O amor que a poesia ilustra
O poeta é o
figurante do verbo amar
Um dia foi bater
à porta do céu
Conversar com
Criador
Por favor,
Senhor
Tire a venda
dos olhos de gente feia
Com aparência
de bonita
Abra a porta
da felicidade, retirando as lágrimas dos olhos de quem grita
São pequenos sussurros
que ecoam do outro lado do mundo
Sente a
palidez dos rostos desfigurados
Seria este o
amor que o poeta escreve?
Ou a perda de
um amado
Fugitivo que
se esconde num recanto feito um pássaro alado...
O poeta
vislumbra o belo
O amado, o
esfomeado, o desesperado, o alucinado...
Sem esquecer
que há o luar, sem amar
Há vida, sem
sentido
Há repouso,
sem sono
Uma lição que
vem dos firmamentos...
Em forma de bênção
ou de assossego...
O poeta
conjuga o verbo amar
Em que ama o
abstrato
Sem toques e
mágicas
Vem d’alma
este Amor
Nas
entrelinhas que escreve.
Sente que há
amor em cada linha escrita
Um amor
perfumado
Que exala
entre seus dedos e da própria vida
Este é dom
mais sublime que há
Amar, amando
o Amor que há de ser eterno...
Nas linhas
que o lápis dança a valsa do escritor...
Conjugando o verbo
em busca do Amor...