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Quem sou eu

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Sou a simplicidade casada com a verdadeira essência de um ser. Venho de uma família onde todos trazem e trouxeram em suas bagagens um código espiritual único e capaz de transformar palavras em frases complexas e simples, que ampliam horizontes e rompem barreiras. Sou filha do vento, da água, da terra e do fogo. Tenho minhas fases e mudo conforme a Lua. Sou a busca do exato, na medida disforme das coisas que vejo, e minha mente transcreve. Hoje criando este blog, mostrarei o que em gavetas escondia. Beleza, sinceridade, sede de transcrever o que minha alma sente ao se deparar com uma folha e um lápis, pois é desta forma que escrevo. Na simplicidade de um canto qualquer, mas com essência pura dos sensíveis.

sábado, 25 de julho de 2020

JÁ ERA...


Minha dor é enxergar o mundo do avesso
Sem lados, sem roteiros...
Um arcabouço de pergaminhos, sem caminhos...
Certos?
Incertos?
São percalços de um passo de longas estradas sem destinos...
Um normal, anormal, sem o bem que o sustente
Um par de luvas que não cabem em mãos vazias e sem dedos...
Apontados um para o outro, sem limites da tolerância
Conviver diariamente com mentes manipuladoras
Um verdadeiro penhasco e desfiladeiro para o mundo inteiro
Doentio, sem ar, sem integridade e amor...
Desintegra aos poucos em desertos e sem estações definidas
Um porão no escuro, acumulando pó entre as paredes de bolor
Transição...
De(composição)....
Com(posição) de canções
Re(virando) as emoções escondidas no peito
Um novo jeito de sentir a vida
Entre as vidraças cobertas por telhados de vidros...
Escorrendo suas lágrimas nas calhas internas
Com sorrisos em disfarce de uma nova era
Que já era.


terça-feira, 14 de julho de 2020

SENTIMENTOS ESQUECIDOS



Têm-se falado tanto em aquecimento global, geleiras derretendo, e a Terra sofrendo suas transformações constantes.
Os seres humanos não estão diferentes, pois o aquecimento de seus corações estão vibrando em acordes esquecendo o verdadeiro calor humano.
Aquele sorriso, gestos simples, educação, senso de humor dosado, carinhos distribuídos sem ser pedidos.
Lembre-se de que os sentimentos esquecidos se instalam feito um galope veloz, sucumbindo dores interiores com seus golpes, ferindo as fibras mais tenras da alma.
Um verdadeiro abate de sentimentos robotizados, em uma era digital em que há um algoz de vaidade e egos inflados entre os sentimentos que não se renovam e caem na futilidade de um vazio explícito. Alguns aprendem a lição, outros insistem em carregar estes sentimentos esquecidos.
Não são diferentes das geleiras que estão derretendo e desprendendo-se da superfície. Estes humanos, são frios,calculista, as vezes cruéis e acham que tem o direito de exigir algo,em troca do fator Poder.
O poder que me refiro é deixar todos os sentimentos aflorarem, porque guardá-los com medo de demonstrá-los, os humanos extinguirão com o Planeta .
Portanto, reflita sobre sentimentos esquecidos, repense nos seus sentimentos mais puros, tal qual a criança quando olha pela primeira o sorriso da sua mãe e seus olhos ficam cheios de luz...
 Vamos banir o gelo, e nos derreter por um sorriso, um abraço ou simplesmente uma palavra de alívio...

FRAGMENTOS


De que serve lamentar o concreto, diferente do abstrato que sonhamos, se o vento quando passa, não marca regresso.
Será acertado receber um amor mutilado quando, nos refolhos d’alma, há uma angústia a ser desanuviada?
A melhor solução será a fuga, quando se teve provas cabais da evidência do amor e a gente queria um amor integral e obteve apenas fragmentos descontínuos.
Teremos mitigado esta sede interior de alcançar a unidade, exatamente no dia em que tudo terminou?
Ou esse final é o início de uma nova fase, que se expandirá para o além do horizonte, para além do momento anti-lógico.
Valerá à pena a gente sair de si e integrar-se, sem guardar no âmago do ser, nos recônditos d’alma,uma reserva de coragem para o instante da mente psicose irremediável?
Saberá ele que, em cada carícia arrepiante de mão que não vivemos há uma ressurreição em potencial?
Compreendê-lo-á que, em cada beijo não construído, nos interpenetramos tanto, que sentimos presente a transmissão da seiva motriz necessária para transpor a solidão – desespero?
É possível nos braços de ontem que não tem mais calor porque não são trocados e, nos de hoje (que não tem mais energia porque não são vividos) comunicarem-se nossas almas?
Será válido tentar de novo, se enquanto tudo cresce e a vida escapa, o homem vai superando, antecipadamente o clima desolador que resulta depois das tempestades?
Se o homem continuadamente sem ar místico interior, sempre se prepara para sofrer com a dúvida seguinte, é justo pretender amealhar o amor plenitude?É?É?É?

segunda-feira, 6 de julho de 2020

NÃO ME OLHES DESTE JEITO...


NESTE OLHAR SOU DESEJO
TÃO LOUCO DE PAIXÃO
 UM VULCÃO EM ERUPÇÃO
NÃO ME OLHES DESTE JEITO...
FICO SEM JEITO
SOU A BRISA LEVE QUE SOPRA TEUS CABELOS
ÉS REFLEXO DOS MEUS PENSAMENTOS EM DESALINHO
SOU O TOQUE PERFUMADO DE CARINHO
ENCONTRANDO EM TI
ESTE SEMBLANTE LINDO
UM RETRATO PINTADO PELA NATUREZA
EXPONDO TODA BELEZA
COM POESIA E SUTILEZA
DE UM OLHAR ESPREITADO
NUM REFLEXO DE ESPLENDOR
NÃO ME OLHES DESTE JEITO...
MINHA MIRAGEM, MEU AMOR...

quinta-feira, 2 de julho de 2020

Fagner, Zé Ramalho - Jura Secreta / Revelação


Maria Bethânia - Odalisca Andróide / Tocando em frente


Charles Aznavour ''Hier Encore"


Ainda ontem, eu tinha vinte anos
Acariciava o tempo e brincava com a vida
Como se brinca com o amor
E vivia à noite
Sem contar com meus dias, que fugiam no tempo
Fiz tantos projetos que ficaram no ar
Alimentei tantas esperanças que bateram asas
Que continuo perdido, sem saber aonde ir
Com os olhos procurando o céu, mas com o coração enterrado
Ainda ontem, eu tinha vinte anos
Desperdiçava o tempo, acreditando detê-lo
E, para retê-lo, e até ultrapassá-lo
Só fiz correr e perdi o fôlego
Ignorando o passado, conjugando no futuro
Começava qualquer conversa por: Eu
E dava minha opinião, que pensava ser a melhor
Para criticar o mundo com desenvoltura
Ainda ontem, eu tinha vinte anos
Mas perdi meu tempo a cometer loucuras
Que não deixam, no fundo, nada de realmente concreto
Além de algumas rugas na testa e medo do tédio
Pois meus amores morreram antes de existir
Meus amigos partiram e não mais voltarão
Por culpa minha, criei o vazio à minha volta
E desperdicei a vida e meus anos de juventude
Do melhor e do pior, descartando o melhor
Imobilizei meus sorrisos e congelei meu pranto
Onde estão agora, agora, meus vinte anos?

CORAÇÃO DO AGRESTE Samarone Lacerda