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Quem sou eu

- Sandra Helena Queiróz Silva
- Sou a simplicidade casada com a verdadeira essência de um ser. Venho de uma família onde todos trazem e trouxeram em suas bagagens um código espiritual único e capaz de transformar palavras em frases complexas e simples, que ampliam horizontes e rompem barreiras. Sou filha do vento, da água, da terra e do fogo. Tenho minhas fases e mudo conforme a Lua. Sou a busca do exato, na medida disforme das coisas que vejo, e minha mente transcreve. Hoje criando este blog, mostrarei o que em gavetas escondia. Beleza, sinceridade, sede de transcrever o que minha alma sente ao se deparar com uma folha e um lápis, pois é desta forma que escrevo. Na simplicidade de um canto qualquer, mas com essência pura dos sensíveis.
sábado, 27 de junho de 2020
sexta-feira, 26 de junho de 2020
Devaneios D’alma
Há momentos que surge a Saudade...
Abre uma porta e uma janela
Debruço na mesma descortinando o que vejo
Cabelos brancos surgem ao vento
Mais além...
Na brisa suave e um céu límpido a voz carinhosa
Escuto ao longe...
Um chamar com alegria, sai em direção na correria.
Um abraço apertado é dado
Os olhos lagrimejam felizes
Os destinos vão se fechando qual ato teatral em um palco
Os figurantes são os mesmos, a roupagem translucida.
Neste momento num lapso temporal
Viajo com eles num campo florido
Onde me despeço e retorno
Da porta que abriu e da janela
Que me debruço...
quarta-feira, 24 de junho de 2020
segunda-feira, 22 de junho de 2020
CORAÇÃO SEM LIMITES
Nada passa a paixão vivenciada na voz dos trovadores, enche de paz e sonhos um coração aprendiz que por medo de te magoar, afastou devagarzinho, mesmo sabendo que os devaneios a beira-mar poderiam gerar os conflitos internos, neste coração sem limites.
A
asa do tempo roçou teus cabelos negros, teus grandes olhos calmos miraram por
um momento o inescrutável Norte...
Eu
queria dar-te ademais dos sonhos e da paixão, tudo o que nunca foi dado por
nenhuma pessoa ao seu amor.
Quisera
dar-te, por exemplo, o instante que me vistes, marcada pela felicidade pela tua
vinda, pois o amor é anterior ao conhecimento.
O
teu amor foi tão cego que se ao contrário fosse, veria, então, em mim, na
transparência de meu peito, a sombra de tua forma anterior a ti mesmo.
Ah!
Pudesse eu dar-te o meu primeiro medo e a minha primeira coragem, o meu
primeiro medo à treva e a minha primeira coragem de enfrentá-lo, e o primeiro
arrepio sentido ao ser tocado de leve pela mão invisível da paixão, do amor
etéreo.
Gostaria
de dar-te, aquela madrugada em que, pela primeira vez, as brancas moléculas do
papel, diante
de mim dilataram-se ante o mistério da poesia subitamente incorporada; dá-la
com tudo que nela havia de silencioso e inefável - o pasmo das estrelas, o
mundo assombro das casas, o murmúrio místico das árvores a se tocarem sob a
Lua.
Longe
está o espaço onde existem os grandes voos e onde a música vibra solta.
O
canto do oceano, a lua prateando toda a imensidão das águas, num sopro de
suspensão e beleza, o vento nordeste em rajadas rápidas beija-me a fronte.
Minha
alma acorda para um grande êxtase sereno.
Fomos
à constelação perdida que caminha largando estrelas.
No
espaço dessas recordações, fui uma testemunha remota, tímida e solitária,
grudada à parede como os líquenes.
Desejo
sem nenhum sentido universal, ligadura primária que é preciso estirar para
sentir-se viva, junto a mais alta janela, no solitário entardecer.
Dono
da minha existência profunda, limito e estendo meu poder sobre as coisas.
Comentar
este passar de coisas é adquirir um tom. Roda-se sobre o plano inclinado de uma
tendência interior e vão aparecendo presenças: o achado sentimental, os
aspectos dilaceradores de partir ou de chegar.
Separei-me
de ti, pela qualidade infinitamente pura de minha afetividade.
No
isolado recanto de minha alma, a poesia, a vida e o amor há muito procurado e
hoje descoberto adquirem uma transparência sagrada.
Entre
os repetidos sintomas místicos, sinto o teu roçar de lenta frequência atuando
em meu redor com domínio infinito. Nas longas caminhadas a beira-mar, tua
ausente presença me acompanha, busca nos elementos da natureza, uma corrente
persistente e vital de claridade e mistério. Cada movimento entre a terra e o
mar era tu que falavas de novo, interminavelmente agitado pelo vento do mundo.
Esta
insigne ternura será para mim uma perpétua lembrança.
Despedi-me
do mar e agradeci pelo espetáculo, ele manteve sua altivez e calou minha
saudade.
Ninguém
se funde a ninguém, nós é que através da ilusão vivemos colados, mas na
realidade não passa - de um elo mágico invisível que liga os afetos e, as
almas. O amor é sempre uma força dirigida para a construção do ideal mais
elevado, mais perfeito, mais digno. A dúvida é realmente a antítese da fé e o
maior destruidor dos bons resultados.
Todo
amor anseia por unidade. Os amantes gostariam de se unir num só, mas como isso
implicaria na destruição de um ou de outro, eles então procuram uma união
conveniente, de modo a viverem juntos, conversarem e participarem dos mesmos
interesses.
Sem
o amor nós nunca nos aperfeiçoaríamos, pois, o amor é o ímpeto para atingir a
perfeição e a realização plena daquilo que possuímos.
No
sentido amplo da palavra, há amor onde há existência. Tem as mesmas dimensões
do ser.
O
amor é uma inclinação ou tendência a procurar unir-se à coisa amada para
aperfeiçoar-se por meio dela.
O
mistério de todo amor é que na verdade ele precede todo o ato de escolha.
A
pessoa escolhe porque ama, não ama porque escolhe.
O
amor que é apenas busca perde-se no egoísmo.
Se
colocado no espírito, cresce com os anos tornando-se mais forte à medida que o
corpo se debilita. Quanto mais ligado for, mais imortal tende a tornar-se.
Aqueles
que substituem uma emoção por outra, nunca chegam a amar verdadeiramente, pois
o Amor
autêntico sabe suportar desenganos e decepções.
quinta-feira, 18 de junho de 2020
ABRIGO CELESTIAL
Dedilhando as teclas, entre os espaços e as linhas que escrevo
Tua presença vai se instalando feito conversa
Dialogamos na intimidade de um silêncio sem ser vazio
Preenchemos as linhas num quedar de afinidade
O tom de cada nota musical a tocar
Vibram nos recônditos de minha alma
Permanecendo em nós por horas
Conexão que volitam formando feixes luminosos
No quarto, a luz tênue adelgaça em proporções
Luzes em cores diversas, o violeta de teus fluídos pairam e brincam entre meus dedos
Fantástico momento entre nós e a Imensidão que nos cobre de ternura
Sinto a brisa que sopras para este embelezamento de pensamentos
Criando um elo e brotando a minha escrita
Ditada ou intuitiva, no sabor de um sopro divino
Instantes de emoção preso ao meu coração
Paramos por um momento e dançamos o despertar
Um dueto onde teu nome fica no anonimato
Presença de outrora, bordados pelos fios invisíveis
Pressentindo e dando sentido aos que irão ler
Tua presença é aconchego que me abriga
Asas que alçam voos em sublimes Pensamentos - Emoção
Tua despedida nunca foi um adeus
Um aceno, pois um dia voltarás a inundar meu ser
Com tua LUZ...
Estou com o zíper aberto
Abri o zíper para enxergar o mundo lá fora
Permanecia presa somente ao meu interior
Intuitivamente fui deixando a claridade de um alvorecer adentrar
O zíper foi arredando dando espaço de sentir o frescor da manhã
Os jardins florindo, os beija-flores de flor em flor.
Sai descalça pisando na terra, apreciando a natureza.
Muitas vezes nos fechamos em copas
Como uma calça que vestimos
Na vida o mundo é diferente, tem que abrir o zíper.
Sem medo dos outros olharem e repararem
Porque esta abertura não tem malícias
Tem o frescor de um dia com suas minúcias.
quarta-feira, 17 de junho de 2020
terça-feira, 16 de junho de 2020
É NO FOCO...
É NO
FOCO
QUE
ENFORCO
O
DESAMINO
É NO
FOCO
QUE
ME ACHO
NÃO
ME PERCO
É NO
FOCO
DA
ATITUDE
CONQUISTADA
É NO
FOCO
QUE
GARANTO
UMA
COLHEITA
É NO
FOCO ...
QUE DESFOCO...
A
DEMÊNCIA
SEM
FOCO
DESLOCO
O
TEMOR
DA
TRISTEZA...
segunda-feira, 1 de junho de 2020
POLÍ E TICO
Polí e Tico são inseparáveis, formaram uma união e colocaram uma aliança perpétua neste casamento. Certo dia, Polí conversando com Tico, desabafou seus medos e receios e lhe fez um pedido. Vamos ter filhos, fazer desta aliança um reluzir aos olhos dos homens. Tico perplexo concordou.
Logo de início tiveram gêmeos, dois meninos. Eram que nem
Caim e Abel, um morria de inveja do outro e suas divergências tornaram-se um
desafeto.
Um deles pendendo para o lado militar consolidou por muito
tempo um lugar de hostilidade e crueldade.
O outro apaziguador lutou junto com vários companheiros
derrubando seu irmão do Poder.
A liberdade de expressão foi tomando parte de mentes que não
podiam opinar publicamente seus pensamentos e dali começou uma aliança de ideias
para fazer com que Polí e Tico tornarem-se dignos da união que tinham. A
empolgação foi tanta, que tiveram vários filhos, a relação começou a
desgastar-se.
Motivo, muitos filhos, nenhum controle desajustando toda a
família de Polí e Tico. Começaram a surgir os comentários maldosos,
comprometimentos, apadrinhamentos, nepotismo, conclusão Polí e Tico ficaram
desacreditados.
Surgiu uma grande oportunidade para que em público Polí e Tico
subissem no palanque de uma praça de uma metrópole, para fazerem um discurso à
altura dos comentários escutados.
Polí iniciou o discurso comentando fatos, realidades e
prometendo fazer dos comentários maldosos um grande desafio de mostrar o seu
valor diante do povo.
Tico, emocionado com suas palavras completou: Não terá cristão
nesta terra que venha desfazer esta união e daqui para frente não seremos mais
separados e sim chamados de POLÍTICO.
Quem sabe, não são estes que conhecemos. Até que gostei da
história, só tem um, porém, não quis sujá-la remexendo em lixo.
Fiz desta união uma paixão ardente, pois escutamos que fazem
tudo por AMOR.
Porque iria contrariar esta opinião...
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