Menina observadora...
Olhava da janela o campo florido
Cogitava mudanças no lar que vivia
Sua vó cultiva um roseiral
O perfume exalava por todos os cantos
Podendo trazer um pouco de alegria
Menina silenciosa...
Pegou uma flor de plástico
Plantou no jardim
E fez menção do plantio
Nesta casa tudo é doentio
Menina ensino...
Estão vendo esta flor de plástico
Nunca terá o perfume das demais
Suas sementes não germinarão, porque não há vida.
Não brotará, nem se abalará com os vendavais.
Menina circunspecta...
Não quero deste convívio
Virar uma flor de plástico
Em um canto sem vida
Reprimida, sem fragrância, no desamparo.
De palavras que não se calam
Reguem-me sou a flor que desejaram
Precisando de amparo