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Quem sou eu

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Sou a simplicidade casada com a verdadeira essência de um ser. Venho de uma família onde todos trazem e trouxeram em suas bagagens um código espiritual único e capaz de transformar palavras em frases complexas e simples, que ampliam horizontes e rompem barreiras. Sou filha do vento, da água, da terra e do fogo. Tenho minhas fases e mudo conforme a Lua. Sou a busca do exato, na medida disforme das coisas que vejo, e minha mente transcreve. Hoje criando este blog, mostrarei o que em gavetas escondia. Beleza, sinceridade, sede de transcrever o que minha alma sente ao se deparar com uma folha e um lápis, pois é desta forma que escrevo. Na simplicidade de um canto qualquer, mas com essência pura dos sensíveis.

terça-feira, 27 de novembro de 2018

MEMÓRIA INEXATA


No espaço e num tempo
Tão incrível, tão intenso e tão denso.
Construí com tanto desvelo, um esboço de vida.
Percebo que vai afastando o projeto principal e original
Bordado de angústias
Grávido de promessas
Vestido de névoas
Prenhe de luzes
Redondo de mágoas
Intenso de alegrias
A mola propulsora para um futuro melhor
Olhar para trás 
Nada resolve
Nada mais constrói
Nada mais ressurge



sábado, 24 de novembro de 2018

AMORES SOTERRADOS




Tempestades de ilusões
Emoções vividas
Escondidas em um porão

Porão de sentimentos
Revirados
Soterrados
Amores que se foram
Jamais voltarão

Avalanches
Turbilhões
Amores soterrados
Desilusões

Sobrevive das lembranças
Saudade sufocada
Lágrimas a cair
Suspirando

Amores soterrados
Sem terra
Num túmulo de paixões

sábado, 10 de novembro de 2018

PRESENÇA-FANTASMA



















Com tua presença-fantasma, eu sei que me enganei na ilusão.
Fique sem chão e deixei este sentimento tomar conta de mim, em vão.
Queria me perder no paraíso e que a vida tivesse mais sentido.
Buscando saber, se pensa em mim.
Este tempo assinalado nos calendários.
Desejava saber, se algum dia pensou em mim.
Por quanto tempo durou, lembrando nós dois a sós.
Queria sorrir em acreditar, se tens a capacidade de me amar.
Muitas vezes penso em sorrir, por que já pranteei o mar até esfriar o sol.
Permiti inflamar meu coração, consentindo tua entrada.
Uma busca solitária e de presente a solidão alojada....
Mesmo assim, ainda continuo a falar em ti...




quarta-feira, 31 de outubro de 2018

NÃO QUERO MAIS DECIFRAR ENIGMAS























Vou rasgar este papel amarelado pergaminhos guardados na memoria
Não quero mais decifrar enigmas das coisas que relembro e busco num sentimento de descobertas.
Quero um papel em branco
Escrever minha história no presente
Soltar as gargalhadas que latejam em alegrias
Buscar o certo mesmo que o caminho seja torto
Errando que se aprende
Aprendendo que acertamos
Viajar pela imensidão qual ermitão
Meditar sobre os grandes significados da vida...
Concentrando o meu mundo no agora
Sem pensar no amanhã...
Sou uma eterna busca
Mediante ao que me deram de graça
Meus sentidos aguçam a terceira visão
Bailam e deslizam feito bailarino na ponta dos pés
Formando frases, poemas e versos.
Sou um abstrato na forma que não defino
Sou a plenitude de tudo que escrevo
Sou leitura, pois todo poeta é um pouco de tudo ou pouco do nada...



quarta-feira, 24 de outubro de 2018

NA CELERIDADE DO COTIDIANO...



Os dias que amanhecem e no anoitecer, intuo melhor o ritmo frenético dos carros, o vermelho das sirenes histéricas, alaridos dos noctâmbulos perambulando entre as ruas desertas e chuvosa da minha cidade. Paro por alguns segundos e penso, nas crianças famintas, nos velhos abandonados, os hospitais lotados, as doenças no subconsciente clamando por atenção percorrendo cantos sem voz e olhos que não brilham mais. Assim, os dias se vão no imaginário tempo, que vai no êxtase em delírios surgindo na percepção da mente sana e insana num lapso qualquer. É um pulsar latejante no coração de quem procura abraços de paz, de amor sem cobranças, mãos que afagam e agasalham, alimentos quentes e de um Amor que preencha um cantinho do coração sem pulsação e cor. No anonimato, entre as ruas, becos, viadutos, seguem os peregrinos de luz radiante e sorridente sem fazer média na mídia, ou propagar aos cantos sua generosidade acolchoada de caridade. Escoltam seu coração, e olham o quanto o sofrimento alheio é padecido, o quanto a fome dos desvalidos bravata de dor, enxerga olhos pasmados ao receber a primeira refeição e ser grato por cada gesto recebido naquela noite, que talvez na outra não esteja... Ou estará... Pois, poderá ser próximo a refugiar-se nos braços de Deus, sem prece e choro. Um corpo que padece dos sofrimentos que sua alma não teve o privilégio de saber qual destino ou via a seguir, por que lá na curva do caminho tinha alguém que o conduziu por ruelas e desertos de areias movediças fazendo experimentar o lamaçal das misérias humanas. Julgar não faz parte do contexto, nas angústias que gritam do lado de dentro, há um berro ecoando e ensurdecedor dos sentimentos euforia, elevo uma prece pedindo misericórdia aos desvalidos.


terça-feira, 23 de outubro de 2018

O POETA É





Essência sublime
No ápice do mundo
Emoções afloradas
Sentimentos sentidos
Ouvidos
Murmurados

Sofre por amor
Procura
Encontra
Se perde
Enlouquece

Metamorfose...

Rompe seu casulo
Sai em pleno voo
Borboleta colorida
Viajante de sonhos
Repousa na poesia

O poeta é.
Inspiração
Angústia
Solidão
Liberdade
Conflito
Soltando seu grito
Na imensidão
Do seu coração

terça-feira, 2 de outubro de 2018

ÀS CEGAS...






















Sou abelha inquieta a te beijar
Fiz uma colmeia nos teus lábios
Pouso na quietude do teu silêncio
Retirando o néctar do amor
Poetas são meros artistas
Interpretam o ilusório
Concebendo vida, momentos, sentimentos...
Um afeto na sutileza da tua percepção
Do voar de uma abelha
Nos jardins a tocar as flores
Do sublime encontro de tua boca
Na fusão de um amor sem limites
Do doce mel retirado da tua essência
No ferrão que a dor da perda punge
Do vazio que entre nós permanece
Na insana memória que não tenho...
Somente voo na tua direção
Pronto para roubar um beijo teu...









sábado, 22 de setembro de 2018

PARTIREI...


























Dos momentos relâmpagos, da fúria dos sentimentos amordaçados.
Arremessados ao vento, qual sopro de vida
Partirei...
Para saltitar entre as estrelas
Eleger a mais brilhante, debruçada a te olhar...
Pendurar-me nos fios condutores
Interligação do nosso benquerer
Partirei...
Valsando, sobre os círculos de Saturno
Brincar freneticamente, por todo Cruzeiro
Na direção do Sol, que aquecerá o frio de minha alma
Por estar distante dos teus olhos
Partirei...
Das estações sem apito e sem trem
Dividida, em mil pedaços
Prendendo os cacos, dispersos
Nos trilhos trincados desta partida
Partirei...
Num colapso estrelar
Ermitoa, no silêncio da meditação
Na busca incessante. Arrebatador.
Partirei...
Acolhendo no meu coração
Feito águia nas alturas
Que do alto te procura
Pressentindo
Teu espelho reflexo
Projetado na minha retina

Assim, partirei...

quarta-feira, 19 de setembro de 2018

DESPINDO A ALMA




Aos poucos vou despindo a alma
Libertando-a das aflições
Cai o véu das lembranças
Flutuam momentos íntimos
Delicadas mãos que afagaram
Despindo e vestindo-se de Amor
Desnuda envolta entre o laço carnal
Dispensa os aplausos de seu monólogo
Despindo a alma de rancores
Sai à procura de outros valores
Sabores que degustam em delírios
Latejam na carne a nudez de seu avesso
Contorcendo em reviravoltas, de voltas...
Prisioneira na túnica humana
Retornando do striptease dos anseios
Aconchega no corpo casario
Na sutil leveza de um sono profundo
Liberta e presa pelos condões do Universo...

INTENSA ENTREGA




Tire meu chão
Escolha uma boa canção
Deixe a luz tênue
Janelas abertas
Escutamos o marulhar
Percorre meu rios
Tresloucados amantes
Imergem fundo, um no outro...
Respiração ofegante
Pulsação delirante
Noites quentes, arrepios...
São teus olhos nos meus
Minha boca colada na tua
Corpos que abrasam...
Sem ser brasa...
Na intensa entrega
Deixar de ser UM
Para sermos, NÓS




domingo, 16 de setembro de 2018

leonard cohen dance me to the end of love


FLUTUANDO NO INFINITO...


























Na tua vida o que mais me encanta
Que sou teu porto seguro
Surgem as tempestades...
Revoltos entre os mares e ventanias
Procuras meu corpo num abrigo sem abandono
Náufrago de noites perdidas, vens e acarinha.
Promete nosso amor ao delírio da Lua
Vigia e brilha refletindo nosso amor
Agasalhas-me como quem pega uma criança
Embalando seus sonhos em melodias
Envoltos nos lençóis de um barco a deriva
Tempo, flutuando no infinito...
Perdição de todos os pudores e amores
Somos habitantes de nós mesmos, numa roupagem de pele nua.
Misturamos os sabores em goles de euforia
Bocas que se encontram, surfando nas línguas soltas.
Saciando o velejador na expedição de aventuras
Trocando os lençóis para um novo dia...

sábado, 8 de setembro de 2018

EVOLUÇÃO



A paisagem vestida de sol com nuvens que adornam em pequenos flocos a pairar com a brisa que sopra de leve.
Percebo as cores tingidas com diversos matizes pinceladas pelo Universo.
Detalhes tão perfeitos, exatos que não há o que ter dúvida de tal perfeição e do seu Arquiteto.
Conseguiu colocar em cada lugar um ponto de interesse ao ser humano.
Fez o mar, as matas, os campos, as montanhas, os rios, cachoeiras, calor, vento, neve, frio...
Criou as estações para que o ano não se tornasse monótono.
Sabendo que não iria agradar a todos, fez de cada estação um ponto de equilíbrio entre o homem e a natureza.
Somos um pouco de cada estação, com suas paisagens e seus contrastes.
Para podermos sair desta monotonia e não deixarmos findar num monologo.
Somos peças de teatro neste contexto de atos, figurantes diversos para podermos recriar a nós mesmos.
Assim sendo, formaremos os laços e as lições que sempre estamos aprendendo e reciclando.
Para que a nossa natureza permaneça com cores avivadas, usando as primárias e secundárias.
Deixando a tela da vida com a esperança que a natureza há transformações e que no homem não seria diferente.

Evolução.

sábado, 1 de setembro de 2018

PRISIONEIRA


























Vesti minha túnica humana
Fiquei prisioneira
Do mundo feito de enganos
Onde canto e me exalto
Tu que nunca reparas
Nem sabes que sou alma rara

Sei que me medes
Pesas-me
Observas-me
Destilas
Revolto-me
Fujo e entristeço.

Crio asas
Voo no silêncio
Como a abelha
De flor em flor,

Fabricando mel sem colmeia...

Nasci livre, como o vento.
Eu quero
Apesar da minha idade
Que este amor sufocado
Ainda se expanda.

Dentro da minha ternura,
Nestes instantes
De beleza calma
Presa neste amor confuso
Meu ser se transfigura.

Por que sinto
Que o amor é luz
A mais alta
Manifestação do Ser.


Camerata Florianópolis Especial Beatles - Yesterday






NÃO ME PERDI DE TUDO


Não me perdi de tudo
Restava em mim no murmúrio
Na prece, como se fosses
O murmúrio e a prece

Só me perdi de tudo
Porque artificialmente
Encontrei-me
Nos braços do sonho
Não havia caminho
Mais fácil de percorrer
Que o teu segredo

quinta-feira, 23 de agosto de 2018

BIOGRAFIAS DESCONHECIDAS...



Sou mendiga de carinho aos desvalidos
Solidariedade com amor dividido
Na presença dos grandes amigos          
Não os escolhos por aparências e sim pela essência
Percebendo uns deprimidos...
Outros humilhados...
Num desprezo...
Sentindo o dissabor da vida
Optam os espaços mais úmidos e sombrios
Escondendo-se da insensatez e dos desatinos
Adotam andar de um lado para o outro
Sem perguntar as horas, o dia, o ano ou o mês.
Seguem na esperança de ter acalento
Uns choram, contam suas biografias.
Pequenos borrões em folhas sem tinteiro
Percebem que o tempo está perdido
Em seus delírios
 Não creem num suposto envolvimento com o amor.
Não mencionam para não aumentar a dor
Seus apelos se esvaem junto dos sonhos
Restritos a um beco sem luz
Espaços vazios de vidas inacabadas
Pintura sem moldura
Artistas no anonimato
Na página do mundo mais um retrato...
Biografia desconhecida...

Créditos da foto - Sandra Helena Queiróz Silva


terça-feira, 21 de agosto de 2018

Um filme... Num tempo...






Perdida no silêncio dos meus pensamentos, envoltos de beleza e sutileza das palavras que pronúncias. Soletras as palavras que tiras de minha boca com a leveza de entender e decifrar de longe... Permeiam a solidão e trazem de volta junto com o arco-íris no horizonte. Esperança... Viajo solta entre os pensamentos e deleito-me nos anseios que caem em pequenas gotinhas no mar, minhas lágrimas de sentimento de existir e experimentar. Mergulharei para que a brisa sopre de leve meu corpo nudez. Deixando-me leve nas brumas, de tal modo descansarei num torpor de delírios sem os teus beijos. Ao longe vibraremos em uma emoção de felicidade plena e constante. O momento delimitou um novo tempo de filmes que reprisam, e outros que ainda estão em cartaz. Somos um trailer na programação, pronto para serem ensaiadas as últimas cenas, um filme de amor.

sexta-feira, 27 de julho de 2018

ABRASA-ME



Abrasa-me
Envolta em teus lábios
Ferve a seiva
Do beijo ardente
Lateja a alma
Escalda o corpo
Supera
A espera

Abrasa-me
Teu abraço
Caloroso
Os corpos ardentes
Ranger de dentes
Entre nós
Os lençóis
Em chama
Sussurro
Você me ama?

Abrasa-me
Eu te amo
Um amor
Tão intenso
Sou vulcão
Transbordo
Minha lava
No teu corpo
Em brasa

CANDURA


Coberta de pensamentos
 Vem o fascínio de desvendar
Abrangente de mudanças em seu corpo
Toques dados em acanhados acenos aos desejos
Descobre o olhar de cobiça
Confabulando o primeiro encontro para o êxtase de amar
Complexidade de ser, entender e se doar.
Os sonhos saltitam em pensamentos tirando os pés do chão
Olhando a singela flor a germinar
Retratando o seu próprio desabrochar
Nos segredos que guarda e espera
Junção de corpos ente os enamorados
Livra-se de seus tormentos
 Aplaude o dia para o esplendor do Amor...
Guardando em segredos o que foi ser menina
Conhecendo o significado de ser mulher...





sábado, 14 de julho de 2018

CONTRA (MÃO) DO CORAÇÃO – Em Dueto - Mauricio dos Santos Baptista e Sandra Helena Queiróz Silva




Não perdemos ninguém / Somo transitórios
Apenas nós perdemos / Um momento a mais
Quando a gente se encontra ... / Submerge no avesso de nós mesmos
Descobrimos que a felicidade está em nosso interior / Aquietada...
Somos tão vulneráveis /Ao ponto de chegar no aconchego da solidão
As percas e despedidas / Deixando saudade ...
Mesmo sabendo que nada é eterno... / Devaneio no teu olhar distante...
A vida segue / Passo a passo, num compasso frenético
Tendo o mesmo significado / Quando me encontrei nos teus braços
Porque eu estaria fora dos teus pensamentos /São neles que me alinho
Apenas, por não estar fora de tuas vistas? / Dormes comigo envolvida de carinho...

terça-feira, 3 de julho de 2018

HIPNOSE



Um desejo invade meu olhar
Contemplar sem maldade
Apreciar somente tua beleza
Olhar nos teus olhos
Feito hipnose

Passa ao longe um navio
No horizonte a navegar
Leva-me contigo
Buscarei este olhar
Quero nele me perder
Sem saber no que vai dar

Deixe-me ao menos admirar
Seus olhos
Feito contas de colar
Entrelaças
No meu corpo
Serei tua
Vêm - me amar

quinta-feira, 28 de junho de 2018

SOM SEM ECO


O bom do tempo, é o destempo de não saber o que está vivo ou morto dentro da gente.
Uma sobra de nós, a esconder os espaços vazios.
Preenchidos com os sonhos, na insistência de seguir...
Os contratempos, percorrem os ponteiros na velocidade do pensamento
Sem nada à dizer com um som sem eco, ou apenas um beco.
Ruelas à estreitar-se entre o antes e o depois...
Passagem sem saída...
Labirintos espelhados, refletidos na existência
Desistência...
Na compreensão de entender
Se é amor...
Se é paixão...
Se é amizade...
Um egoísmo, desmedido
Viagem sem bússola, navegação sem marujo
Um delírio, um martírio...
Querer o que não pode ser
Implorar quando não se sabe doar
Nos cantos de um cômodo...
O abajur à declarar, na tênue luz
Corpos que não ensaiam um ato
Entre as cortinas de voal
No anfiteatro do quarto, dois atores
Duas vidas, adormecem
Sem aplausos, encerram a noite
Com um aceno ou um adeus...

domingo, 24 de junho de 2018

Leo Rojas - Der einsame Hirte


SÁBIO POETA


Suas escritas repassam singelas formas
Admirável é o poeta
O abstrato transforma em vida.
Rompe o sol, descortinando paisagens.
Seus olhos refletem luz
Sabedoria de vidas
Explicações para dores...
Saudades...
Lembranças diversas...
Surge o passado abraçado ao presente
Prevê um futuro incerto
Com palavras adocicadas
Olhar audacioso e pretensioso
Que só ele sabe fazer
Sábio poeta
De luares sem luar
De amor sem pessoa
De tristeza sem coração
De alegria nunca vista
Mas, de sabedoria escolhida.
Acolhida por quem o lê
Decifrada e entendida
Que na mente de um poeta
Brota e nasce
Mil formas de ser...



quinta-feira, 21 de junho de 2018

SONHO



Neste sonho vou roubá-lo
Levá-lo há um mergulho profundo.
Será um sonho mesclado
Misturando corpos, desejos e anseios.
Bailaremos num ritmo frenético
Nossos corpos encostados , vibrarão com a música
Embriagando nossos corpos suados
A deslizar mãos e os lábios
Entrelaçando até a alma
Faz emudecer o impuro desejo.
Sonharemos juntos, para não frustrarmos nenhum de nós.
Vibraremos no mesmo acorde
Para quando eu acordar lembrar-me da música
Do ritmo, da embriaguez de beber teu suor de prazer.
Irás partir do meu sonho e quando a realidade voltar no tempo.
Serei tua da mesma forma.


segunda-feira, 18 de junho de 2018

CONFISSÃO


O frescor da manhã
Seduz meu olhar
Neste vasto caminho
De flores desabrochando
Um amor perdido no infinito...
Descrito e confinado no meu peito
Vislumbro ao longe...
Teu semblante, tão presente
Hoje ausente.
É a saudade que arde
A pele que arrepia
A boca que suspira
O corpo que tremia
Teus braços erguiam
Em seu colo
Aconchegava...
Retirando, esta saudade que doía...

segunda-feira, 11 de junho de 2018

FAÇA NOVO CADA AMANHECER


Hoje, quando amanheceu
O novo mundo se instalou em nós e por horas
Por momentos ele trouxe sonhos
Nos fez brincar com o tempo
Tirou gênios da garrafa
Trancou bruxas no calabouço
Nos fez melhores
Não deixe perder o encanto, não deixe
Corra atrás dessa magia, convide-a para morar contigo
Terás paz sempre
Ser amado é praticamente maravilhar-se com o fato
De estar vivo e não passar correndo pela vida
É deter-se não só diante do amanhecer de todos os dias
Mas de cada aurora que nos é dada esperar e desfrutar
Ser amado é entender que o amanhecer
De hoje nos encontrou em glória
Em
alegria
Em comunhão.
Em êxtase.
Em
outras palavras
Estar amando é abrir-se para as infinitas
Possibilidades que a vida nos proporciona
Não recusar sob qualquer pretexto
A vivência de cada uma delas
É nascer e morrer num mesmo dia
E de novo renascer
Catar cacos
Ficar inteiros
Espatifar-se novamente
Outra vez recomeçar
Refazer
Reconstruir
Ressurgir
Repensar...
Quando você descobrir que estará
Caminhando para o seu desenvolvimento
Completo e a um passo da sua felicidade/paz
Mesmo sabendo consciente
Que o mecanismo do sexo pleno
Ainda está distante
Pois nunca foi revelado
Que tudo isso conduz à unidade
Ela nos confere a plenitude
Quando entendermos este admirável mundo novo
Faremos do nosso próprio tempo de viver,
Um único a cada novo amanhecer.