Mudas, calam a noite adormecendo entre os arbustos aquietados em seu solo. Na cegueira noturna dos que vagam sem destinos pelos labirintos ecoando gritos, pelos becos da vida. Seguem com suas vestes despedaçadas, em sintonia com aquém da realidade. Filhos da vida açoitados por histórias inacabadas... Infâncias que se esvaem nas ruelas de encostas sem costas que abrigam. Espalhados por todas as cidades sem asilo. Mudas, que mudam a sintonia dos que observam e nada fazem porque o seu mundo está em outra coisa. Na viagem lunática de seus vícios vão flutuando nos acolhimentos que escolhem por toda cidade. Convivem e perambulam em busca da saciedade, das loucuras que a mente absorveu. Pedidos com sorrisos e boa conversa nas sinaleiras, um pão com café quente.... Uma palavra sem afronto. Porque seus dias ele sabe que não tem retorno para a realidade de um certo passado.... Assim, é o contraste do que vejo diariamente e quando estão dispostos a conversar no ponto de ônibus, imagino a vida pintada em uma grande tela. Com muitos rabiscos e com alguns traços que identifico. Temos família, filhos, netos e a cena que me vem à cabeça são estas criaturas que sobrevivem de tantos sofrimentos, que machucam seu íntimo e nós muitas vezes não conseguimos entender a complexidade de cada história relatada e sofrida. Apenas, queremos que as mudas, possam morar em uma floresta encantada feito sonhos de fada.
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Quem sou eu

- Sandra Helena Queiróz Silva
- Sou a simplicidade casada com a verdadeira essência de um ser. Venho de uma família onde todos trazem e trouxeram em suas bagagens um código espiritual único e capaz de transformar palavras em frases complexas e simples, que ampliam horizontes e rompem barreiras. Sou filha do vento, da água, da terra e do fogo. Tenho minhas fases e mudo conforme a Lua. Sou a busca do exato, na medida disforme das coisas que vejo, e minha mente transcreve. Hoje criando este blog, mostrarei o que em gavetas escondia. Beleza, sinceridade, sede de transcrever o que minha alma sente ao se deparar com uma folha e um lápis, pois é desta forma que escrevo. Na simplicidade de um canto qualquer, mas com essência pura dos sensíveis.
terça-feira, 31 de janeiro de 2017
MUDAS...
Mudas, calam a noite adormecendo entre os arbustos aquietados em seu solo. Na cegueira noturna dos que vagam sem destinos pelos labirintos ecoando gritos, pelos becos da vida. Seguem com suas vestes despedaçadas, em sintonia com aquém da realidade. Filhos da vida açoitados por histórias inacabadas... Infâncias que se esvaem nas ruelas de encostas sem costas que abrigam. Espalhados por todas as cidades sem asilo. Mudas, que mudam a sintonia dos que observam e nada fazem porque o seu mundo está em outra coisa. Na viagem lunática de seus vícios vão flutuando nos acolhimentos que escolhem por toda cidade. Convivem e perambulam em busca da saciedade, das loucuras que a mente absorveu. Pedidos com sorrisos e boa conversa nas sinaleiras, um pão com café quente.... Uma palavra sem afronto. Porque seus dias ele sabe que não tem retorno para a realidade de um certo passado.... Assim, é o contraste do que vejo diariamente e quando estão dispostos a conversar no ponto de ônibus, imagino a vida pintada em uma grande tela. Com muitos rabiscos e com alguns traços que identifico. Temos família, filhos, netos e a cena que me vem à cabeça são estas criaturas que sobrevivem de tantos sofrimentos, que machucam seu íntimo e nós muitas vezes não conseguimos entender a complexidade de cada história relatada e sofrida. Apenas, queremos que as mudas, possam morar em uma floresta encantada feito sonhos de fada.
sábado, 28 de janeiro de 2017
CAMINHOS DE PEDRA, ESTRADA DE FERRO, ESTAÇÃO PARADA.
Muitos caminhos percorridos, outros corridos, tropeçando em pedras (dificuldades), os driblava feito jogador.
Aprendi que deveria deixar por lá as pedras e passar pelo lado não olhando para trás, seguindo novamente o caminho por seguir.
Passei por uma estrada de ferro. Com seu trem a todo vapor, o maquinista em nove meses com intervalos de três em três meses, passou tão rápido e levou três passageiros (irmã, avó, e mãe).
Não escutei o apito, veio em surdina e não tive tempo de dar um adeus, já tinham partido.
A estação parou, com as partidas, lá permanecíamos nos trilhos trincados, corações partidos com partidas tão inesperadas e momentâneas.
O maquinista esperou mais um tempinho, desta vez apitou fraco, mas eu escutei e depois de oito meses, lá chegava o trem com seu maquinista para buscar mais um passageiro, meu pai.
Minha estação além de parar por algum tempo, perdeu o referencial de tudo.
Mesmo assim, continuamos a seguir, permanecendo duas.
A estrada de ferro, por enquanto está desativada (até quando não consigo prever).
A estação parada construiu um modelo de vida, que muitas vezes sem querer reflete no que escrevo.
Os fios da carne, a força interior que tenho e como encaro a vida são tão pequeno ao comparar com os caminhos de pedra, a estrada de ferro e a estação parada.
terça-feira, 24 de janeiro de 2017
Banhar-se de autoria do poeta Curbani (Em dueto primeira parte Curbani / segunda parte Sandra Queiróz)
É bom tirar a
roupa / Sentindo tua pele roçar a minha
E mergulhar
num pedaço de papel / Escrevendo um poema
Pequeno / Intenso
Banhar-se na
folha sem expressão/ Transmutando o que sinto
Sem muita
linha...- e é bom que seja / Retirando-me do convencional
Eis aí uma
boa receita / Aos dias habituais
Lavar a pele
na nódoa dos dias / Por horas fatigantes
E deixar no
papel / Nossas digitais
O sujo / Tornar-se
límpido
O nada reto /
Entorta com as linhas percorridas
Que quer
virar poesia / e virou...
quarta-feira, 11 de janeiro de 2017
LAÇOS DE TERNURA E CONEXÃO DE BELEZA
NO DESPERTAR DA AURORA
NOS CAMPOS VERDEJANTES
SURGEM AO LONGE AS BORBOLETAS
MULTICOLORIDAS EMBELEZANDO
A PAISAGEM SONOLENTA
OS COLIBRIS AOS POUCOS ACORDAM
REVOANDO AS FLORES DOS CAMPOS
A NATUREZA FORMA LAÇOS DE TERNURA
EM CONEXÃO DE BELEZA EXTASIANTE
O RIO CRISTALINO CORRE SOBRE A MARGEM
AS FLORES BALANÇAM COM A BRISA LEVE E SUAVE
O AMANHECER DESPONTA COM O BRILHO
DO CALOR DE UM ASTRO REI
COLIBRIS E BORBOLETAS BAILAM SOBRE OS CAMPOS
FIXANDO NAS FLORES
VERDADEIRAS MAMADEIRAS DE NECTAR
AS ANDORINHAS ANUNCIAM UMA NOVA ESTAÇÃO
A NATUREZA EXPRESSA HARMONIOSAMENTE
A ALEGRIA DE SUA BELEZA
DESENHADA E ARQUITETA PELAS MÃOS DO CRIADOR
POR TUDO ISSO E MUITO MAIS
MUITO OBRIGADA POR ENXERGAR, RESPIRAR.
BOM DIA MÃE NATUREZA
EXALTEMOS AO SENHOR...
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