Colocamos na
máquina todos os apetrechos para ir pra trás, para frente e saber o que vem à
frente...
Curiosidades nos deixam a mil, tem tantas e tantas outras
coisas a fazer, mas quando envolve o que deixamos lá num canto esquecido
queremos voltar para pegar.
Têm-se a necessidade ou é plena curiosidade de reviver...
O que é o presente senão um presente do tempo a se viver,
e o que se passa lá na frente... Só o futuro pertence...
Apressados em passos largos fazemos de nosso nos dias, de
nossas horas, um relógio com a corda toda.
Parar e repensar se vale toda a correria e se há cansaço,
permitir-se aproveitar mais, sentir o que não se sente, andar descalços em um
jardim da cidade sem vergonha dos sapatos serem carregados nas mãos.
Abraçar uma árvore
sentir sua energia a troca será um absorver com toda força retirando as nossas
sobrecargas.
Sejamos mais lentos, corremos e o tempo corre junto. Os
anos não limitam e nem atrasam seus relógios.
Dance um compasso que não canse, onde a música embala os
sonhos nos arvoredos que nossos pensamentos criam, formando uma floresta vasta
de encantamentos. Somos unos e desta forma cada qual com seus limites, ou
percalços que não permitem ir além, ou correr atrás. Será uma inércia ou falta
de coragem de mergulhar num mar de ondas gigantes com medo de afogar-se.
Fechar os olhos é cegueira com visão.
Fechar os braços é renegar um abraço.
Fechar as mãos é deixar de socorrer um irmão.
Que no túnel do tempo, a máquina que entraremos nos
transporte ao mundo das gratidões, do afago, do sorriso, do desapego e de todas
as aflições...