Queria minha cidade arborizada
Cheia de vida
Sem ruínas, sem abandono
Solta sobre os mares
Brisa leve do passado
Retornando aos poucos
Para minha cidade...
Ontem, minha cidade
Era valorizada
Um povo mais unido
Em prol do bem-estar de todos
Juventude nas praças
Bairros organizados
Casas pintadas, cuidadas
Num espaço histórico
Hoje, transformaram
Em duas cidades
Uma que carrega o peso das ruínas
Rachaduras e descaso
Outra que cresce
Por mãos que trabalham fora
Fazendo do lugar
Um descanso
Um dia quem sabe...
Terei orgulho de falar
Da minha cidade...
Não pensar, que esta cidade
Faz os seus
Saírem para longe
Refugiar-se onde não queria
Por lá...
Nada tem, nada acontece...
Ou pouco vinga...