PAND (E) MIA
Não é gato e nem mia
Furta o sonho da gente
Anda invisivelmente
Nos arredores do Planeta
Afinando os homens da hipocrisia
PAND (E) MIA
Ronda de noite e de dia
Sem som, pelos telhados de vidros
Não são domesticados e deixam marcas profundas
Tirando o sossego da família
Sufocando choro e respiração
Haja coração...
Há vacinas espalhadas por aí...
Aqui amostras grátis, em alguns braços prioritários
Zelo e cuidado com os mais idosos
Enfermeiros entre outros...
Mas, sempre tem o fura fila
Achando que seu braço tem quilate
Por não suportar uma tumba fria
Enquanto, a tartaruga circula o país
Carregando a vacina em conta-gotas
PAND (E) MIA
Corre feito louco
Abraçando quem vê pela frente
Não respeita idade, credo, classe social
Presencia o choro, lágrimas de desespero
Olha também, os que zombam sem acreditar
Que também tombam...
No sepulcro com alguns a rezar
Assim segue a PAND (E) MIA...
Percorrendo caminho...
Sejam nos cultos, festas em família, praias, academia...
O que mais gosta é tolo gritando
Não existe esta tal PAND(E)MIA
Um cuspindo na cara do outro...
Que tudo pode e no final se f...
Levando o resto para o buraco profundo...
Trágica realidade que vivemos
Contando vidas e não números.