O rosto emerge em névoa
e segredo.
Com a testa coroada em outonais fulgores.
Raízes se entrelaçam
no pensar do medo.
Nuvens pairam onde vivem as cores.
A natureza pulsa em cada veia fina.
Na pele que de terra e céu
se faz.
A mente, como a copa, que se inclina.
Guarda a paisagem que a alma traz.
A mão, mosaico de flor e
folha seca.
Toca o lábio em silêncio
para meditar.
No gesto antigo que a verdade cerca.
O
mundo interior se põe a respirar.
É a musa em sono, o
sonho em vigília breve.
O humano e o bosque se unem num só ser.
Aguardando o instante de florescer.
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