Porque falas e não decifras
Deixou-me curiosa
Suas palavras já são lapidadas
Pouco importa que o passado
evidencie...
São lidas, em cantos,
sacadas...
Música ao fundo
Luz do abajur
Porque falas que não sei...
Que um dia talvez, saberei...
A idade te acalenta?
Os traços marcados o que
mostram?
São incógnitas indecifráveis?
São textos inacabados...
Somente sei que ao ler-te
Sou capaz de abreviar o tempo
Dissimular os anos
Complementando em versos
Um dia quem sabe
A linha do tempo rompe-se
A luz atenue
A vida floresça dos refolhos
deixados
Quem sabe por fazer...
Continuidade de um tempo
Que marcou presença na vinda
Porque da partida não posso
falar...
Surge daí a grande
INCOGNITA...