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Quem sou eu

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Sou a simplicidade casada com a verdadeira essência de um ser. Venho de uma família onde todos trazem e trouxeram em suas bagagens um código espiritual único e capaz de transformar palavras em frases complexas e simples, que ampliam horizontes e rompem barreiras. Sou filha do vento, da água, da terra e do fogo. Tenho minhas fases e mudo conforme a Lua. Sou a busca do exato, na medida disforme das coisas que vejo, e minha mente transcreve. Hoje criando este blog, mostrarei o que em gavetas escondia. Beleza, sinceridade, sede de transcrever o que minha alma sente ao se deparar com uma folha e um lápis, pois é desta forma que escrevo. Na simplicidade de um canto qualquer, mas com essência pura dos sensíveis.

sexta-feira, 1 de junho de 2018

EI, MOÇO.


Deixa eu tocar teu rosto.
Sentir a suavidade do roçar da tua barba, na minha pele.
Viaja meu cigano, nas margens de minhas encostas, flutuando em desalinho.
Abrolhe no meu caminho, rodopia na minha cintura.
Requebro, diante da beleza dos teus passos, na leveza de tuas palavras, no abraço dos teus braços.
Dá-me o néctar dos teus lábios, vem sussurrar no meu ouvido.
Quebrando meu telhado, que não é de vidro.

Ei, moço. Deixa teu suor gotejar no meu corpo.
Peregrinar por curvas indefinidas e perder-se nos labirintos do prazer.
Traz de longe, o mar para nos banhar, o luar prateando teus olhos, reflexos dos meus na miragem de um farol ao longe.
Voa comigo, além do horizonte e valsaremos no arco-íris com o marulhar das ondas quebrando na areia.

Ei, moço. Acorda os desejos que latejam aqui dentro.
Derruba as paredes de ferro, que cercam meu coração.
Faça sua morada, eu enamorada.
Por todos os encantos, teus...
Penetra na minha alma, e aspira esta solidão.

Ei, moço. Tua presença é minha inspiração.
Desalinha meus cabelos, pensamentos e meu íntimo.
Intermináveis são tuas andanças, ao vento teu lenço amarrado ao lado
Argola de ouro, um violino vibrando nos acordes do infinito...
Presença que transmuta no despertar de um novo dia...