Qual cego tateando o mundo
Estão vendados para não se arrastar nessa falta que pressinto
Tuas mãos percorrendo minhas vontades
Sedenta espera, devorar-te em clamores de paixão.
Saboreia esta cútis a insinuar-se com sentidos torpes
Tomando os teus delírios em uma conjectura de promessas
Improvisando e viajando pelos caminhos do mapa de teu
corpo
Desvenda meus olhos para que eu possa visualizar teu
semblante
Respiração ofegante, olhos brilhantes e um sorriso de
esperança.
Não demora, sou fugitivo dos sentimentos contraídos num recinto
abandonado.
Sem espera, um principiante de emoções afloradas...
Arrepiar de pele.
Me solta das amarras e cubra-me com teus afagos
Deixando-me deleitar dos momentos que no meu sonho sigo a
te procurar
Acordando, volto a ser um cego a vagar...