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Quem sou eu

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Sou a simplicidade casada com a verdadeira essência de um ser. Venho de uma família onde todos trazem e trouxeram em suas bagagens um código espiritual único e capaz de transformar palavras em frases complexas e simples, que ampliam horizontes e rompem barreiras. Sou filha do vento, da água, da terra e do fogo. Tenho minhas fases e mudo conforme a Lua. Sou a busca do exato, na medida disforme das coisas que vejo, e minha mente transcreve. Hoje criando este blog, mostrarei o que em gavetas escondia. Beleza, sinceridade, sede de transcrever o que minha alma sente ao se deparar com uma folha e um lápis, pois é desta forma que escrevo. Na simplicidade de um canto qualquer, mas com essência pura dos sensíveis.

terça-feira, 31 de janeiro de 2017

MUDAS...


Mudas, calam a noite adormecendo entre os arbustos aquietados em seu solo. Na cegueira noturna dos que vagam sem destinos pelos labirintos ecoando gritos, pelos becos da vida. Seguem com suas vestes despedaçadas, em sintonia com aquém da realidade. Filhos da vida açoitados por histórias inacabadas... Infâncias que se esvaem nas ruelas de encostas sem costas que abrigam. Espalhados por todas as cidades sem asilo. Mudas, que mudam a sintonia dos que observam e nada fazem porque o seu mundo está em outra coisa. Na viagem lunática de seus vícios vão flutuando nos acolhimentos que escolhem por toda cidade. Convivem e perambulam em busca da saciedade, das loucuras que a mente absorveu. Pedidos com sorrisos e boa conversa nas sinaleiras, um pão com café quente.... Uma palavra sem afronto. Porque seus dias ele sabe que não tem retorno para a realidade de um certo passado.... Assim, é o contraste do que vejo diariamente e quando estão dispostos a conversar no ponto de ônibus, imagino a vida pintada em uma grande tela. Com muitos rabiscos e com alguns traços que identifico. Temos família, filhos, netos e a cena que me vem à cabeça são estas criaturas que sobrevivem de tantos sofrimentos, que machucam seu íntimo e nós muitas vezes não conseguimos entender a complexidade de cada história relatada e sofrida. Apenas, queremos que as mudas, possam morar em uma floresta encantada feito sonhos de fada.  

sábado, 28 de janeiro de 2017

CAMINHOS DE PEDRA, ESTRADA DE FERRO, ESTAÇÃO PARADA.




Muitos caminhos percorridos, outros corridos, tropeçando em pedras (dificuldades), os driblava feito jogador.
Aprendi que deveria deixar por lá as pedras e passar pelo lado não olhando para trás, seguindo novamente o caminho por seguir.
Passei por uma estrada de ferro. Com seu trem a todo vapor, o maquinista em nove meses com intervalos de três em três meses, passou tão rápido e levou três passageiros (irmã, avó, e mãe).
Não escutei o apito, veio em surdina e não tive tempo de dar um adeus, já tinham partido.
A estação parou, com as partidas, lá permanecíamos nos trilhos trincados, corações partidos com partidas tão inesperadas e momentâneas.
O maquinista esperou mais um tempinho, desta vez apitou fraco, mas eu escutei e depois de oito meses, lá chegava o trem com seu maquinista para buscar mais um passageiro, meu pai.
Minha estação além de parar por algum tempo, perdeu o referencial de tudo.
Mesmo assim, continuamos a seguir, permanecendo duas.
A estrada de ferro, por enquanto está desativada (até quando não consigo prever).
A estação parada construiu um modelo de vida, que muitas vezes sem querer reflete no que escrevo. 
Os fios da carne, a força interior que tenho e como encaro a vida é tão pequeno ao comparar com os caminhos de pedra, a estrada de ferro e a estação parada.

terça-feira, 24 de janeiro de 2017

Quero Ser Feliz Também - Natiruts


Banhar-se de autoria do poeta Curbani (Em dueto primeira parte Curbani / segunda parte Sandra Queiróz)



Às vezes / Mergulho nas tuas profundezas
É bom tirar a roupa / Sentindo tua pele roçar a minha
E mergulhar num pedaço de papel / Escrevendo um poema
Pequeno / Intenso
Banhar-se na folha sem expressão/ Transmutando o que sinto
Sem muita linha...- e é bom que seja / Retirando-me do convencional

Eis aí uma boa receita / Aos dias habituais
Lavar a pele na nódoa dos dias / Por horas fatigantes
E deixar no papel / Nossas digitais
O sujo / Tornar-se límpido
O nada reto / Entorta com as linhas percorridas

Que quer virar poesia / e virou...

sexta-feira, 20 de janeiro de 2017

PEITO DOLENTE



       Neste peito dolente
Pulsou um amor latente
Suas mãos formavam acordes
Hoje, na aspereza dos sentimentos contrários.
Nasceram os pequenos espinhos
Sangrando o avesso do meu ser
Os respingos e seus pingos
Gotejam na lápide fria
Álgida perda de um grande amor
Na sofreguidão dos dias... 
As noites encobriram o luar prateado
No espelho d’alma...
Peito dolente
Dor ardente
Amor pungente
Vagando no horizonte...





quarta-feira, 11 de janeiro de 2017

SAINDO POR AÍ...



Ao fenômeno acústico da noite, volitei entre os arbustos livre e desembaraçada do corpo. Tudo a minha volta era uma paz infinita de beleza inconfundível. O som do mar e o bater de suas ondas, impulsionando para um bailar com as gaivotas suspensas no ar. Ansiava entre as nuvens e via do alto as pequenas e cintilantes cidades, umas agitadas e outras na calmaria sem vento. Somente a brisa empurrando a cortina de leve por suas janelas abertas nas casas de portas abertas. Outras casas vários cadeados entre os portões qual prisão ou gaiolas. Surge um cheiro bom que exalava ao longe vindo de uma chaminé de uma choupana, meu olfato degustou goles de aroma forte e encorpado do delicioso café. Viajei mais um pouco e o cansaço não fazia parte daquele momento, atrelada aos encantos corria por entre as flores e as fragrâncias perfumavam minha alma. Parecia ter saído de um banho de flores em momentos de relaxamento. Almejava ter mais pessoas que pudessem alar e sentir os episódios do alto e entender a dimensão e a pequenez do que somos. Quais grãos de areia que não suporta um vendaval direcionado empurrando os sonhos e tudo sendo deixando de lado. Os sentimentos começaram a pulsar e mostrar que somos fagulhas saltitantes em pequenos povoados sem fim... Não me despedi daquele momento, sabendo existir outros quando a mente relaxa imagina uma pulsação na forma de energia e se solta feito esferas ao ar livre, coloridos ou de uma só cor na espera de um único objetivo, entender que vamos além todos os dias... Porém, a simplicidade de cada momento só será sentida se deixarmos a bagagem pesada despojando-nos do supérfluo e admirando o que é raro. A própria vida, o respirar e todas as nossas emoções mais intimas de sentir e dar valor no que realmente nos mostra as belezas que são dispensadas no corre-corre do dia a dia. Fotografe os melhores momentos no coração e nele revele aos que te rodeiam uma amostra de um sorriso com uma pitada de amor (emoção).




LAÇOS DE TERNURA E CONEXÃO DE BELEZA


NO DESPERTAR DA AURORA
NOS CAMPOS VERDEJANTES
SURGEM AO LONGE AS BORBOLETAS
MULTICOLORIDAS EMBELEZANDO
A PAISAGEM SONOLENTA
OS COLIBRIS AOS POUCOS ACORDAM
REVOANDO AS FLORES DOS CAMPOS
A NATUREZA FORMA LAÇOS DE TERNURA
EM CONEXÃO DE BELEZA EXTASIANTE
O RIO CRISTALINO CORRE SOBRE A MARGEM
AS FLORES BALANÇAM COM A BRISA LEVE E SUAVE
O AMANHECER DESPONTA COM O BRILHO
DO CALOR DE UM ASTRO REI
COLIBRIS E BORBOLETAS BAILAM SOBRE OS CAMPOS
FIXANDO NAS FLORES
VERDADEIRAS MAMADEIRAS DE NECTAR
AS ANDORINHAS ANUNCIAM UMA NOVA ESTAÇÃO
A NATUREZA EXPRESSA HARMONIOSAMENTE
A ALEGRIA DE SUA BELEZA
DESENHADA E ARQUITETA PELAS MÃOS DO CRIADOR
POR TUDO ISSO E MUITO MAIS
MUITO OBRIGADA POR ENXERGAR, RESPIRAR.
BOM DIA MÃE NATUREZA
EXALTEMOS AO SENHOR...