De que serve conviver só de aparências
Esquecendo que a essência se perde.
Atolado num
lamaçal de enganos
Necessita de limites para não sufocar o íntimo
Duas vidas exprimidas num argumento rotulado
Trocadas por exterioridades
Objetos espalhados nas residências
Subterfúgio de amostras para uma sociedade
Tudo vai se perdendo onde o troféu é conquistar
Corações endurecidos pelo egoísmo do Ter e Querer...
Abrindo mão do essencial
Avarentos com suas roupas distribuídas nos closes
Adornos invejáveis para a grande disputa
Fotos em páginas de jornal
Aparências misturadas à hipocrisia
Utilizam as cores de um camaleão
Nas vitrines do antagonismo
Perde o encantamento dos nobres sentimentos
Continuando a viver de meras aparências...
Consentindo o coração fragmentar-se em ruínas...