Os olhos refletem a luz dos caminhos escarpados levando ao abismo do encontro nas entranhas encharcadas de lamúrias.
Abrem brechas de sofreguidão no lamento da saudade que se esvai no infinito ou horizonte demarcando uma linha de chegada ou que se finda...
Andarilhos de mãos desgastadas pelo tempo, com as vestes humanas roídas com seus retalhos de sentimentos mal vividos.
São lampejos de sombras em um túnel sem lamparina a procura da luz própria ou preces que sejam proferidas ao acalento de seus corações.
Ultrapassam o som com suas vozes em coro cantando a música da esperança no Universo.
Unidos formam elos formando uma corrente fluídica de pouco brilho que volitam entre os espaços vazios e floridos de arcos irisados espargindo bálsamos salutares.
Um preparo letárgico ao descanso nas esferas interiores de cada alma sofrida e resgatada
Prisioneiros libertos da escuridão no túnel vazio com feixes de luzes a piscar levando-os a Pátria Mãe.