflagram as lembranças de tudo e de todos...
Vitral sublime que transformam os dias em silêncio...
Suavizam
os reflexos que dentro de mim exteriorizei
Calando
diante dos soluços de sofreguidão
São vitrais
pintados e moldurados
Erguidos
em paredes enquadrando o espaço
Rabiscos
azulados da minha intimidade de ser
Reflexos
e respingos que aos poucos
Formaram
os lindos vitrais
De muitos
ais...