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Quem sou eu

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Sou a simplicidade casada com a verdadeira essência de um ser. Venho de uma família onde todos trazem e trouxeram em suas bagagens um código espiritual único e capaz de transformar palavras em frases complexas e simples, que ampliam horizontes e rompem barreiras. Sou filha do vento, da água, da terra e do fogo. Tenho minhas fases e mudo conforme a Lua. Sou a busca do exato, na medida disforme das coisas que vejo, e minha mente transcreve. Hoje criando este blog, mostrarei o que em gavetas escondia. Beleza, sinceridade, sede de transcrever o que minha alma sente ao se deparar com uma folha e um lápis, pois é desta forma que escrevo. Na simplicidade de um canto qualquer, mas com essência pura dos sensíveis.

sexta-feira, 31 de maio de 2024

SACRAMENTADO


No acolhimento das tuas asas
Vim descansar na paz
Anjo sagrado, sacramentado
Ensina-me a adormecer ...
Retirando de mim
A busca do amado
Deixa eu repousar, quieta e sossegada
Com a brisa que vem das Terras dos Serafins
Orquestrando a sinfonia de luz
Arqueadas em tuas asas
Há um ninho recarregável de energias
Refaço os dias e as noites em claro
Sussurrando nos meus sonhos
Os devaneios de ser gente
Aprendiz de sentimentos
Que machucam sem lança
O músculo forte e pulsátil
Muitas vezes  pálido e desvalido...
De um amor que voou...
Sem destino...
Está sacramentado...



quinta-feira, 30 de maio de 2024

CONTRASTES III


De todos os contrastes:
Há o amor e ódio
Há traição e o perdão
O pecado e a remissão
O desespero e a calma

O sexo e a sedução
O pobre e o rico
O gordo e o magro
O faminto e o alimentado

Contrastes que distorcem os olhos
De quem clama por justiça
Que presencia todos os dias
Discórdia
Guerras Urbanas
Policias de campana
Morros lotados
Crianças a mercê
Políticos de mãos dadas
Povo Trabalhador...
Conquistas esparsas
Nepotismo
Fanatismo de um mundo
De contraste
Na visão de um povo sofredor

CONTRASTES II


Nos contrastes
Olhamos o mundo
Em mil faces
Culturas diversas
Misturadas
Concluídas
Inacabadas

Há países
Povos
Cultura
Magia
Paraísos escondidos
Revelados
Procurados

Ruínas do passado
Ruínas de governos
Governo em ruínas
Povo que sofre
Povo que luta
Povo calado
Desta pátria
Mãe gentil
Madrasta vil


CONTRASTES I


Nos contrastes da vida
As cortinas se abrem
Os atores da vida atuam
São contrastes

Há os mudos que falam pelos olhos
Há os surdos que falam por sinais
Há os cegos que enxergam além d’alma
Há os deficientes físicos, locomovem-se feito cometa.

Nestes contrastes
O ritmo da vida
Baila por todos os lugares
Não são apenas contrastes
São sinais
Evidenciando o romper de barreiras
Preconceitos
Lugares a mais

Sem contraste
A vida é vazia
Os olhos não enxergam
Sentem
Acolhe
Ama

Somente nos contrastes
Que conhecemos o outro
Sensibilidade
Garra
Vitórias
Histórias
De muitas vidas...

domingo, 26 de maio de 2024

PAUTA DA VIDA


Não é difícil chegar quando se sabe aonde ir.
Não é fácil compor quando se conhece as linhas limites das notas na pauta da vida.
Aqui neste lar temporário a beira do mar.
Eu só quero...
Beber a mensagem, reerguer a imagem, coragem da vida, nesta viagem de paz, de parada e recolhimento.
Aqui (vez por outra) eu venho para um vasto mergulho interior (é verdade) acaba irritando
O silêncio comprido...
O ócio alongado...
A galopante soltura das horas.
Aqui estou num presente gostoso
Sem passado perdido...
Sem ninguém ser vencido

Sem momento esquecido a lamentar.



sábado, 25 de maio de 2024

A CEGAS....

Sou abelha inquieta a te beijar

Fiz uma colmeia nos teus lábios

Pouso na quietude do teu silêncio

Retirando o néctar do amor

 

Poetas são meros artistas

Interpretam o ilusório

Concebendo vida, momentos, sentimentos...

Um afeto na sutileza da percepção

 

Do voar de uma abelha

Nos jardins a tocar as flores

Do sublime encontro de tua boca

Na fusão de um amor sem limites

Do doce mel retirado da tua essência

 

No ferrão que a dor da perda punge

Do vazio que entre nós permanece

Na insana memória que não tenho...

Somente voo na tua direção

Pronto para roubar um beijo teu...

Aquietar-me em sobrevoos no teu coração...


GENTILEZA


 Um gesto nobre

Plantado em coração insólito

Floresce das mãos que doam

No perfume da gentileza

Do eco que ecoam...

segunda-feira, 20 de maio de 2024

CAVALO ALADO



Em prados e prantos
Galopes compassados
Surge o cavalo alado
Cavalgando em brisa leve
Sua crina macia
Veloz qual o vento
Livre nos espaços verdejantes
Corre e percorre
Caminhos distantes
Descansa em verdes campos
A sombra da velha figueira
Repousa do cansaço
Avante segue desolado
Chora a perda da amada
Galopando sem destino
Soluça enquanto cavalga
Na busca incessante
Para e olha
Enxergando o que procura
O cavalo acelera
Coração dispara
Na chegada um chamego
Deste amor selvagem
Separados pelo homem
O cavalo cria asas
Na busca deste destino
Patas galopando ao chão
Asas abertas de solidão
Em busca de um carinho

sexta-feira, 17 de maio de 2024

TUAS MÃOS



Foi com o toque de tuas mãos

Que senti a maciez e o carinho fugaz.

Debruçado em meu corpo, tal qual um músico ao dedilhar seu instrumento.

Com zelo, audácia, dominando o ritmo e me embalava numa canção em que formamos um dueto.

Os ritmos bem compassados.

No delírio atingia o ápice do mundo... Em goles de euforia...

O artista com sua obra rara.

Sua mão em meu corpo delirava.

Me fiz Mulher ou Escrava...

Sentindo a música em seus acordes sublime e consumados.

Partitura eram as linhas e nossos poros exalavam, as músicas da vida...

segunda-feira, 6 de maio de 2024

O POETA E O VERBO AMAR...


 O amor que a poesia ilustra

O poeta é o figurante do verbo amar

Um dia foi bater à porta do céu

Conversar com Criador

Por favor, Senhor

Tire a venda dos olhos de gente feia

Com aparência de bonita

Abra a porta da felicidade, retirando as lágrimas dos olhos de quem grita

São pequenos sussurros que ecoam do outro lado do mundo

Sente a palidez dos rostos desfigurados

Seria este o amor que o poeta escreve?

Ou a perda de um amado

Fugitivo que se esconde num recanto feito um pássaro alado...

O poeta vislumbra o belo

O amado, o esfomeado, o desesperado, o alucinado...

Sem esquecer que há o luar, sem amar

Há vida, sem sentido

Há repouso, sem sono

Uma lição que vem dos firmamentos...

Em forma de bênção ou de assossego...

O poeta conjuga o verbo amar

Em que ama o abstrato

Sem toques e mágicas

Vem d’alma este Amor

Nas entrelinhas que escreve.

Sente que há amor em cada linha escrita

Um amor perfumado

Que exala entre seus dedos e da própria vida

Este é dom mais sublime que há

Amar, amando o Amor que há de ser eterno...

Nas linhas que o lápis dança a valsa do escritor...

Conjugando o verbo em busca do Amor...

quinta-feira, 2 de maio de 2024

Aguce meus sentidos entorpecidos





Neste instante quero que apagues a luz e deixe tua penumbra formando uma silhueta somente com a luz do abajur.
Aguce meus sentidos entorpecidos de tanto querer. 
Não penses que tudo é encaixe de corpo nu, complemento. 
Sentirei você em meus braços e dançaremos uma música de amor e o corpo vibrará nas emoções... Enxergarás no meu olhar para sentires o que sempre esperei. 
Um tempo que rompeu os elos e em outro tempo soldou. 
Sinto tuas mãos, teu calor, a respiração tão ofegante perturbando os sentidos neste roçar de pernas que dançam o prenúncio do que surgir. 
Inicia um então... 
Ou nada mais que um pulsar de coração.
Sucumbirás diante dos meus apelos eriçando os pelos. 
Um arrepiar que atiça e transforma a silhueta nas formas que quisermos.
Nesta vibrante luz que nos faz dois em um, serei a serenata nas tuas emoções e este amor será canção em minha voz. 
Pois, eu pronunciarei que te desejo e que permaneças em mim eternizada. 
Sem hora de sair ou ir, vem me abraça e deixa o mundo parar por nós, no instante que apagares toda luz. 
Vestiremos a roupa de um vagalume para não nos perdermos no escuro. 
Envolto de nossos delírios as luzes piscarão em lampejos de contentamento. 
Voltaremos de nossos sonhos, sem a silhueta a bailar, sem o corpo arrepiar...