Olhai para trás, não constituis mais um figurante que
caibam nessas lindas vestes.
Teus tesouros e fortunas se dissiparam com o tempo, hoje
somente corrói o que no teu peito sentes que ainda é teu.
Ilusório momento
sem desprendimento.
Títulos e brasões estão presos na parede, pura decoração.
Ser alteza depende da condição de circunstância almejada
em tempos remotos. Hoje os belos vestidos, joias luxuosas e uma admirável
aparência viraram pó.
Uma poeira de alvitres que ficou na amnésia que persiste
em consentir.
Abra teus olhos e entreveja o horizonte, delimitando o
ontem e o agora. São sementes que ainda podes lançar, colhendo em campos
floridos os lírios que ainda podes colher...