No
fundo do meu céu extemporâneo
Dei-te
de mim o quanto sobrevive
Coloquei-te
nas formas de uma espera
Para
continuar...
Dei-te
o bastante...
Há
crenças deslizando nos meus traços
No
adormecer contigo em pensamento
Na
sublimação do que não sou
Na
pureza dos gestos...
Deixo
um abismo de asas e inquietude
Num
abstrato de ternura e paz
Apesar
da saudade que desgoste
Prefiro
te buscar, em cada ponto do infinito
E
do sonho.
Esmaeço.
Dentro
do nada que meu sol desponta
Em
busca de um horizonte na memória.
Serei
o reflexo de tudo o que girar e for,
E
vir a ser.
Viverei
a incerteza de todos os sentidos
Porque
te quero bem, apesar de tudo.