Neste instante quero que
apagues a luz e deixe tua penumbra formando uma silhueta somente com a luz do
abajur.
Aguce meus sentidos entorpecidos de tanto querer.
Não penses que tudo é
encaixe de corpo nu, complemento.
Sentirei você em meus braços e dançaremos uma
música de amor e o corpo vibrará nas emoções... Enxergarás no meu olhar para
sentires o que sempre esperei.
Um tempo que rompeu os elos e em outro tempo
soldou.
Sinto tuas mãos, teu calor, a respiração tão ofegante perturbando os
sentidos neste roçar de pernas que dançam o prenúncio do que surgir.
Inicia um
então...
Ou nada mais que um pulsar de coração.
Sucumbirás diante dos meus
apelos eriçando os pelos.
Um arrepiar que atiça e transforma a silhueta nas
formas que quisermos.
Nesta vibrante luz que nos faz dois em um, serei a
serenata nas tuas emoções e este amor será canção em minha voz.
Pois, eu
pronunciarei que te desejo e que permaneças em mim eternizada.
Sem hora de sair
ou ir, vem me abraça e deixa o mundo parar por nós, no instante que apagares toda
luz.
Vestiremos a roupa de um vagalume para não nos perdermos no escuro.
Envolto de nossos delírios as luzes piscarão em lampejos de contentamento.
Voltaremos de nossos sonhos, sem a silhueta a bailar, sem o corpo arrepiar...