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Quem sou eu

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Sou a simplicidade casada com a verdadeira essência de um ser. Venho de uma família onde todos trazem e trouxeram em suas bagagens um código espiritual único e capaz de transformar palavras em frases complexas e simples, que ampliam horizontes e rompem barreiras. Sou filha do vento, da água, da terra e do fogo. Tenho minhas fases e mudo conforme a Lua. Sou a busca do exato, na medida disforme das coisas que vejo, e minha mente transcreve. Hoje criando este blog, mostrarei o que em gavetas escondia. Beleza, sinceridade, sede de transcrever o que minha alma sente ao se deparar com uma folha e um lápis, pois é desta forma que escrevo. Na simplicidade de um canto qualquer, mas com essência pura dos sensíveis.

quinta-feira, 31 de outubro de 2024

SUSPIROS DE ALEGRIAS


Complementas meus dias, com tua voz carinhosa.
Gestos que deixam explícito que há Amor
Encantos, que em cantos, canto ao horizonte...
Um encontro de emoções, caminhos que se cruzaram.
Assim somos nós, atrelados num laço.
Num compasso, a música nos acalma.
Lábios que se beijam, corpos dançarinos.
Noites de delírios, enluaradas...
Vidas percorridas, sem destino...
Esbarramos num acaso divino
Presente dos dias que convivo
Na certeza de ser amada e amando também
Incertezas de sentimentos ruíram meu coração
Num tempo de outrora...
Colastes os cacos com teus sentimentos nobres
Homem ou menino deita em meu colo
Nossos dias caminham, os anos passam volitando com o tempo.
O amor nasce, quando abrimos as chagas do peito.
Deixando o outro instalar-se qual ninho de carinho
Restaurando a alma que chorava
Hoje em suspiros de alegrias.







sexta-feira, 25 de outubro de 2024

POESIA CANTADA - Geraldo Azevedo - Dia Branco (Ao Vivo)


 

PENÚRIA


Marcas definidas pelo cansaço
É a penúria transpirando a cada dia
Não deixando faltar o sustento à família
Olhos lagrimejam pelo sofrimento do descaso de ser humilde
Desde o amanhecer ao anoitecer suas mãos calejadas suplicam um pouco de paz
Há sossego em suas noites com o corpo fadigado pelo sol escaldante
Na rede estendida
Batalhando para sobreviver, reza com fé.
Agradece com o coração em lamúrias
Sabendo que lá do alto tem um por que
São vidas que se arrastam na humildade e expiação
Aceitando a realidade dura
Na pele dorida, mãos em feridas, rosto enrugado de agonia.
Expressão de angústia nos olhos
Retratando um semblante cansado da própria vida...



quarta-feira, 23 de outubro de 2024

Nudez

























Desnuda em águas profundas
Pés tocando as profundidades do que sou
Imersa nas conjecturas dos meus ensaios
Meros artistas desdobram-se no tablado
Encenando cada ato
Não há máscaras a serem derrubadas
Quais cercas em solos invadidos
Este é o meu território
Demarcado por inúmeras narrativas
Do poeta ao sarcástico
Do irônico as verdades ditas
Mentiras não faz parte do texto
Não há espaço e nem tempo...
Minha nudez é despida de lucidez
Sem hipocrisia para agradar a maioria
Nem com a estupidez de ferir um coração
Sou a nudez de minha própria alma
Um estandarte na avenida
Que um dia será recolhido
Para quem sabe, um dia deixar.
Saudades com a minha partida...




terça-feira, 22 de outubro de 2024

MINHA MÃE - AMOR ETERNO. NASCIDA EM 22 DE OUTUBRO DE 1929.

 

Meus pensamentos volitam em um jardim de flores perfumadas, coloridas, espargindo uma fragrância em que vou ao encontro da minha mãe, pois após um período de sua “ausência-presença” é ali que nos encontramos para falarmos de nós.

Não há um tempo que o defina e nem um dia em que meus pensamentos não se voltam para ela, nos ligando em pensamentos por minhas orações de ternura, das singelas palavras de amor e carinho que nos envolve neste encontro de alegria.

Sinta o meu abraço mãe, daqueles demorado para que nossos corações se entrelacem e nos acolham neste sentimento de amor que não finda, acomoda entre o ventre materno e a saudade desta filha que há 22 anos presenciou tua partida...

O tempo já me fez sentir dor sem ferida, lágrimas sem insultos e sorrisos sem presença.

 Foi assim que nasceu a saudade, o entendimento mais profundo de que tudo não se acaba neste mundo, há um mistério que só desvenda quem tem a alma volitante.


sábado, 19 de outubro de 2024

RISCOS E RABISCOS


Riscos e rabiscos
Passo horas a fazer
São trilhas íngremes
Tento subir ou descer...

Nos rabiscos traço riscos
De amor, paixão, saudade
Desabrocha feita flor
Sem espinho com perfume

Em rabiscos saem riscos
Traduzindo o que sou
De momentos incertos
Na certeza do saber
Sou risco deste rabisco
Aonde irão ler

Serão simples frases
O que irás entender
Serão complexas
Caso o sentimento não existir
Uniremos vidas
Coração
Entre riscos e rabiscos
Nos momentos
De plena concentração




sexta-feira, 18 de outubro de 2024

O SABOR DE UMA SAUDADE


Quem atreveria dizer
Que sabor tem a saudade...

Será salgada
Amarga
Doce
Saborosa
Somente sei
Que o aroma
Exala

Fragrâncias
Suaves
Fortes
Marcantes
Fugaz

Esta saudade...
Adormece o peito
Deixando sabor
De quero mais



quinta-feira, 17 de outubro de 2024

JURASTES AMOR...



Jurastes amor...
Respirasse meu ar
Roubasse as ilusões
Soltando nos ventos...
Terrenos agrestes
Este amor orquestra
Baladas e Blues

Noites incandescentes
Indecentes
Pleno gozo
Vida em dueto
Canções cantaroladas
Dança colada
Suando desejos
Transpirando sensações

Jurastes amor...
Confessasse paixão
Pecasse na traição
Trocando meu corpo,
Lençóis, quarto, canção

Jurastes amor...
Perdesse o encanto
Trocando meu amor
Por lábios de carmim
Colocando nos meus
Secura d’alma

Evidenciando
Jamais ter feito
Juras de amor...

terça-feira, 15 de outubro de 2024

Pintura Omissa



Não quero ser uma tela em pintura a óleo
Guardada em teu coração como saudades
Sente e pressentes a minha presença em teus dias
Sou um vulto do amor que te cuida
Guardaste-me para seguir os teus passos
Escutando as batidas descompassadas do teu coração
Carinhos são trocados em pensamentos
Acarinhas meus cabelos nesta projeção refletida
Cobres meu corpo nas carícias mais sinceras
Deixando eu guardada, presa em forma de estigma
Pintor retratando dois corpos encaixados na beleza
Prende esta tela, ao menos numa parede
Onde ao deitar possas lembrar que fomos entrega
Retira os sons que relembram nossos momentos
Do desejar ao ato consumado
Não quero ser esta pintura, e sim teu grande amor...
Nos teus lábios ser mel, e no teu corpo ardor...


O amor... Não adormece...


O amor...  Não adormece...
Atenua as impressões nas marcas deixadas
Esconde-se no abrigo dos sentimentos mais nobres
Suas vivências são dosadas para que ele repouse
Não ao relento, mas na candura de uma espera...
No rebento do gemido
Em flashes e no raiar de um lindo dia

O amor... Não adormece
Há lugar para conservar
Baú de cristal reluzindo o seu brilho
Nele há um polimento de carinho
Recosto em meu íntimo
O amor é aconchego em meu ninho...

Se o amor pensar em adormecer
Farei dele um conto de fadas
Beijarei suavemente seus lábios
Acordará e cavalgaremos num cavalo alado
Lado a lado...






segunda-feira, 14 de outubro de 2024

Minha flor interior

Metade de mim é flor
Enraizada em águas profundas
Fecundas com folhas e espinhos
Aromatiza os vales, mares, rios...
Sou choro e sorrisos...
Alegria e tristeza...
Saudade e nostalgia
Amiga e colega...
Inimiga da minha própria sombra
Metade de mim despedaça
Sem matar a flor
Aromatizando minha alma
Sem perder o amor...
Pensamentos com cheiro de livros
Liberdade na arte de escrever
Poetisa por todos os cantos...
Continuando a segurar essa flor
Simbolicamente é ternura dos gestos
Ao encontro de outras mãos...
Um perfume e um bem-me-quer...
Sou inteira na convicção
Mulher, guerreira e destemida
A batalha venceu...
Sem despedaçar essa flor perfumada
Em cada linha que escreveu.



sábado, 12 de outubro de 2024

ACALENTO


Quantas cantigas escutaram, quantas cantei.
Acalento de tia, de avó, de mãe e de pai.
Embalo que adormece a criança que sabe desvendar em seus sonhos o alento do acalento.
Músicas cantadas, embaladas pelo vento, no aconchegante leito.
A voz suave a embalar o berço, lentamente deixando quem ouve sonolento.
Quantas cantigas se perderam e quantas persistem em ser cantadas.
Embalando uma criança nas noites ou nas madrugadas.

quinta-feira, 10 de outubro de 2024

ACOLHIMENTO ABSTRATO


A chuva cai molhando meu corpo
Estendido em um acolhimento... 
Silencio
Neste mar junto às imagens que formam arabescos
Rabiscando os pensamentos refletem no céu
Nossas imagens retratando noite de sonhos
Absorvo todo o sentido delicado das entranhas que nos permitimos
Estática diante do que penso... 
Volitas ao redor de mim... 
Miragem...
Há de existir em nós uma forma de sentir sem quimera
Foi ou era...
Existiu ou Sumiu...
Permanece ou partiu...
Não importa abstratos não são tangíveis    
Sentir se sente
Tocar se pode
Criar asas e sobrevoar quem ao longe mora
Retrata numa nuvem imagem... 
Encontro de dois seres
Apaixonados... 
Que da lembrança não vai embora...



O MAR FALA DE TI - MAFALDA ARNAUTH


quarta-feira, 9 de outubro de 2024

ESPELHO D’ALMA




Nos olhos refletem os sorrisos
Sem movimentos de lábios
Beijos apaixonados
Ausência do amado...
Saudades em noites frias
Lugares distantes diluídos no vento

Nos olhos refletem os adeuses
Mãos que um dia acenou
Desejou, serenou...
Paralisou diante de um instante
Sem retorno, morno

Nos olhos refletem o espelho d’alma
Olhares que fitam num horizonte
Na luz do luar, do mar, e da pretensão 
De amar...













quinta-feira, 3 de outubro de 2024

Um filme... Num tempo...




Perdida no silêncio dos meus pensamentos, envoltos de beleza e sutileza das palavras que pronúncias. Soletras as palavras que tiras de minha boca com a leveza de entender e decifrar de longe... 
Permeiam a solidão e trazem de volta junto com o arco-íris no horizonte. 
Esperança... 
Viajo solta entre os pensamentos e deleito-me nos anseios que caem em pequenas gotinhas no mar, minhas lágrimas de sentimento de existir e experimentar. 
Mergulharei para que a brisa sopre de leve meu corpo nudez. 
Deixando-me leve nas brumas, de tal modo descansarei num torpor de delírios sem os teus beijos.
Ao longe vibraremos em uma emoção de felicidade plena e constante. 
O momento delimitou um novo tempo de filmes que reprisam, e outros que ainda estão em cartaz. Somos um "trailer" na programação, pronto para serem ensaiadas as últimas cenas, de um filme de amor...

O BARQUEIRO


Desponta ao longe
Um barqueiro
A sorrir
Carregado de peixe
Está por vir.

Na beira da praia
De vestido florido
Surge a sombra
De uma mulher
Esperando o barqueiro

No vai e vem
Dos sorrisos
Sobre as ondas
A brisa com seu frescor
Refresca os corpos
Ardendo de calor.

O barqueiro
Atraca seu barco
Corre cansando
Para quem lhe espera
Trocando beijos
E promessas de amor