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Quem sou eu

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Sou a simplicidade casada com a verdadeira essência de um ser. Venho de uma família onde todos trazem e trouxeram em suas bagagens um código espiritual único e capaz de transformar palavras em frases complexas e simples, que ampliam horizontes e rompem barreiras. Sou filha do vento, da água, da terra e do fogo. Tenho minhas fases e mudo conforme a Lua. Sou a busca do exato, na medida disforme das coisas que vejo, e minha mente transcreve. Hoje criando este blog, mostrarei o que em gavetas escondia. Beleza, sinceridade, sede de transcrever o que minha alma sente ao se deparar com uma folha e um lápis, pois é desta forma que escrevo. Na simplicidade de um canto qualquer, mas com essência pura dos sensíveis.

quinta-feira, 20 de fevereiro de 2025

ACORDANDO OS SENTIMENTOS




























Desce da colina e vem debruçar no meu solo fértil
Rasga o céu na fúria de uma tempestade
Eletrizando meu corpo com as descarregas do teu relâmpago
Estremecendo e debulhando minhas folhas sem vida
São os condões que nos unem
Desatando os nós e penetrando em nossas raízes
Contorna meu corpo, uma flor-primaveril
Esperança de uma noite liberta e sutil
Abriga nas folhas de teu corpo, o meu coração
Floresceremos na bonança de uma Alvorada
Bordando o mar enfeitado num arco-íris
Navegaremos entre os espaços
Os vão de nossos poros
Entrelaçados nos matizes inundados de luz
Entregue na vastidão de um amor reprimido
Enraizados, lado a lado
Formando uma vegetação divina...
Na limpidez de um lago...

sexta-feira, 7 de fevereiro de 2025

CONFIDÊNCIAS A DRUMMOND - REEDITADO

“No meio do caminho tinha uma pedra
Tinha uma pedra no meio do caminho”.

Não julgue meu caminho por ter uma pedra

Peguei um atalho no desatino

Nasci na sombra dos esquecidos

 Tenho fome de amor, de pão e de carinho

Descanso no teu colo poeta, no meio do caminho

Entre a fumaça e o cachimbo

Tem uma pedra no meu caminho...

Sou alvo do descaso, sem esperança no teu colo cochilo

São dias e noites fadigados neste corpo franzino

No meio do caminho tem uma pedra, desta pedra perdi todo o meu caminho...

 

terça-feira, 4 de fevereiro de 2025

PERPLEXIDADE



Perplexa olhando o enredo na vida
Suas musicalidades foram distanciando os sons
Filas foram formando
Blocos trincados
Fendas nas paredes internas foram se abrindo
Desmancharam-se
Tornando-se pó
Forças se perdem na fraqueza dos sentidos
Emoções apostados num refúgio de tempestades
Rodopio entre os espaços vazios
Na busca das respostas, nada ecoa.
O som não se propaga

Simplesmente apaga...

domingo, 2 de fevereiro de 2025

Acordes Renascendo


No recolhimento dos meus ais
Prisioneira nos canaviais
Presa no tronco da dor
Açoitados pelo abandono de um tempo...
Amor soterrado em palmos profundos
Não mais escrava...
Vesti-me de negra libertação
Emoções precisam fenecer e ressuscitar
Morte é término e recomeço
Quebra de ciclos viciosos que deixamos instalar-se
Sentimentos que não nutrem
Desgastam ao ponto de aniquilar
Minhas vestes são porções de retalhos que jogarei para o alto
Desvirar ficando nua de corpo e alma
Modificando todos os açoites recebidos
Num novo corpo restruturado e recomposto
Revestido de uma bela sinfonia
Acordes renascendo
Metamorfose de uma estória esquecida...