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Quem sou eu

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Sou a simplicidade casada com a verdadeira essência de um ser. Venho de uma família onde todos trazem e trouxeram em suas bagagens um código espiritual único e capaz de transformar palavras em frases complexas e simples, que ampliam horizontes e rompem barreiras. Sou filha do vento, da água, da terra e do fogo. Tenho minhas fases e mudo conforme a Lua. Sou a busca do exato, na medida disforme das coisas que vejo, e minha mente transcreve. Hoje criando este blog, mostrarei o que em gavetas escondia. Beleza, sinceridade, sede de transcrever o que minha alma sente ao se deparar com uma folha e um lápis, pois é desta forma que escrevo. Na simplicidade de um canto qualquer, mas com essência pura dos sensíveis.

domingo, 17 de novembro de 2024

POEIRA MENSAGEIRA

Costume antigo de tirar o pó.
Poeira nas coisas concretas e abstratas.
Excesso aglomerado de poeiras que muitas vezes deixamos de limpar.
Poeira mensageira, que devagar empoeira o que pode assentar.
Quanto amores empoeirados, precisando todos os dias ser espanados.
Quanta beleza que vemos e num piscar de olhos, tornam-se pó. Terra que consome o ser e transforma a matéria, misturando com os elementos naturais.
Há tanto pó, em mentes vazias, corações ocos, vidas sem sentido, amores não vividos, rostos pálidos, ventania, correria, cadeira e na canseira.

Há tanto pó.

Tornaram-se poeiras mensageiras, aquelas que escondem verdades, fogem da realidade, da extremidade, não tem finalidade o ato de vivenciar a sua potencialidade, deixando a poeira mensageira, perder seu prazo de validade.

sexta-feira, 8 de novembro de 2024

CLAMORES DE PAIXÃO


Não consegues entender que os meus olhos te buscam
Qual cego tateando o mundo
Estão vendados para não se arrastar nessa falta que pressinto
Tuas mãos percorrendo minhas vontades
Sedenta espera, devorar-te em clamores de paixão.
Saboreia esta cútis a insinuar-se com sentidos torpes
Tomando os teus delírios em uma conjectura de promessas
Improvisando e viajando pelos caminhos do mapa de teu corpo
Desvenda meus olhos para que eu possa visualizar teu semblante
Respiração ofegante, olhos brilhantes e um sorriso de esperança.
Não demora, sou fugitivo dos sentimentos contraídos num recinto abandonado.
Sem espera, um principiante de emoções afloradas...  
Arrepiar de pele.
Me solta das amarras e cubra-me com teus afagos
Deixando-me deleitar dos momentos que no meu sonho sigo a te procurar
Acordando, volto a ser um cego a vagar...


quinta-feira, 7 de novembro de 2024

DIVAGANDO A BEIRA-MAR


No descanso do cotidiano 
Fui buscar um pouco de paz 
Nas brisas puras a beira-mar 
Meus pensamentos pulavam ondas 
Surfava em sonhos que ainda estão por realizar 
Pescava gestos que se perderam num contexto geral 
Mergulhei nas profundezas deste mar tão límpido 
E o céu em contraste reluzia o majestoso sol 
O horizonte apontava luzes 
Que minha retina ofuscava ao ver 
Descortinando a maravilha da natureza 
Respirava um ar tão puro e salutar 
Que somente sinto 
Quando estou a beira-mar

domingo, 3 de novembro de 2024

OBSERVAÇÃO ALÉM-MAR...


Observando de longe, avistei o mar e o horizonte.

Sentei-me em uma pedra e atentamente comecei a fazer uma comparação.

Olhava para o infinito, mas não conseguia definir onde começava e onde terminaria aquela imensidão de águas cristalinas que chamamos de Mar.

Minha imaginação foi muito além e ousada.

Comparei o Mar com Deus.

Imaginei as ondas sua barba branquinha igual a espuma, a cor refletida das águas seus olhos.

No imenso horizonte onde conseguia ver seu começo, porém não conseguia imaginar seu fim.

Igual a eterna vida que um dia vamos atravessar.

Deus nos dá como tira em forma de ensinamento.

O mar o faz também, tanto nos dá como nos tira.

Quantos se perderam por não ter medo da fúria do mar e afogaram-se em suas águas.

Os homens do mar, os pescadores, desbravadores trazem o alimento desse gigantesco mar.

Em suas águas límpidas, profundas e paradas, escondem mistérios perigo e frieza.

Existem pessoas desta forma: misteriosas, frias, profundas, paradas e perigosas.

O mar, o homem e Deus é a conexão mais precisa de observação além do céu e da Terra.


quinta-feira, 31 de outubro de 2024

SUSPIROS DE ALEGRIAS


Complementas meus dias, com tua voz carinhosa.
Gestos que deixam explícito que há Amor
Encantos, que em cantos, canto ao horizonte...
Um encontro de emoções, caminhos que se cruzaram.
Assim somos nós, atrelados num laço.
Num compasso, a música nos acalma.
Lábios que se beijam, corpos dançarinos.
Noites de delírios, enluaradas...
Vidas percorridas, sem destino...
Esbarramos num acaso divino
Presente dos dias que convivo
Na certeza de ser amada e amando também
Incertezas de sentimentos ruíram meu coração
Num tempo de outrora...
Colastes os cacos com teus sentimentos nobres
Homem ou menino deita em meu colo
Nossos dias caminham, os anos passam volitando com o tempo.
O amor nasce, quando abrimos as chagas do peito.
Deixando o outro instalar-se qual ninho de carinho
Restaurando a alma que chorava
Hoje em suspiros de alegrias.







sexta-feira, 25 de outubro de 2024

POESIA CANTADA - Geraldo Azevedo - Dia Branco (Ao Vivo)


 

PENÚRIA


Marcas definidas pelo cansaço
É a penúria transpirando a cada dia
Não deixando faltar o sustento à família
Olhos lagrimejam pelo sofrimento do descaso de ser humilde
Desde o amanhecer ao anoitecer suas mãos calejadas suplicam um pouco de paz
Há sossego em suas noites com o corpo fadigado pelo sol escaldante
Na rede estendida
Batalhando para sobreviver, reza com fé.
Agradece com o coração em lamúrias
Sabendo que lá do alto tem um por que
São vidas que se arrastam na humildade e expiação
Aceitando a realidade dura
Na pele dorida, mãos em feridas, rosto enrugado de agonia.
Expressão de angústia nos olhos
Retratando um semblante cansado da própria vida...



quarta-feira, 23 de outubro de 2024

Nudez

























Desnuda em águas profundas
Pés tocando as profundidades do que sou
Imersa nas conjecturas dos meus ensaios
Meros artistas desdobram-se no tablado
Encenando cada ato
Não há máscaras a serem derrubadas
Quais cercas em solos invadidos
Este é o meu território
Demarcado por inúmeras narrativas
Do poeta ao sarcástico
Do irônico as verdades ditas
Mentiras não faz parte do texto
Não há espaço e nem tempo...
Minha nudez é despida de lucidez
Sem hipocrisia para agradar a maioria
Nem com a estupidez de ferir um coração
Sou a nudez de minha própria alma
Um estandarte na avenida
Que um dia será recolhido
Para quem sabe, um dia deixar.
Saudades com a minha partida...