Páginas

Quem sou eu

Minha foto
Sou a simplicidade casada com a verdadeira essência de um ser. Venho de uma família onde todos trazem e trouxeram em suas bagagens um código espiritual único e capaz de transformar palavras em frases complexas e simples, que ampliam horizontes e rompem barreiras. Sou filha do vento, da água, da terra e do fogo. Tenho minhas fases e mudo conforme a Lua. Sou a busca do exato, na medida disforme das coisas que vejo, e minha mente transcreve. Hoje criando este blog, mostrarei o que em gavetas escondia. Beleza, sinceridade, sede de transcrever o que minha alma sente ao se deparar com uma folha e um lápis, pois é desta forma que escrevo. Na simplicidade de um canto qualquer, mas com essência pura dos sensíveis.

sexta-feira, 18 de março de 2016

MINHA RETINA


Minha retina retorce a imagem
Vislumbrando nós dois sentados
Eternos apaixonados sobre as lentes a colorir o mundo
Retina o espelho do que somos
Acreditando num encontro prófugo
Buscando escapar para a paz afável e longínqua...

Minha retina inebria os olhos quando te vejo
Cores desaparecem na sombria vista...
Vermelho da paixão nos cobre batizando este amor
Holofotes posicionados focam tua retina, inútil...
Entreolha o que passa na periferia

Minha retina embriaga-se de cafeína pra suportar a insônia
Noites em claros da imagem cogitada
Um fantasma a percorrer minha retina
Focalizando o espaço entre nós
Crer que me olhará

 Minha retina... 
Cegam os reflexos de um vulto
Passando distante... 
Não há de focalizar...
Juramentos de um dia te amar...

sábado, 12 de março de 2016

OS FILHOS ( LIVRO "O PROFETA") KALIL GIBRAN KALIL


Uma mulher que carregava o filho nos braços disse: "Fala-nos dos filhos."
E ele falou:
         
Vossos filhos não são vossos filhos.        
São os filhos e as filhas da ânsia da vida por si mesma.        
Vêm através de vós, mas não de vós.        
E embora vivam convosco, não vos pertencem.        
Podeis outorgar-lhes vosso amor, mas não vossos pensamentos,        
Porque eles têm seus próprios pensamentos.        
Podeis abrigar seus corpos, mas não suas almas;        
Pois suas almas moram na mansão do amanhã,        
Que vós não podeis visitar nem mesmo em sonho.        
Podeis esforçar-vos por ser como eles, mas não procureis fazê-los como vós,        
Porque a vida não anda para trás e não se demora com os dias passados.        
Vós sois os arcos dos quais vossos filhos são arremessados como flechas vivas.        
O arqueiro mira o alvo na senda do infinito e vos estica com toda a sua força        
Para que suas flechas se projetem, rápidas e para longe.        
Que vosso encurvamento na mão do arqueiro seja vossa alegria:        
Pois assim como ele ama a flecha que voa,        
Ama também o arco que permanece estável.