Aos poucos vou despindo a alma
Libertando-a das aflições
Cai o véu das lembranças
Flutuam momentos íntimos
Delicadas mãos que afagaram
Despindo e vestindo-se de Amor
Desnuda envolta entre o laço carnal
Dispensa os aplausos de seu monólogo
Despindo a alma de rancores
Sai à procura de outros valores
Sabores que degustam em delírios
Latejam na carne a nudez de seu avesso
Contorcendo em reviravoltas, de voltas...
Prisioneira na túnica humana
Retornando do striptease dos anseios
Aconchega no corpo casario
Na sutil leveza de um sono profundo
Liberta e presa pelos condões do Universo...