Minha retina retorce a imagem
Vislumbrando nós dois sentados
Eternos apaixonados sobre as lentes a colorir o mundo
Retina o espelho do que somos
Acreditando num encontro prófugo
Buscando escapar para a paz afável e longínqua...
Minha retina inebria os olhos quando te vejo
Cores desaparecem na sombria vista...
Vermelho da paixão nos cobre batizando este amor
Holofotes posicionados focam tua retina, inútil...
Entreolha o que passa na periferia
Minha retina embriaga-se de cafeína pra suportar a insônia
Noites em claros da imagem cogitada
Um fantasma a percorrer minha retina
Focalizando o espaço entre nós
Crer que me olhará
Minha retina...
Cegam os reflexos de um vulto
Passando distante...
Passando distante...
Não há de focalizar...
Juramentos de um dia te amar...
Juramentos de um dia te amar...